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Commodities: Ouro Atinge US$2000 e Petróleo, US$130, Antes de Inflação nos EUA

Publicado 07.03.2022, 12:22
Atualizado 02.09.2020, 03:05

Tudo indica que o índice de inflação nos EUA irá mostrar uma piora em fevereiro, e a alta de juros proposta pelo Federal Reserve na próxima semana fará pouco para mitigar esse avanço, em vista das máximas plurianuais do petróleo, ouro e outras commodities nesta segunda-feira, com os especuladores se aproveitando da severa restrição de oferta de matérias-primas.

Brent diário

O barril de Brent disparou até os picos de 2008 de mais de US$130 com o petróleo russo sob ameaça, depois que a Casa Branca divulgou que cogitava banir as importações de Moscou por causa da sua invasão na Ucrânia.

O ouro revisitou a máxima de US$2000 por onça tocada pela última vez em meados de 2020, quando os mercados ainda enfrentavam com o impacto da pandemia do novo coronavírus. O metal precioso acabou se tornando um porto seguro para investidores que temiam mais reações desconhecidas durante o resto daquele ano.

Ouro diário

Os preços do cobre, trigo, milho, soja e até do café também dispararam, devido a preocupações com a possibilidade de a crise russo-ucraniana se arrastar por meses, complicando as cadeias de fornecimento que haviam começado a se recuperar do estresse da Covid-19.

“A premissa é bastante simples, se você produzir aquilo de que o mundo mais precisa no momento, estará no banco do motorista", disse Jeffrey Halley, analista para Ásia-Pacífico da plataforma de negociação online OANDA.

Embora a cura para os preços altos seja preços ainda mais altos, as projeções de crescimento global para 2022 talvez precisem ser “profundamente revisadas para baixo, e será interessante ver o que os bancos centrais mundiais farão”, afirmou Halley.

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Ele disse ainda estar bastante preocupado com a onda de estagflação se alastrando pelo mundo, “sobretudo pelos os países mais pobres, que devem sofrer mais”.

Halley disse ainda:

“Acredito que a Europa e a Ásia vão deixar de lado a ideia de normalização da política monetária, com a Europa nas linhas de frente, não posso culpá-los”.

De acordo com uma nota do Goldman Sachs (NYSE:GS), uma alta sustentada de US$20 no petróleo poderia reduzir o crescimento da economia real na zona do euro em 0,6% e, nos EUA, em 0,3%. Os preços do petróleo subiram quase US$50 desde o início do ano.

Na semana que vem, o Fed fará sua primeira alta de juros no pós-pandemia, possivelmente de um quarto de ponto percentual, se prevalecer a posição do presidente Jerome Powell e dos membros mais flexíveis do comitê de política monetária do banco central americano.

Na semana passada, quando os preços do petróleo WTI oscilavam na faixa de US$105-115, Powell citou a importância de afastar os ruídos de uma grande disparada do petróleo, ainda que temporária, nos cálculos inflacionários.

“Se você tiver uma disparada do petróleo e ela se dissipar, não acabará afetando a inflação atual”, afirmou o presidente do Fed, ao explicar por que ele estava optando por uma elevação moderada de 25 pontos-base nos juros na próxima reunião de 15-16 de março do Fomc. Mas, se os preços do petróleo subirem de forma persistente, "então teremos um grande problema. E estamos muito mais preocupados com essa segunda situação”, disse Powell.

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O UBS estima que um salto de US$10 no petróleo provocaria uma alta de 25 a 40 pontos-base na inflação. O cálculo do presidente do Fed para o mesmo efeito é de dois décimos na inflação.

Relatório de inflação de fevereiro não deve dar trégua

Independente do que Powell pensa, o índice de preços ao consumidor (IPC) para fevereiro, a ser divulgado na quinta-feira, não deve dar trégua.

O consenso é que o IPC registre alta de 7,9% ano a ano. E muitos economistas acreditam que essa seja uma estimativa conservadora. O crescimento ano a ano em janeiro foi de 7,5% para o IPC, nível mais alto desde 1982.

