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Commodities nesta Semana: Petróleo Mira Estoques nos EUA e Ouro Segue Inflação

Publicado 10.01.2022, 09:59
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Os preços do petróleo serão direcionados, nesta semana, pelos dados oficiais de estoques do produto nos EUA. Já os mercados do ouro acompanharão de perto o índice de preços ao consumidor (IPC), à medida que as commodities enfrentam períodos maiores de teste de inflação e oferta-demanda, após o forte início de 2022.

Petróleo diário

O petróleo se saiu muito bem na primeira semana do ano, ao disparar 5%, ironicamente por causa dos planos da Opep de aumentar a produção, e não por causa de qualquer excesso de demanda. Problemas de oferta registrados na Líbia e Cazaquistão também foram, em parte, responsáveis pela corrida de alta. A maior parte dos ganhos, entretanto, ocorreu após a decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e de seus aliados, reunidos na Opep+, de aumentar a produção em 400.000 barris por dia a partir de fevereiro.

A Opep+ está desfazendo os históricos cortes de produção, de cerca de 10 milhões de barris por dia, que realizou no auge da pandemia de coronavírus, em abril de 2020. A aliança ainda precisa restaurar cerca de 4 milhões de barris antes de atingir o que se considera como “oferta normal”, e o processo pode durar até ao fim do ano ou até mesmo até 2023.

A pressão exercida pela Opep+ sobre as economias que mais precisavam de petróleo durante a recuperação contra a pandemia criou uma situação extraordinária, em que os aumentos de oferta do grupo são celebrados como eventos de demanda.

Os bancos e casas de análises de Wall Street também legitimaram esse pensamento, apontando que, se os maiores produtores mundiais de petróleo estão elevando a oferta, é porque têm certeza da demanda, fazendo a alegria dos investidores de olho no patamar de US$90 ou mais para o barril de petróleo.

Há cinco anos, seria absurdo ver os preços do petróleo caírem 5% em uma semana, quando a Opep anunciava uma elevação de meio milhão de barris na produção. Mas, nesta nova ordem do mundo de energia, a palavra da Opep+ vale ouro, sobretudo porque os produtores de shale oil nos EUA se contentam com sua liderança em segundo plano, em meio às políticas de perfuração nada amigáveis do governo Biden.

Foco do petróleo pode voltar para a EIA nesta semana

De qualquer modo, com o término dos trabalhos da Opep+ no mês, a normalização da oferta na Líbia após danos em seus oleodutos e a estabilização da situação no Cazaquistão, com o presidente no comando após as manifestações recentes, o foco deve retornar, nesta semana, para os dados de estoques divulgados toda quarta-feira pela EIA, agência de informações energéticas dos EUA.

Na semana passada, a EIA relatou que o estoque de gasolina havia subido 10,13 milhões de barris, maior aumento em 21 meses. Os estoques de destilados também subiram, três vezes mais do que o esperado, enquanto as retiradas de petróleo ficaram abaixo das previsões. Normalmente, os preços do petróleo não subiriam 5% em uma semana diante de números desse tipo. Mas, como ressaltamos antes, estamos vivendo tempos extraordinários no mercado de energia, e tais absurdos devem ser compreendidos, ou pelo menos tolerados.

Alguns analistas, entretanto, afirmam que uma razão para os enormes acúmulos de estoques de combustível na semana passada deveu-se ao fato de que quem tinha barris de petróleo em mãos estava despejando-os nas refinarias, a fim de se esquivar das obrigações tributárias no fim de 2021 com a fabricação de produtos derivados.

Além disso, parte da euforia no petróleo na semana passada era fruto da previsão de que os números do emprego nos EUA em dezembro, divulgados na última sexta-feira, seriam altos. Mas acabaram ficando muito aquém das expectativas e provocando uma grande desvalorização das ações em Wall Street, mas os preços do petróleo caíram menos de 1% no fechamento.

Na ausência de outras notícias relevantes de energia, dados econômicos ou eventos políticos macro, a expectativa é que os dados da EIA sejam o principal vetor do mercado nesta semana.

O barril de West Texas Intermediate, referência do petróleo nos EUA, fechou a semana passada cotado a US$78,90. Nesta madrugada, em Nova York, o WTI girava em torno de US$79 na sessão asiática.

Já o barril de Brent, negociado em Londres e referência mundial do petróleo, fechou a sexta-feira a US$81,75 e estava um pouco abaixo de US$81,90 na janela asiática de negociações.

Na semana, o Brent subiu mais de 5%, também se valorizando pela terceira semana consecutiva, em uma corrida de alta que gerou ganhos de 10% ao todo.

Diante de evidências cada vez maiores de que a variante ômicron da COVID não está tendo efeito adverso na economia, apesar do grande número de infecções registradas, o consumo de gasolina e destilados deve melhorar nesta semana. Do contrário, os preços do petróleo terão dificuldade em se manter seu rali ininterrupto de três semanas.

Ouro à mercê dos números de inflação nos EUA

A direção dos preços do ouro provavelmente será definida na divulgação do IPC nos EUA, prevista para a quarta-feira. No último relatório, o IPC registrou uma alta de 6,8% no ano até novembro, seu crescimento mais rápido em 40 anos. Outro número desmedido como esse pode ajudar o ouro a retomar o patamar de US$1800 de modo convincente, caso não haja outra disparada na nota de 10 anos do Tesouro americano e no Índice Dólar, afetando o desempenho do metal amarelo.

O contrato futuro mais ativo do ouro na Comex de Nova York, para fevereiro, fechou a US$1.797,40 na sexta-feira, uma queda de 1.7% na semana, maior declínio semanal desde novembro. No início das negociações desta segunda-feira na Ásia, ele girava em torno de US$1792.

Ouro diário

Analistas dizem que o ouro está em um ponto de inflexão, onde pode romper e continuar perseguindo o tema da inflação nos EUA ou colapsar sob o peso da alta dos rendimentos dos títulos dos EUA e do dólar.

Embora o ouro esteja abaixo do nível de US$1800 e das médias móveis simples de 50 e 200 dias, "é pouco provável que a liquidação continue”, disse Ed Moya, analista da plataforma online de negociação OANDA. Mas ele reconheceu que, “se o pessimismo voltar na próxima semana, os compradores podem aparecer na região de US$1770.”

A ação no ouro na segunda-feira também provou outro aspecto: um grande muro de resistência aguardava os investidores do ouro acima de US$1830.

O ouro já tentou em vão romper a resistência a US$1830 várias vezes desde novembro. Ele fez outra tentativa na última quarta-feira, pouco antes da divulgação da ata da reunião do Federal Reserve de dezembro, a qual indicou que a primeira elevação de juros nos EUA durante a pandemia poderia ocorrer em março.

O muro a US$1830 pode agora ser uma estadia de longo prazo, dizem grafistas que tentam traçar o próximo movimento técnico no ouro.

“Uma falha em se firmar acima de 1797 poderia revigorar as vendas para retestar a mínima de 1782 e estender a queda até 1770-1768”, disse Sunil Kumar Dixit, estrategista-chefe do skcharting.com. “Isso marcaria o nível de retração de 61,8% de Fibonacci. A zona de 1770-1768 é chave para um grande movimento de baixa até 1753.”

Mas Dixit disse que o ouro também tinha um estocástico sobrevendido e um fechamento positivo no gráfico diário, o que poderia desencadear uma recuperação, caso os preços encontrassem suporte acima de US$1798.

“Ele pode testar 1810 como primeiro alvo e estender até 1825 mediante compras consistentes”, concluiu.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

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