Garanta 40% de desconto
⚠ Alerta de Balanço! Quais ações estão prontas para disparar?
Veja as ações no nosso radar ProPicks. Essas estratégias subiram 19,7% desde o início do ano.
Não perca a lista completa

Como Lidar Com o Desconhecido?

Publicado 27.07.2022, 10:48
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Após uma sucessão de eventos macroeconômicos, já é quase consenso de que o momento atual seja um dos mais desafiadores dos últimos tempos para a gestão de recursos.

Depois de atravessarmos por uma das maiores pandemias da história, o excesso de liquidez e os desarranjos das cadeias de suprimentos trouxeram à tona o desafio da inflação global, que foi amplificado pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Sob esse aspecto, a semana passada foi um marco importante para os países europeus, tendo em vista a retomada (mesmo que lenta) do fluxo de gás russo pelo Nord Stream 1. Para as demais economias, o acordo entre a Rússia e a Ucrânia para o embarque de grãos pelo Mar Negro é visto com alívio, uma vez que a última é grande exportadora de commodities agrícolas. Nos últimos três anos, por exemplo, Ucrânia e Rússia foram responsáveis pela exportação global de 18% e 28% de milho e trigo, respectivamente.

Na realidade, o cenário no leste europeu não está tão fácil quanto parece. Especialistas argumentam que a retomada de fluxo de gás russo é mais uma estratégia de Putin para manter a Europa refém de sua energia e que o desligamento completo aconteceria mais próximo do início do inverno europeu. Já o acordo para exportação dos grãos parece que não surtirá o efeito desejado, uma vez que poucas horas após o combinado, mísseis russos bombardearam alvos no porto de Odessa, o maior da Ucrânia.

Quando olhamos para a China, também surge um punhado de divergências. Ray Dalio, fundador da Bridgewater e um dos maiores investidores de todos os tempos, segue convicto que a China, país que já visitou diversas vezes nas últimas três décadas, possui oportunidades incríveis de investimento.

Por outro lado, não há como discordar que os dados econômicos provenientes da China são no mínimo suspeitos e sua política de “Covid Zero” tem se mostrado um verdadeiro fracasso. Além disso, a onda de calote no pagamento do financiamento imobiliário e os demais problemas neste mercado chinês – a maior classe de ativos do mundo, avaliada em US$ 62 trilhões – pode levar a uma contaminação para os demais setores e impor mais dificuldades para o gigante asiático.

Passando para os Estados Unidos, as dúvidas também são grandes. Afinal, a economia norte-americana segue pujante ou prestes a entrar em recessão?

A recente carta da Vinci foi precisa. Pela ótica dos dados reais, que entram na composição do PIB, a economia segue forte. Os níveis de produção industrial têm batido recordes consecutivos e os dados de consumo mostram altas recordes reais sucessivas. Pela ótica dos dados de sentimento, aqueles de mais alta frequência, a história é outra. A confiança do consumidor medida pela Universidade de Michigan está em recorde de baixa e o PMI composto anunciado na semana passada ficou abaixo da marca de 50, indicando contração na atividade.

Em conferência intitulada “It’s all in Fed’s Hands Now”, os executivos da Blackstone (um dos maiores private equity do mundo) se mostraram mais pessimistas e defenderam um cenário no qual a inflação norte-americana (e global) é crônica. Já Larry Fink, o CEO da BlackRock (NYSE:BLK) (BVMF:BLAK34) (a maior gestora do mundo com US$ 10 trilhões sob gestão), admitiu na semana passada a possibilidade de os EUA entrarem em uma recessão, mas afirmou que ela deve ser moderada e que a inflação será ajustada com o tempo.

No Brasil não é diferente. Acenos populistas, eleições polarizadas, furo do teto de gastos, inflação elevada e tantos outros assuntos têm dominado as discussões e deixado os investidores avessos ao risco. Em contrapartida, o nível de valuation perante as demais classes de ativos (inclusive a renda fixa) segue bastante atrativo.

Essas dúvidas e opiniões opostas dos mais variados especialistas podem ser paralisadoras para o investidor. Contudo, não fazer nada também é uma decisão de investimento. Para lidar com o desconhecido, minha sugestão é a diversificação de seu portfólio de investimentos e a ampliação do seu horizonte temporal, de modo a se apropriar dos diversos prêmios de risco ao longo do tempo.

Últimos comentários

Manipulador... Vc é além de fraco... Manipulador de mercado. Vi sua matéria na money Times, "orientando" os leigos a não comprar MGLU3, sendo que está no melhor momento gráfico e de perspectiva dos últimos meses para comprar.. Larga de ser safado.
Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.