Garanta 40% de desconto
🤯 Perficient disparou 53%. Nossa ProPicks de IA viu essa oportunidade em março Leia mais

Commodities Nesta Semana: Trump Atuará Contra o Rali do Petróleo? Ouro a US$1300?

Publicado 29.04.2019, 04:21

Há uma semana, esta coluna sugeriu que Donald Trump poderia recorrer à sua criatividade para desestabilizar os preços do petróleo, caso a Arábia Saudita não elevasse a produção rapidamente para retribuir seu gesto de tentar zerar as exportações petrolíferas do Irã. Na sexta-feira, o presidente dos EUA se portou conforme havíamos sugerido, quando contou ao mercado uma história fantasiosa para provocar um curto-circuito no rali do petróleo.

Trump anunciou que havia “ligado” para a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a fim de baixar os preços da gasolina em seu país, e que os preços nas bombas já estavam caindo. Nenhuma das afirmações é verdadeira, por razões óbvias. Os preços nas bombas norte-americanas são definidos com base na demanda de combustível, nos estoques e nas margens das refinarias, pois o petróleo é fornecido tanto pela Opep quanto por produtores locais.

Quando Trump se pronunciou na sexta-feira pela manhã, a empresa petrolífera americana AAA já registrava um aumento de 27% nos preços nas bombas, no acumulado do ano. Além disso, antes do fim do pregão, o Secretário-Geral da Opep, Mohammed Barkindo, negou ter conversado com o presidente dos EUA.

Mesmo assim, a história de Trump fez com que a disparada do petróleo tivesse uma parada estridente, provocando uma desvalorização de 3% naquele dia. As quedas continuaram no pregão asiático desta segunda-feira. O banco ANZ ampliou sua interpretação das palavras de Trump, entendendo que “ele havia conversado com a Arábia Saudita para reduzir o impacto da menor disponibilidade do petróleo iraniano, com o aumento dos fluxos em outras regiões”.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Gráfico diário petróleo WTI - Powered by TradingView

Os presidentes raramente recebem um tratamento tão favorável dos banqueiros do setor de energia. Também não está claro quantos traders realmente acreditaram em Trump na sexta-feira e quantos só precisavam de uma desculpa para realizar lucro após um monstruoso rali de sete semanas. Mesmo abaixo da máxima de quase seis meses, de US$ 65 por barril, atingida na semana passada, o petróleo norte-americano West Texas Intermediate ainda se valorizou 39% no ano. O Brent, negociado em Londres e referência mundial para o petróleo, apresenta um ganho anual de 33%, apesar de não ter se firmado no pico da semana passada a US$ 75 – valor atingido pela última vez em outubro.

Medo de mais surpresas de Trump

Por mais insignificante que pareça, o medo de que Trump tome uma ação inesperada – como negar a renovação de isenções aos compradores do petróleo iraniano na semana passada – parece ser tão válido no mercado quanto o temor de que os preços não parem de subir com a aparente relutância da Arábia Saudita, líder da Opep, em elevar a produção preventivamente, a fim de substituir os barris iranianos perdidos.

Quem aposta na alta do petróleo pode ter boas razões para ter medo de Trump: o presidente foi responsável por fazer o WTI chegar a US$ 65 e o Brent, a US$ 75, ao renovar sua promessa de eliminar o petróleo iraniano do mercado. Ninguém se esquece, porém, de como o Trump engendrou o crash de 40% nos preços do petróleo no quarto trimestre de 2018, quando incitou a Arábia Saudita e o resto da Opep a elevar a produção primeiro para depois dar de presente isenções aos compradores do petróleo do Irã.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Apesar das sanções impostas pelos EUA ao petróleo venezuelano e das interrupções na produção da Líbia e de Angola, alguns acreditam que o mercado está sobrecomprado e prestes a corrigir. Por isso, a preocupação recai sobre quais “balas” Trump ainda teria para disparar contra o rali do petróleo, já que os preços altos do gás podem pesar contra ele até o início da sua campanha de reeleição em 2020.

Os sauditas também podem ajudar o presidente dos EUA de maneira silenciosa

Embora os sauditas tenham se mostrado inflexíveis ao pedido de Trump por mais petróleo, eles podem estar trabalhando em silêncio para aumentar a produção.

Em sua nota semanal na sexta-feira, a Energy Intelligence, de Nova York, observou que a Arábia Saudita deseja continuar usando a aliança entre a Opep e não membros do cartel – a qual se esforçou muito para criar em 2016 – como uma ferramenta para estabilizar os mercados, “mesmo que apenas superficialmente”.

“Mas algumas mudanças parecem inevitáveis com a alta dos preços e o aumento das interrupções na oferta.”

“Até o momento, os indicativos sugerem que a produção saudita voltará a superar os 10 milhões de barris por dia em maio, mas essas elevações se destinam a atender a demanda doméstica sazonal, e não a inundar o mercado antes que os clientes exijam mais produção."

Enquanto isso, a Rússia informou a China de que tem capacidade adicional para abastecer o país. Pequim fez questão de mostra sua insatisfação ao ser impedida pelos EUA de comprar o petróleo relativamente barato do Irã. A maior parte dos cortes de produção da Opep neste ano se deve à Arábia Saudita e à Rússia, sua aliada fora do cartel.

Anúncio de terceiros. Não é uma oferta ou recomendação do Investing.com. Leia as nossas diretrizes aqui ou remova os anúncios .

Edward Moya, analista sênior na corretora de futuros OANDA, foi citado pela Reuters ao dizer que a Rússia

“parece ter todas as razões para voltar a aumentar os níveis de produção, já que o cenário-base parece indicar que não veremos uma extensão do acordo de cortes de produção pela Opep+, que realizará ajustes para cobrir o déficit do Irã.”

Ouro novamente a US$ 1.300?

Os investidores do ouro têm a oportunidade de retomar o patamar de US$ 1.300 nesta semana, se o dólar perder força com a possibilidade de o Federal Reserve não elevar a taxa de juros e continuar seu script dovish adotado desde o início do ano.

O repique do ouro à vista e dos futuros de ouro na sexta-feira manteve as esperanças de quem tem posição de compra no metal precioso, pois a valorização ocorreu após a divulgação de um PIB trimestral mais forte nos EUA, o que poderia justificar uma disparada dos ativos precificados em dólar.

Gráfico Diário Ouro - Powered by TradingView

Embora o ouro tenha se desvalorizado mais de 4% desde o pico de fevereiro, a recuperação do lingote desde a mínima de quatro meses da semana passada apresentou um padrão neutro nos gráficos, segundo o analista técnico da Reuters, Wang Tao, na sexta-feira.

O Goldman Sachs declarou que as compras de ouro de bancos centrais também têm ganhado força, outro fator que pode sustentar um retorno aos níveis de US$ 1.300.

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.