Bitcoin recua com tensão EUA-China e puxa queda generalizada no mercado cripto
Na terça-feira de manhã, a Bloomberg publicou o artigo “The Great Debasement Is Rippling Across Markets”. Do início do ano até a mínima registrada em meados de setembro, o Índice Dólar dos EUA acumulou queda de quase 15%. A fraqueza do dólar vem reforçando a narrativa de desvalorização da moeda, o que favorece determinados ativos. Os mais beneficiados são os metais preciosos: o ouro e a prata avançaram 50% e 75% no acumulado do ano, respectivamente. Fora dos holofotes da “desvalorização cambial”, mas também com bom desempenho, estão as ações internacionais. A correlação negativa entre papéis estrangeiros e o dólar se manteve sólida ao longo de 2025.
Os ETFs de mercados desenvolvidos estrangeiros (iShares Foreign Developed Markets (NYSE:EFA)) e de mercados emergentes (Emerging Markets (NYSE:EEM)) registram altas de 25% e 29%, respectivamente, no acumulado do ano. Para comparação, o S&P 500 sobe cerca de 15%. Nos últimos cinco anos, porém, os mercados domésticos superaram amplamente os estrangeiros: o S&P 500 avançou 95%, ante 43% do EFA e 17% do EEM.
Esse cenário levanta uma questão essencial: se o dólar voltar a subir, a correlação negativa poderá pesar sobre as bolsas internacionais? Nossa leitura é que sim. Em outras palavras, o rali das ações estrangeiras pode continuar, mas os fundamentos não sustentam essa tendência. É importante lembrar que a correlação com o dólar funciona nos dois sentidos. Os gráficos abaixo mostram a forte relação inversa entre o EEM e o EFA em relação à moeda americana, com o eixo de preços invertido para evidenciar essa dinâmica. O painel inferior exibe a correlação de 50 dias.
A seguir, um contraponto à tese de desvalorização monetária apresentado no artigo da Bloomberg:
“Quem acredita que moedas e títulos podem ser substituídos por bitcoin e ouro precisa de um teste de realidade”, afirmou Shoki Omori, estrategista-chefe da Mizuho Securities, uma das maiores corretoras do Japão.
Para Omori, o que se vê é apenas uma “operação de momento”, em que investidores seguem comprando o que sobe, sem base nos fundamentos.
JPMorgan: lucro sólido, mas pressão no papel
O JPMorgan (NYSE:JPM) divulgou resultado trimestral robusto, mas o mercado reagiu de forma cautelosa. As ações abriram em queda superior a 4%, mesmo com o lucro por ação superando as estimativas em 5% e as receitas em 3%. Há três motivos principais para o recuo dos papéis.
Custos e riscos de crédito em alta: o banco enfrenta aumento das despesas operacionais e das provisões para perdas, o que levanta dúvidas sobre a sustentabilidade das margens.
Realização de lucros e revisões negativas: após valorização de 30% no ano e quase 40% em 12 meses, alguns investidores aproveitaram para embolsar ganhos. Além disso, casas como a Oppenheimer rebaixaram o JPMorgan de “outperform” para “market perform”, e o Morgan Stanley reduziu a recomendação de “overweight” (acima da média) para “equal weight” (na média).
Perspectiva macroeconômica incerta: embora os resultados tenham vindo acima do esperado, o CEO Jamie Dimon manteve um tom prudente. Segundo ele, “embora haja sinais de moderação, especialmente no emprego, a economia americana segue resiliente, mas o ambiente ainda é de elevada incerteza.”
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