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Copom Mais Hawkish

Publicado 23.06.2021, 08:48
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Terça-feira foi dia de ata do Copom mais dura e também de novas sinalizações do Fed sobre a sua política de juros. 

Em ambos os casos, o que se observa é que, enquanto o presidente Roberto Campos Neto, do BACEN brasileiro, se mostra bem mais atento, “correndo atrás da curva de juro” e pronto para ser mais duro, se possível, no Fed a leitura segue sendo a de “aguardar um pouco mais” para decidir sobre quando mudar o ritmo de compra de ativos e de balizamento de juro.

Por lá, a leitura é de que a inflação mais elevada vem "puxada" pela “reabertura da economia”, o que tendo gerado algum desbalanceamento nas cadeias produtivas, com a escassez de insumos. No Brasil, no entanto, diante da crise hídrica e do receio de disseminação da inflação, em novo patamar, não resta ao BACEN uma leitura mais dura (ou hawkish, como dizem no mercado).
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Depois da reunião da semana passada, quando o BACEN havia decidido por um ajuste de 0,75 ponto percentual, a 4,25%, muito se comentava que na próxima reunião de agosto o ajuste teríamos a mesma intensidade, +0,75 ponto percentual, a 5,0%. Agora não se tem mais esta certeza.

Isso porque nesta ata de terça-feira, o BACEN deixou no ar que deve ser mais duro, caso a inflação mostre maior resiliência. 

Disse a ata o seguinte, "frente à revisão da trajetória de política monetária implícita nas suas projeções, o Comitê avaliou uma redução mais tempestiva dos estímulos monetários já nesta reunião. Considerando os diversos cenários alternativos, entendeu, no entanto, que a melhor estratégia seria a manutenção do atual ritmo de redução de estímulos, mas destacando a possibilidade de ajuste mais tempestivo na próxima reunião."

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Os diretores do Copom preferem "acumular mais informações sobre os tradicionais determinantes da inflação e, em particular, de alguns de seus aspectos qualitativos: (i) evolução dos preços mais inerciais, conforme o setor de Serviços se recupera, e (ii) comportamento das expectativas de inflação, tanto da pesquisa Focus quanto o implícito nos preços de mercado." 

Isso posto, se percebe que o próximo passo deverá depender da evolução do cenário e, também, da visão de que a inflação pode piorar um pouco antes de melhorar, o que pode fazer com que a Selic tenha um aumento maior em agosto e feche o ano acima de 6,0%. A Focus trabalha com o IPCA a 5,90% neste ano e 3,78% em 2022. Diante disso, no mercado de juro, os futuros curtos e médios se elevaram em 10 ponto percentual.

Isso decorre da preocupação, pertinente neste momento, com a crise hídrica e a possibilidade de racionamento ou blackout. Duas bombas não esperadas na agenda econômica do governo. Preocupa também o repasse do atacado e a pressão das commodities, embora por estes dias arrefecendo. 

Nesta quinta-feira é divulgado o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) e novos elementos nos aguardam para discorrer.

Em paralelo, o governo comemora, finalmente, a primeira privatização. A capitalização da MP da Eletrobras (SA:ELET3) (ou venda de participação) deve acontecer em janeiro do ano que vem e a receita esperada se aproxima de R$ 100 bilhões. O único "senão" é a contaminação política do processo, depois da decisão do Congresso de permitir a construção de várias termelétricas em todos os estados da federação, em algumas situações sem infraestrutura alguma.

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Falando da agenda de reformas, na reforma tributária dois pontos merecem destaques nas discussões desta semana: a taxação sobre lucros e dividendos e sobre CSLL.

A taxação sobre lucros e dividendos parece bem encaminhada na Câmara, mas, como já ocorreu em outros momentos, esbarra no pedido de “arredondamento” do governo, na faixa de isenção, de R$ 2,4 para R$ 2,5 mil. 

No aumento da tributação sobre instituições financeiras, comenta-se sobre a elevação da alíquota da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para os bancos de 15% para 25% em 2021 e para 20% em 2022. Já no Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF), o governo também considera elevar para até R$ 2.500 a faixa de isenção. Atualmente, a primeira faixa de isenção vai até R$ 1.920.

Nesta terça-feira, o dólar encerrou abaixo dos R$ 5,00 pela primeira vez em mais de um ano – a última vez foi em 10 de junho. A divisa recuou 1,12% para R$ 4,9662. Já na bolsa de valores, o Ibovespa fechou em queda de 0,38% em 128.767 pontos.

Boa semana e bons negócios! 

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