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Cenário Eleitoral - Principais Candidatos e Suas Chances

Publicado 12.03.2018, 11:20

Iniciamos março sob o clima do que deve se configurar em termos de candidaturas até as eleições de outubro. Que candidatos devem se firmar e se tornarem competitivos? Teremos surpresas? Ainda existe espaço para novos candidatos, os chamados outsiders? Repetiremos o embate PSDB x esquerda/PT nas eleições deste ano?

Importante também será saber qual a agenda econômica dos candidatos. Uma observação é que, em sua maioria, os candidatos de centro tendem a ser mais simpáticos à agenda do atual governo. Será isso, ao nosso ver, o grande fiel da balança. Quem aderir a uma agenda econômica de consenso, ganha pontos para este pleito.

Façamos então uma análise do que enxergamos para as eleições deste ano, tentando responder as indagações acima.

Agenda econômica se impondo. De antemão, achamos que o “mercado” ainda procura o seu candidato, não tanto pela pessoa em si, mas por aquele que atenda ao que é hoje consenso numa economia capitalista de mercado. A preferência deve recair sobre um candidato com agenda econômica de reformas, respeito aos contratos, autonomia das agências de regulação e do BACEN, Estado não “sufocando” o setor produtivo e tendo força suficiente para regular os mercados e setores da economia, etc. Um intenso e duradouro redimensionamento do tamanho do Estado deve ser levado por deste candidato, com a intensificação de concessões e privatizações. Junto a isso, a agenda de reformas deve ser reforçada, tendo a da Previdência como urgente. O diagnóstico caótico deste regime é bem claro. As despesas com benefícios equivalem a 54% do total, são crescentes, na média, em torno de 6% mensais acima da inflação todos os anos, enquanto que as receitas pouco acompanham.

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Neste ritmo a situação da Previdência é explosiva no curto prazo. Depois de dois anos de recessão, quando a arrecadação desabou, só agora a economia tenta, aos poucos, “retomar o prumo”. Em 2017 o déficit da Previdência chegou a R$ 268 bilhões, com o INSS respondendo com R$ 182 bilhões e o Regime dos Servidores Públicos a R$ 86 bilhões. No primeiro são 30 milhões de trabalhadores, no segundo, um milhão. Ou seja, algo precisa ser feito e para já, no início do próximo mandato. Importante estar atento também à reforma tributária e um maior aprofundamento da trabalhista e da política.

O próximo presidente precisará ser eleito com relativa maioria de votos, proporcionando algum “poder de barganha” junto ao Congresso que, pela crise ética atual, sofrerá alguma renovação. Sendo assim, quem for eleito já precisará iniciar o mandato impondo uma agenda pesada, que terá que passar pela reforma da Previdência.

Importante observar nesta “agenda de consenso”, que o deputado Rodrigo Maia, do DEM, se lançou como candidato à presidente nesta semana, anunciando um projeto “O Brasil que vai dar certo”, mas não falou da reforma da Previdência e nem citou o presidente Temer. Como esta reforma é uma plataforma do governo Temer, talvez o DEM tenha tentado se desvincular. O problema é que parece pouco crível que esta reforma não possa ser incluída em qualquer plataforma de candidato. A situação é explosiva. Se nada for feito, inevitável será elevar a alíquota da contribuição ou mesmo limitar os ganhos dos aposentados.

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Além de Rodrigo Maia, pelo governo quem se articula e surge como candidato, talvez herdeiro do que foi feito até agora, é o Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles. Será ele o responsável por levar adiante a agenda deixada pelo atual presidente Michel Temer. Conjecturas surgem sobre ele saindo quem assume o seu lugar. Vários nomes são ventilados, como o próprio ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, correndo por fora Mansueto Almeida, secretário de gestão fiscal, e Eduardo Guardia, segundo na hierarquia do ministério. Naturalmente, se o Meirelles se viabilizar como candidato, saindo do “traço nas pesquisas” (entre 1% e 2%), o nome do tocador da sua política econômica sairá de um destes nomes.

