O Índice do Varejo Stone (NASDAQ:STNE) (IVS) apontou alta mensal de 2,5% no volume de vendas em outubro. O resultado positivo desse mês, que também é observado na análise setorial e regional, dá novo fôlego ao varejo nacional após o resultado frustrante de setembro.
O Índice, que agora possui uma nova identidade visual e uma linguagem ainda mais acessível, conta também com uma análise do comércio digital, que examina as vendas online, ampliando a cobertura do setor, e de dois novos segmentos “Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico” e “Combustíveis e Lubrificantes”.
Na comparação entre o mundo físico e digital, as vendas online apresentaram uma alta mensal de 3,2%, enquanto o varejo físico teve um crescimento de 0,4%. Com esse resultado, o Índice Digital tem a sua segunda alta seguida, reforçando uma tendência positiva que deve ser estimulada pelas vendas da Black Friday. Além disso, seis dos oito setores acompanhados e os 24 estados analisados tiveram alta no período.
Entre os destaques setoriais, aparecem os segmentos de “Material de Construção", com um crescimento de 5,1% em relação ao mês anterior - um resultado significativo, pois reverte dois meses seguidos de queda para o setor - e “Outros Artigos de Uso Pessoal e Doméstico", que registrou uma alta mensal de 2,9%.
Na análise regional os estados de Roraima (9,4%), Amazonas (8,2%) e Maranhão (6,8%) registraram as maiores altas do mês. Além disso, nas regiões Sul e Sudeste todos os estados registraram crescimento no volume de vendas do varejo, um grande contraste com relação a setembro, quando todos os estados dessas regiões tiveram resultados negativos.
Diante do desempenho do setor no último mês, o segundo semestre fica marcado por uma trajetória difusa para o varejo nacional, com queda em julho, crescimento em agosto, frustração de expectativas com a queda de setembro e agora uma renovação dessas expectativas com a nova alta de outubro. Dessa forma, ainda é preciso ter cautela para fazer projeções para o restante do ano.
Isso porque o contexto macroeconômico também apresenta métricas contrastantes no que diz respeito ao estímulo para o comércio. Por um lado, as vendas tendem a ser estimuladas pelo baixo desemprego, que alcançou o menor patamar da série histórica, e pela alta da massa salarial. Por outro lado, o elevado nível de inadimplência, que compromete a renda disponível das famílias, e o novo ciclo de aumento da taxa SELIC podem afetar negativamente o comércio varejista, especialmente para bens mais sensíveis ao crédito.
Diante desse cenário incerto sobre como o mercado vai se ajustar às novas métricas, é fundamental seguir acompanhando os resultados do Índice mês a mês para ter uma base mais sólida para tomada de decisões estratégicas por parte dos investidores e dos varejistas.