Desde seu pico recorde em 31 de agosto, as ações da Tesla (NASDAQ:TSLA) estão em uma séria espiral descendente. Ontem, as ações caíram 21,1% - o pior dia de todos os tempos para o ativo -, se recuperando nesta quarta-feira, com alta de 7,2% às 15h36.
Essa liquidação de um dia seria suficiente para colocar a ação em um mercado de baixa. No entanto, o mergulho de terça-feira ocorreu na esteira de três dias de liquidações adicionais, colocando a ação 33,8% abaixo de seu pico recorde de 31 de agosto de US$ 498,32 (o preço ajustado depois da divisão 5:1).
A liquidação ocorreu em meio a uma tempestade perfeita para a Tesla, em sua capacidade de membro proeminente do já problemático setor de tecnologia, que está sendo abandonado por investidores, mas também após ter sido rejeitado pelo S&P 500 quando o índice reajustou algumas de suas empresas listadas em 31 de agosto.
Não ser listado no SPX não parece um grande problema. Mas não ser incluído no benchmark que lista algumas das maiores empresas dos Estados Unidos significa que os gestores de fundos que rastreiam o índice amplo são forçados a comprar a Tesla por conta própria, se é que queiram comprá-la.
Parece que os investidores já haviam precificado a inclusão do Tesla no S&P, uma vez que a empresa atendia aos critérios apropriados - está sediada nos EUA, tem uma capitalização de mercado bem acima do mínimo de US$ 5,3 bilhões exigidos, é altamente líquida e, finalmente, atingiu um ponto em que a soma de seus ganhos nos últimos quatro trimestres foram positivos. Alguns estão dizendo que é por isso que as ações tiveram uma subida tão acentuada antes da reversão.
Muitos consideram o preço das ações da Tesla - mesmo antes da recente alta - como tendo pouca semelhança com seus fundamentos subjacentes. No entanto, estávamos otimistas com a Tesla em meados de agosto (antes da divisão), e ainda estamos.
Os dados técnicos mostram porque achamos que este pode ser um bom ponto de recuperação para a ação.
A Tesla está sendo negociada dentro de um canal ascendente desde seu fundo de março, quando entrou no primeiro mercado de baixa deste ano, caindo quase 62% de seu pico recorde de 19 de fevereiro para sua mínima de 18 de março. Isso é quase o dobro da queda atual, em uma base percentual.
Em agosto, projetamos que a ação alcançaria novas máximas após completar uma flâmula de alta, o que de fato ocorreu. Depois disso, ele saiu do canal ascendente, sugerindo uma inclinação mais íngreme.
A queda atual a trouxe de volta ao canal. No entanto, a ação encontrou apoio em uma linha de tendência de alta ainda mais acentuada em 29 de junho, potencialmente a parte inferior de um novo canal de alta, assim como o rompimento da alta sinalizada.
Enquanto 100 DMA aponta para a parte inferior do canal ascendente original, 50 DMA sugere que a linha de tendência de alta mais recente e mais íngreme (pontilhada) pode ser o novo limite de demanda. Enquanto isso, a ação voltou a subir acima de US$ 350 no pré-mercado, no momento da escrita da matéria.
Mesmo se essa nova linha de tendência não resistir à pressão, o preço ainda deverá saltar do fundo do canal ascendente original. Embora possa parecer contra-intuitivo, apesar da ação estar dentro de um mercado de urso, com base no movimento arbitrário e aceito de 20%, ainda está dentro de uma tendência de alta, de acordo com a direção de seus altos e baixos - demonstrando o aumento da demanda geral.
Estratégias de Investimento
Os traders conservadores devem esperar que o preço retorne ao fundo do canal original, depois de se recuperar, com evidências de que a demanda ainda supera a oferta nesses níveis, com pelo menos uma única vela verde longa.
Os investidores moderados devem comprar na parte inferior do novo canal, após a confirmação do suporte com o acúmulo.
Os investidores agressivos devem entrar em uma posição longa à vontade, desde que entendam, aceitem e possam suportar o risco, sem que isso afete sua carteira a ponto de não conseguirem se recuperar. A gestão do dinheiro é fundamental. Aqui está um exemplo:
Exemplo de Investimento
- Entrada: US$ 350
- Stop-Loss: US$ 325 - abaixo da mínima de ontem
- Risco: US$ 25
- Preço-alvo: US$ 500
- Recompensa: US$ 150
- Razão risco:recompensa: 1:6
Nota do autor: O texto acima é apenas uma ideia, e não uma análise real. Para isso, você deve ler e compreender o texto completo. Se não o fez, NÃO faça a troca e, se o fizer, ainda será uma aposta.
Este exemplo não é necessariamente a melhor maneira de abordar o ativo. Depende do seu tempo, orçamento e aversão ao risco. Sinta-se à vontade para ajustar os parâmetros para otimizar o investimento. Se você não sabe como fazer isso, NÃO faça a troca e, se souber, ainda será um risco.
Por exemplo, aumente a meta para US$ 550 se quiser aumentar sua relação risco-recompensa para 1:10, mas o preço pode não chegar lá quando você espera, ou nem chegar lá. Se você aumentar o alvo, use um stop móvel para capturar os ganhos. Bom trade!