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Commodities: cortes da Opep+ podem pesar sobre o petróleo; ouro em alta

Publicado 06.09.2022, 10:44
Atualizado 02.09.2020, 03:05

O corte de produção sem sentido aprovado pela Opep+ pode deixar os investidores do petróleo novamente vulneráveis nesta semana, com o encerramento do pico da temporada de viagens automotivas de verão nos EUA e a valorização do dólar, que continua perto das máximas de 20 anos.

Petróleo diário

Já os investidores do ouro estão de olho no suporte de US$ 1.730 por onça-troy, diante do repique técnico do metal na região de US$ 1.600 alcançada na semana passada.
Ouro diário

O petróleo subiu cerca de 3% após o anúncio da Opep+, na segunda-feira, de que cotaria a produção em 100.000 barris por dia em outubro. O movimento ocorreu em meio ao volume reduzido de negociações, por causa do feriado do Dia do Trabalho nos EUA.

Cerca de 24 horas depois, os preços do petróleo se afastavam das máximas, na medida em que os operadores perceberam que a Opep+ estavam meramente planejando reverter no papel o mesmo aumento de oferta de 100.000 barris por dia anunciado um mês antes.

A Opep+ reúne os 13 membros originais do cartel liderado pela Arábia Saudita, mais 10 países produtores externos sob os auspícios da Rússia.

Durante a janela de negociações na Ásia, nesta terça-feira, no entanto, os analistas passaram a chamar o corte de produção como “simbólico”, ao ficar claro que foi forçado por elementos dentro da Opep+, após a Arábia Saudita indicar, há duas semanas, que provavelmente seria necessária uma redução da oferta, de modo a respaldar um mercado que já havia recuado 32% em relação às máximas de março.

O barril de West Texas Intermediate, principal referência do petróleo nos EUA, registrava alta de 0,53%, a US$ 87,33. A máxima da sessão de ontem foi US$ 90,37. O WTI despencou 6,7% na semana passada.

Já o barril de Brent, negociado em Londres e que serve de referência mundial para o petróleo, recuava 2,05%, a US$ 93,81. Na semana passada, o Brent se desvalorizou 6,4%.

Warren Patterson, diretor de estratégia de commodities do ING, declarou o seguinte a respeito da proposta de corte de produção da Opep+:

“Embora o número total seja de 100 milhões de barris por dia, a verdade é que o corte será bem menor. A maioria dos produtores não está conseguindo atingir suas metas, com uma oferta bem abaixo de onde deveria estar".

Noah Barrett, analista de energia e utilidade pública na Janus Henderson Investors, afirmou o seguinte:

O corte “indica que a Opep+ está acompanhando de perto a demanda, na tentativa de estabelecer um piso para os preços”.

A realidade é que, com o fim do pico do período de viagens automotivas de verão nos EUA, os números de consumo de petróleo e produtos derivados pode cair, apesar da robusta demanda, que se encontra nas máximas pré-pandemia neste momento.

Tudo leva a crer que a incipiente recessão nos EUA e a possibilidade de uma desaceleração mais profunda na Europa, em conjunto com bloqueios sanitários em 70 cidades chinesas com mais 300 milhões de pessoas ao todo, também pesem sobre a demanda petrolífera.

Os operadores do petróleo seguem de olho em qualquer avanço no acordo nuclear com o Irã, capaz de remover as sanções dos EUA e abrir espaço para a entrada de até um milhão de barris de petróleo persa no mercado global.

A Casa Branca deixou claro, na sexta-feira, que ainda não havia qualquer acordo em relação ao programa nuclear iraniano. O diplomata-chefe da UE, Josep Borrell, também afirmou na segunda-feira que os esforços no sentido de fechar um acordo estavam “em perigo”, diante da divergência de posições entre EUA e Irã.

Apesar de os últimos eventos relacionados ao Irã favorecerem os compradores no mercado petrolífero, é preciso considerar que o forte relatório de empregos nos EUA para agosto, divulgado na sexta-feira, pode instar o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) a promover uma alta de 75 pontos-base na taxa de juros no dia 21 de setembro. Isso fez com que o Índice Dólar atingisse as máximas de 20 anos a 110,26 no pregão de segunda-feira, tornando a moeda americana em um porto mais seguro do que o ouro.

Além disso, não podemos deixar de mencionar o acordo feito pelos ministros de finanças do G-7, na sexta-feira, para estipular um teto de preços para o petróleo da Rússia. Moscou prometeu realiar os países que implementassem a decisão, que pode prejudicar outros produtores da Opep+ e fazê-los compensar a receita perdida, vendendo seu petróleo o máximo possível. Os agressivos descontos oferecidos pela Rússia no mercado físico de petróleo terão repercussões no mercado futuro, além de pesar sobre os preços praticados por outros países da Opep+, inclusive a Arábia Saudita.

Os preços do ouro se recuperaram forte desde a mínima de seis semanas na terça-feira, na medida em que o aprofundamento da crise energética na Europa aumentou a demanda por ativos de segurança, enquanto o cobre ampliava os ganhos diante da expectativa de mais medidas de estímulo na China.

A demanda por ativos de segurança convencionais cresceu após a Rússia interromper o fornecimento de gás para a Europa através de uma das principais tubulações da região, ameaçando provocar uma grande crise energética no continente. Porém a máxima de 20 anos no dólar também pode repercutir no ouro.

O contrato futuro referencial do ouro na Comex de Nova York para dezembro era negociado a US$ 1.726 por onça, uma alta de US$ 3,40, ou 0,2%. O ouro para dezembro se desvalorizou 1,6% na semana passada, estendendo as perdas de 0,7% e 2,9% nas últimas duas semanas. O ouro futuro caiu por seis meses seguidos desde o último fechamento positivo de US$ 1.954 em janeiro, desvalorizando-se quase 12% no período.

O preço à vista do lingote, que é acompanhado mais de perto por alguns traders, registrava alta de US$ 4,86, ou 0,3%, a US$ 1.715,48.

Aviso: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

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