Por mais um dia, a decisão sobre o próximo presidente do Federal Reserve pesou bastante no mercado, principalmente pela perspectiva do nome de John Taylor, nome considerado mais ortodoxo do que Kevin Walsh e mais Hawkish (com tendência a subir os juros) do que Yellen ou Jeremy Powell.
Uma pesquisa entre os membros do GOP que indicava Taylor como um dos preferidos chegou a mexer com o mercado, porém com baixo valor de amostra, a pesquisa foi logo descartada.
Deste modo, a maioria dos fatos se mantem no campo da especulação, o que aumenta a volatilidade de diversos ativos.
Hoje o COPOM decide a taxa de juros no Brasil e o consenso de corte de 75 bp tende a se concretizar, principalmente ao se considerar o atual cenário benigno de inflação.
Nem mesmo o anúncio da bandeira tarifaria em energia elétrica altera a tendência dos preços, mesmo com a adição de ao menos 25 bp na inflação de 2018
CENÁRIO POLÍTICO
Sem grandes novidades, a liberação de recursos, muitos deles “represados” em emendas de modo a garantir a sobrevivência de Temer está correndo solta, ultrapassando a casa dos R$ 30 bi.
Este tipo de movimento é nítido como moeda de troca no Brasil desde sempre e não significa necessariamente que haja um aumento dos gastos (em partes há sim), mas demonstra que o controle do executivo sob o legislativo fica mais frágil no atual cenário.
O embate entre Temer e Maia agora se volta ao campo midiático, pois ao garantir a leniência dos bancos junto ao BC recentemente, Maia tenta insistentemente acenar como o “cara do mercado”, mesmo que o mercado não o tenha adotado como tal.
Assim, Temer deve forçar parte das reformas de maneira intensa de modo a retomar o protagonismo junto ao mercado, mesmo que nunca tenha sido dele e sim da equipe econômica.
CENÁRIO DE MERCADO
A abertura na Europa positiva, com os futuros em NY em queda, após mais um dia de recordes nas bolsas americanas. Na Ásia, o fechamento foi positivo, com destaque para a queda do dólar australiano.
O dólar retoma parte da alta de ontem contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam com rendimento positivo em todos os vencimentos observados.
Entre as commodities metálicas, o ouro continua a perder espaço com o dólar em alta e o minério de ferro mantém os ganhos em portos chineses.
O petróleo opera em queda em ambas as praças, numa realização de lucros
Atenção aos resultados de Santander Brasil (SA:SANB11), Fibria (SA:FIBR3), Odontoprev (SA:ODPV3), Marisa e Weg. No exterior Bayer, Boing, Nasdaq e Visa.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2474 / 0,37 %
Euro / Dólar : US$ 1,18 / 0,068%
Dólar / Yen : ¥ 114,22 / 0,281%
Libra / Dólar : US$ 1,32 / 0,571%
Dólar Fut. (1 m) : 3260,05 / 1,27 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 18: 7,00 % aa (-0,12%)
DI - Julho 19: 7,77 % aa (0,39%)
DI - Janeiro 21: 8,95 % aa (0,45%)
DI - Janeiro 25: 9,95 % aa (0,40%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 1,24% / 76.350 pontos
Dow Jones: 0,72% / 23.442 pontos
Nasdaq: 0,18% / 6.598 pontos
Nikkei: -0,45% / 21.708 pontos
Hang Seng: 0,53% / 28.303 pontos
ASX 200: 0,14% / 5.906 pontos
ABERTURA
DAX: 0,080% / 13023,55 pontos
CAC 40: 0,290% / 5410,42 pontos
FTSE: -0,344% / 7500,66 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 77017,00 pontos
S&P Fut.: -0,074% / 2565,40 pontos
Nasdaq Fut.: -0,148% / 6070,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,14% / 85,95 ptos
Petróleo WTI: -0,38% / $52,27
Petróleo Brent:-0,26% / $58,18
Ouro: -0,34% / $1.272,26
Minério de Ferro: 0,05% / $60,73
Soja: -0,27% / $18,48
Milho: 0,21% / $353,50
Café: 0,08% / $123,35
Açúcar: -0,42% / $14,20