Powell pode ter razões para se preocupar com a persistência dos preços elevados do petróleo, pois analistas afirmam que a única forma de a cotação do petróleo cair é ela subir ainda mais. Como se diz no mercado de commodities, a cura para os preços altos são preços ainda mais altos. Como o petróleo russo já está praticamente bloqueado pelas sanções atuais, os preços terão que subir porque:

  1. não há oferta suficiente para atender à demanda de 99 milhões de barris por dia no mundo (considerando números de 2019);
  2. a outra grande produtora, Arábia Saudita, não vai parar de subir os preços.

Em um anúncio na sexta-feira, a estatal petrolífera saudita Aramco (SE:2222) elevou o preço oficial de venda do seu Arab Light para clientes asiáticos em recordes US$4,95 por barril, com base na média de Omã/Dubai que o país utiliza para precificar o produto.

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Na janela asiática de negociações desta segunda-feira, o barril de Brent, referência mundial do petróleo, disparou para quase US$131, ficando a apenas US$16 de alcançar a máxima história de US$147,50 de julho de 2008, antes de os mercados globais derreterem por causa da crise financeira.

Petróleo continuará caro até que haja uma “destruição da demanda”

Se o petróleo russo for banido dos EUA, o barril pode atingir US$150 nos próximos três meses, de acordo com Damien Courvalin, diretor de pesquisa energética do Goldman Sachs.

O J.P. Morgan} afirma que se os transtornos aos volumes petrolíferos da Rússia persistirem ao longo do ano, o Brent poderia encerrar 2022 a US$185. Mas, até alcançar esse patamar, é bem possível que haja uma destruição de cerca de 3 milhões de barris por dia, pois as viagens rodoviárias e aéreas discricionárias podem se tornar caras demais nesses níveis de preço, disse o JPM.

De acordo com o noticiário desta segunda-feira, os Estados Unidos estão considerando coordenar uma proibição às importações de petróleo da Rússia com seus aliados. No entanto, o momento e a abrangência de qualquer banimento americano do petróleo russo continuam sendo uma incógnita, segundo a imprensa.

A verdade é que a Casa Branca vem arrastando os pés quanto à imposição de sanções ou embargo às exportações petrolíferas da Rússia por razões óbvias. A Rússia exportou 10,5 milhões de barris por dia em 2021 e 20% disso foi para atender apenas o mercado americano.

Assim que a proibição da Casa Branca proibição ao petróleo russo entrar em vigor, é bem possível que o galão de gasolina no país cruze a marca de US$4,50 nesta semana, tocando as máximas pré-crise financeira de 2008, rumo a US$5. O pior de tudo seria o impacto prospectivo no preço dos itens de supermercado.

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Cabe lembrar ainda que 10% do petróleo mundial e 40% do gás europeu vêm da Rússia, ou seja, quem sofreria não seriam apenas os EUA, caso a Ásia e a Europa decidam se juntar à reação a Moscou.

Petróleo entra em níveis técnicos sobrecomprados

Apesar da intensidade do rali no petróleo, os aspectos técnicos sugerem que tanto o Brent quanto o WTI, que também alcançou máximas em torno de US$130 na segunda-feira, estavam extremamente sobrecomprados.

“A cada dia que passa, aumentam as chances de o petróleo acionar uma forte correção com alvo inicial em US$105-95, antes de registrar sua próxima pernada de alta até a máxima de 2008 a US$147 ou intensificar a queda para US$82-67, dependendo dos fatores geopolíticos em torno do petróleo neste momento”, disse Sunil Kumar Dixit, estrategista técnico do site skcharting.com.

No caso do ouro, o analista afirmou que o preço físico no gráfico de quatro horas mostrava um rompimento acima da formação triangular simétrica com alvo em US$2034, logo após vencer o nível de US$2000, explicou.

O ouro à vista tocou a máxima de US$2000,96 na segunda-feira, contra a máxima histórica de US$2073,41 em agosto de 2020. O ouro futuro em Nova York atingiu o pico da sessão a US$2005 contra a máxima recorde de US$2121,70.

Aviso de isenção: Barani Krishnan utiliza diversas visões além da sua para dar diversidade às suas análises de mercado. A bem da neutralidade, ele por vezes apresenta visões e variáveis de mercado contrárias. O analista não possui posições nos ativos e commodities sobre os quais escreve.

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