Este, aliás, é um detalhe interessante. Os candidatos vão surgindo e chamando a atenção os mais afeitos à agenda atual. Nestes, teríamos João Amoedo, do Partido Novo, Paulo Rabelo de Castro, do PSC, Álvaro Dias, do Podemos, e outros outsiders. Pelo PSDB, Geraldo Alckmin é o candidato escolhido, embora objeto de dúvidas. Nem o presidente de honra do partido, Fernando Henrique Cardoso, parece convencido da sua candidatura, já tendo ventilado o nome de Luciano Hulck.

Num viés mais populista, pela direita, temos Jair Bolsonaro, do PSL, mais candidato do que nunca, e na esquerda, os nomes de Ciro Gomes, do PDT, Joaquim Barbosa, talvez pelo PSB, e Marina Silva, da Rede. O PT só aguarda a definição da situação de Lula da Silva para lançar outro candidato ou mesmo se aliar a um destes candidatos de esquerda. Fernando Haddad chegou a ser comentando, mas sem encontrar muito apoio, ainda mais depois da gestão fraca na prefeitura de São Paulo e a derrota para João Dória em 2016.

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Interessante observar que todos os candidatos à esquerda ainda teimam em se apoiar num programa econômico de governo mais “alternativo”, como Ciro Gomes com os “novos desenvolvimentistas”. Em linhas gerais estes defendem um ajuste mais forte do câmbio, assim como o alinhamento de outros preços fundamentais. São estes uma dissidência dos “desenvolvimentistas” do governo Dilma, capitaneados pela Fundação Perseu Ábramo e o seu presidente Marcio Porchman.

Nestes, de linha mais heterodoxa, o tripé macro - de responsabilidade fiscal, câmbio flutuante e meta inflacionária -, acabou “relativizado” em prol de maiores estímulos pelo lado da demanda e aumento dos gastos públicos. Achavam estes que com a economia voltando a crescer, um possível descontrole fiscal acabaria “minimizado” pelo aumento da arrecadação.

No outro lado, pelo centro, com pinceladas mais ortodoxas, temos a disciplina fiscal como norteadora, com o tripé preservado e novos avanços no redesenho da política econômica. Temos aqui menos Estado, mais responsabilidade fiscal, o resgate do teto dos gastos, da LRF, o mix de políticas mais em complementaridade, etc. Seria uma linha de ação semelhante ao que vem sendo executado agora. Sendo assim, não há como negar a preferência do mercado por este “pensamento”, com o ajuste das contas públicas como condição para a retomada do crescimento.

Um problema aqui é que continuamos atentos aos estragos causados nos últimos anos, o que deve colocar-nos diante do risco de um candidato populista, que tenha facilidade no discurso e no apelo a promessas fáceis e soluções mirabolantes. Não nos parece, no entanto, plausível, diante do cansaço da sociedade com o fracasso das últimas gestões de centro esquerda, e dos inúmeros casos de corrupção, que um candidato como este posso prosperar.

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A Eurásia, empresa de consultoria europeia, por exemplo, tem uma linha própria de análise. Aténs de tudo, quer saber quem irá disputar o segundo turno contra Jair Bolsonaro. Geraldo Alckmin seria uma alternativa, mas no universo citado acima temos “os reformistas, os anti-reformistas e os “quase reformistas”, como Rodrigo Maia e mesmo Álvaro Dias, Joaquim Barbosa, Marina e o próprio Jair Bolsonaro”. A consultoria acha que este último tem o melhor caminho para o segundo turno. Dúvidas surgem sobre a capacidade de transferência de Lula, caso ele seja preso. Talvez fique entre 10% e 15%. Acha importante, no entanto, que o PT tenha um candidato para fragmentar as esquerdas, disputando espaço com Ciro Gomes. Isso deveria facilitar a vida dos candidatos de centro, como Geraldo Alckmin, ao nosso ver, o mais preparado para disputar esta eleição.

Fechemos ao fim um mapeamento do que achamos ser o mais próximo da realidade nas eleições deste ano. Procuramos selecionar os candidatos mais cotados, com mais chances de alianças, o que tende a melhorar suas chances, tempo de mídia e aporte de recursos de campanha.

MAPEAMENTO DOS PRINCIPAIS CANDIDATOS

Cenário Eleitoral

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