Dólar interrompe sequência de quedas e fecha em alta no Brasil de olho no exterior

Publicado 01.07.2025, 17:09
Atualizado 01.07.2025, 17:30
© Reuters. Nota de dólarn01/06/2017.     REUTERS/Thomas White/Illustration

Por Fabricio de Castro

SÃO PAULO (Reuters) - Após atingir na véspera a menor cotação desde setembro do ano passado, o dólar fechou a terça-feira em alta ante o real, acompanhando por um lado o avanço da divisa dos EUA também no exterior e por outro o embate entre governo e Congresso sobre o IOF no Brasil.

O dólar à vista interrompeu uma sequência de três sessões em baixa e fechou a terça-feira com alta de 0,48%, aos R$5,4610, depois de ter atingido na segunda-feira o menor valor desde 19 de setembro. No ano, porém, a divisa acumula baixa de 11,62%.

Às 17h04, na B3 (BVMF:B3SA3) o dólar para agosto -- atualmente o mais líquido no Brasil -- subia 0,48%, aos R$5,5005.

Depois de oscilar no território negativo na abertura, o dólar ganhou força no Brasil com alguns agentes aproveitando os preços mais baixos para comprar moeda, em movimento amparado ainda pela cautela em torno da disputa entre governo e Congresso sobre o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

A Advocacia-Geral da União (AGU) decidiu ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para defender o decreto do governo que elevou alíquotas do imposto, derrubado pelo Congresso Nacional.

Pela manhã, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou em evento em São Paulo que a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de recorrer ao Supremo é mais jurídica do que econômica ou política. Durigan disse que é normal da democracia o presidente defender suas prerrogativas constitucionais e afirmou que não faltará da parte dele, e da equipe econômica disposição para dialogar com o Congresso.

No mercado de câmbio, além do desconforto com a possibilidade de retorno das alíquotas mais altas, agentes avaliavam que o embate entre governo e Congresso eleva as incertezas.

O viés positivo para o dólar se intensificou no fim da manhã, após o Departamento do Trabalho dos EUA, em sua pesquisa Jolts, informar que as vagas de emprego em aberto -- uma medida da demanda por mão de obra -- subiram em 374.000, para 7,769 milhões, no último dia de maio. Economistas consultados pela Reuters previam 7,30 milhões de vagas.

Os números deram força à leitura de que o Federal Reserve pode não ter tanto espaço para cortar juros no curto prazo, o que impulsionou o dólar ante várias outras divisas e os rendimentos dos Treasuries.

Neste cenário, após registrar a cotação mínima de R$5,4204 (-0,27%) às 9h06, logo depois da abertura, o dólar à vista atingiu a máxima de R$5,4712 (+0,67%) às 15h22.

Às 17h14, o índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,04%, a 96,717.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2025 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.