O lançamento dos ETFs de bitcoin e ethereum foi um dos grandes assuntos do mercado de criptomoedas em 2024, sendo um dos catalisadores para a renovação do preço recorde das duas maiores criptomoedas do mercado. A entrada desses produtos no mercado à vista sob a regulação da SEC (Securities Exchanges Comission, a CVM dos EUA) deu segurança a investidores de varejo e aos institucionais que têm receio ou não podem negociar as criptomoedas diretamente. Esse foi só mais um capítulo da institucionalização do mercado de criptomoedas.
Em 2017, o CME Group, a maior bolsa de derivativos do mundo, foi pioneira ao lançar o contrato futuro de Bitcoin. Foi a primeira ponte entre o mercado descentralizado das criptomoedas e o mercado tradicional institucionalizado.
Antes da criação do derivativo de Bitcoin naquele ano, o CME desenvolveu, junto a CF Benchmark, um índice de referência para a maior criptomoeda do mercado: o CME CF Bitcoin. O desenvolvimento do índice foi necessário para viabilizar a criação do contrato futuro de bitcoin, tornando-o uma referência para que os derivativos fossem liquidados em dinheiro.
O CME CF Bitcoin acompanha atualmente o preço à vista do Bitcoin em seis exchanges diferentes. Atualmente, há índices de referência para 24 diferentes criptomoedas disponíveis no CME.
A credibilidade da CME – conhecida no Brasil como “Bolsa de Chicago” e com larga experiência em criação de produtos de gerenciamento de risco nos mercados de commodities, juros, monetários e outros – permitiu a ampla participação dos investidores institucionais no mercado de criptomoedas nos anos seguintes. Além disso, contribuiu para a criação de novos produtos regulados relacionados a esse mercado, como os ETFs de bitcoin à vista e futuro.
Derivativos de criptomoedas na CME hoje
Os derivativos de criptomoedas funcionam na CME como qualquer outro contrato de derivativo, funcionando como um instrumento de proteção ou exposição ao ativo. Por exemplo, os investidores que possuem uma posição montada no mercado, podem estabelecer um preço futuro de venda no valor presente, considerando uma queda à frente, como forma de hedge.
Além da proteção, os derivativos de criptomoedas permitem a execução de estratégias de negociação, como o “cash and carry”. Nessa operação, os investidores operam um produto financeiro contra outro. Por exemplo, fundos de criptomoedas negociam os contratos futuros do Bitcoin ou do Ethereum na CME contra o preço à vista em uma exchange. Ou um fundo hedge tradicional, que não tem acesso ao mercado à vista, pode negociar os futuros contra um ETF.
Há atualmente 10 produtos de derivativos de criptomoedas disponíveis na CME Group. São ofertados como contratos futuros e de opções os seguintes ativos: Bitcoin (BTC), micro Bitcoin (MBT), Ethereum (ETH) e micro Ethereum (MET). Enquanto Bitcoin Euro (BTE), Bitcoin (BTC)/Ethereum (ETH), Micro Bitcoin Euro (EBM), Bitcoin Friday Futuros (BFF), Ethereum Euro (ETE) e Micro Ethereum Euro (EEM (NYSE:EEM) (NYSE:EEM)) estão disponíveis apenas através de contratos futuros.
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A unidade de um contrato futuro de bitcoin é de 5 bitcoins, enquanto a do micro Bitcoin é de 0,10 bitcoin e a do Bitcoin Friday é de 0,02 bitcoin. Já para a unidade do contrato futuro de Ethereum é de 50 ethereum e a do micro ethereum é de 0,10 ether.
Vale mencionar que o contrato da relação entre Bitcoin e Ethereum (BTC/ETH) é um produto desenvolvido pela CME para investidores que desejam fazer operações estratégicas relacionadas às duas maiores criptomoedas do mercado. Em vez de negociar em operações independentes Bitcoin e depois Ethereum, o investidor pode negociar essa relação em uma única operação. O investidor pode negociar o número de Bitcoin necessários para manter um Ethereum. Se o investidor projetar que o Ethereum vai superar o Bitcoin, compra o contrato. Se achar o contrário, pode vendê-lo.
Todos os derivativos de criptomoedas são liquidados em dinheiro, baseado no índice de referência às 16h00 de Londres - com exceção do BFF (Bitcoin Friday Futures), com a liquidação baseada no índice às 16h00 de Nova York. Os contratos futuros e os micros são listados por contratos mensais 6 meses à frente, por contratos trimestrais para os 4 trimestres seguintes e um segundo contrato de dezembro se apenas um está listado. O ciclo da listagem do BFF é de duas sextas-feiras seguidas.
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