Tarifas mais altas de Trump atingem grandes parceiros comerciais dos EUA, gerando questionamentos e preocupação
- Pressão dos EUA sobre a Índia e aumento da produção da Opep+ pesam sobre as perspectivas para o petróleo.
- WTI testa suporte crítico em US$ 64, com US$ 60 e US$ 55 como próximos alvos.
- Mercado ignora queda nos estoques dos EUA e mantém foco nos riscos de oferta global.
- Quer investir melhor em qualquer cenário? Use ferramentas treinadas de IA do InvestingPro para descobrir as melhores oportunidades. Clique aqui!
Neste ano, diversos fatores têm influenciado os preços do petróleo nas diferentes classificações da commodity. Além dos indicadores tradicionais, como níveis de produção, estoques e demanda global, a guerra comercial em curso tornou-se uma variável central. Apesar de alguns acordos assinados, as tensões continuam elevadas e podem se intensificar.
No momento, o foco recai sobre a Índia. O governo dos Estados Unidos, sob Donald Trump, impôs tarifas secundárias de 50% como retaliação à continuidade das importações indianas de petróleo russo. Nova Délhi já deixou claro que não pretende suspender essas compras, levando o mercado a assumir a manutenção do status atual. Ainda assim, a pressão sobre o governo indiano pode se intensificar.
Pelo lado da oferta, a Opep+ aumentou a produção. Esse acréscimo pode exercer pressão baixista sobre os preços, com potencial de levar o WTI novamente abaixo da marca de US$ 60 por barril.
Tarifas alfandegárias e aumento da oferta direcionam sentimento do mercado
Índia, Brasil e China estão entre os principais compradores de petróleo russo. Mas é a Índia que, no momento, vem despertando maior atenção por parte de Washington. Desde 2022, as importações indianas de petróleo bruto da Rússia dispararam, chegando a representar 40% das compras totais, aproximadamente 2,15 milhões de barris por dia, dentro de um consumo nacional de 5,5 milhões de barris. Isso faz da Rússia o maior fornecedor da Índia com ampla margem.
Caso a pressão dos EUA leve a Índia a reduzir essas aquisições, o país asiático poderá recorrer a outros membros da Opep+, que recentemente anunciaram uma elevação de oferta de 547 mil barris por dia. Isso implicaria uma dupla pressão sobre as expectativas de oferta global, o que reforçaria o risco de queda do petróleo abaixo de US$ 60 por barril.
O mercado também acompanhará de perto eventuais pressões semelhantes sobre China e Brasil, os outros dois grandes clientes de Moscou.
Queda nos estoques dos EUA não sustenta movimento de alta
Os estoques de petróleo dos Estados Unidos vieram abaixo do esperado, mas os preços seguiram recuando. O mercado parece mais atento às preocupações com a demanda do que aos sinais pontuais de oferta.
Os Estados Unidos seguem como o maior produtor mundial de petróleo, com capacidade de elevar a produção, se necessário. No segundo trimestre de 2025, a ExxonMobil (NYSE:XOM) e a Chevron (NYSE:CVX) ampliaram a extração para 4,63 milhões e 3,40 milhões de barris por dia, respectivamente. Um único dado fraco não é suficiente para alterar o cenário estrutural.
WTI testa suporte importante próximo de US$ 64
O petróleo WTI retomou a tendência de baixa e volta a testar uma zona crítica de suporte próximo de US$ 64. Um rompimento sustentado desse patamar pode abrir caminho para o próximo nível-chave em US$ 60, reforçando a pressão vendedora no mercado da commodity.
Caso as forças de oferta continuem predominando e o WTI perca o suporte em US$ 60, o próximo alvo dos vendedores tende a se concentrar na região de US$ 55. Por outro lado, a zona dos US$ 70 segue como principal resistência e linha de defesa contra quedas adicionais.
***
PARE DE INVESTIR NO ESCURO! No InvestingPro, você tem acesso a ferramentas treinadas de IA em 25 anos de métricas financeiras para escolher as melhores ações e ainda tem acesso a:
- Preço-justo: saiba se uma ação está cara ou barata com base em seus fundamentos.
- ProTips: dicas rápidas e diretas para descomplicar informações financeiras.
- ProPicks: estratégias que usam IA para selecionar ações explosivas.
- WarrenAI: consultor pessoal de IA treinado com dados do Investing.com para tirar suas dúvidas sobre investimentos.
- Filtro avançado: encontre as melhores ações com base em centenas de métricas.
- Ideias: descubra como os maiores gestores do mundo estão posicionados e copie suas estratégias.
- Dados de nível institucional: monte suas próprias estratégias com ações de todo o mundo.
- ProNews: acesse notícias com insights dos melhores analistas de Wall Street.
- Navegação turbo: as páginas do Investing.com carregam mais rápido, sem anúncios.
AVISO: Este conteúdo tem caráter exclusivamente informativo. Não constitui oferta, recomendação ou solicitação para compra de ativos. Lembramos que todos os investimentos envolvem riscos relevantes e devem ser avaliados sob múltiplas perspectivas. O InvestingPro não oferece consultoria de investimentos. As decisões e riscos assumidos são de inteira responsabilidade do investidor.