ÁSIA: As ações asiáticas fecharam misturadas no comércio de quinta-feira, com investidores avaliando o abrandamento em Wall Street, digerindo os balanços trimestrais de empresas regionais e mantendo uma postura conservadora antes da conclusão da reunião do Banco Central Europeu, em busca de detalhes em relação ao afrouxamento de seu programa de compra de ativos.
O Nikkei do Japão subiu 0,15% para fechar em 21.739,78 pontos, um dia depois que o índice quebrou a sua série de 16 dias de alta. Um iene mais forte limitou os ganhos de ações. Algumas ações do setor financeiro subiram em antecipação ao novo aumento das taxas de juros nos EUA. As ações de montadoras também contribuíram para a alta.
Do outro lado do estreito coreano, o Kospi da Coreia do Sul recuou 0,48% para fechar em 2.480,63 pontos, enquanto investidores digeriam relatórios de ganhos trimestrais de blue-chip. SK Hynix subiu 3,67% após anunciar que seu lucro operacional no terceiro trimestre cresceu 415% em comparação com um ano atrás. O lucro do período chegou em 3,7 trilhões de ganhos (US$ 3,3 bilhões), ligeiramente abaixo dos 3,8 trilhões de won projetado em uma pesquisa da Thomson Reuters StarMine SmartEstimate. Enquanto isso, as ações da Hyundai Motor dispararam 7,41% depois que a montadora mostrou que o lucro da empresa caiu 20% no terceiro trimestre, ligeiramente acima das estimativas em 852 bilhões de wones (US$ 758,21 milhões).
Abaixo, o ASX 200 australiano reverteu perdas antecipadas para fechar 0,18% maior, em 5.916,3 pontos, sustentada pelo movimento de recuperação do subíndice financeiro pesadamente ponderado. A ANZ disse que o lucro líquido do ano encerrado em 30 de setembro de 2017 aumentou 12%, para 6,41 bilhões de dólares australianos (US$ 4,94 bilhões), ligeiramente abaixo da previsão de US $ 6,87 bilhões. As ações ANZ apresentaram desempenho inferior a outros pares, caindo 1,21% no final da sessão.
Entre as empresas ligadas às commodites, BHP Biliton caiu 0,8%, Fortescue Metals despencou 4,2%, enquanto a Woodside Petroleum avançou 1%.
O índice Hang Seng caiu 0,36%, enquanto nos mercados continentais, o Shanghai Composite subiu 0,33% e o Shenzhen Composite ganhou 0,25%. Destaque para a primeira oferta de obrigações soberanas nominadas em dólares da China em mais de uma década, num total de US$ 2 bilhões em dívida pública que será emitida em duas etapas.
Os mercados na Tailândia estão fechados na quinta-feira.
EUROPA: Os investidores europeus operam com cautela, esperando o discurso do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, enquanto digerem relatórios trimestrais de empresas da região. O pan-europeu Stoxx 600 opera 0,15% menor.
As "techs" lideram as perdas no início das negociações, arrastadas pela Nokia. As ações da empresa norueguesa despencam 13% depois de divulgar vendas e lucro abaixo do consenso do mercado. Os bancos também figuram entre os piores, após resultados inferiores ao esperado no setor. O Deutsche Bank apresentou um aumento melhor do que o previsto no lucro líquido, de 649 milhões de euros (US$ 768 milhões) no terceiro trimestre, mas as ações caem mais de 1%. O banco alemão permanece menos atraente do que seus pares internacionais. O banco britânico Barclays (LON:BARC) relatou um lucro antes impostos para o terceiro trimestre pior do que o esperado. As ações caem mais de 4,5% nos negócios iniciais.
A Bayer cai 2,4% depois de anunciar um aumento de 4% nos ganhos com o crescimento das vendas de produtos farmacêuticos, mas advertiu em relação à fraqueza dos negócios relacionados com cuidados de saúde ao consumidor.
A ABB sobe 2% após relatar lucros ligeiramente acima das expectativas, dizendo que o foco em robôs para a indústria de alimentos e bebidas foi compensador.
No Reino Unido, o índice FTSE 100 opera em alta, sustentada pela alta dos setores de bens de consumo, commodities e "stocks" industriais, mas os setores de serviços financeiros, saúde e consumo estavam entre aqueles que perdem terreno. O índice de referência de Londres caiu 1,1% na quarta-feira e marcou o menor fechamento desde o 2 de outubro. Contra o euro, a libra esterlina cai para € 1,1211, ante € 1,1227 do final da quarta-feira em Nova York e em relação ao dólar, a libra é negociada a US$ 1,3253, abaixo de US$ 1,3262 do final da quarta-feira em Nova York.
A força da Libra pode prejudicar as ações de empresas multinacionais, que são fortemente ponderadas no FTSE 100. A maior parte do lucro para as empresas FTSE 100 é feita no exterior, portanto uma libra maior pode espremer os ganhos quando convertidos de volta para a moeda do Reino Unido.
O desempenho das mineradoras em Londres é majoritariamente positivo. Anglo American (LON:AAL) sobe 0,8%, BHP Billiton sobe 1%, Rio Tinto (LON:RIO) avança 2%. Em sentido contrário, Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,2%.
Todos os olhos estarão em Frankfurt, onde o BCE deverá anunciar às 9h30 (horário de Brasília), a sua última decisão em relação à sua taxa de juros e seu programa de compras de títulos de € 60 bilhões por mês. Analistas acham difícil o BCE surpreender os investidores com uma postura agressiva, pois o comportamento adotado por Draghi & Co. é de cautela e não acreditam que isso mudará agora, mesmo que a zona do euro esteja mostrando alguns sinais de crescimento econômico, já que não se traduziu em uma recuperação material, tanto o crescimento inflacionárias, quanto salarial ainda e um anúncio potencialmente "distorcido" pode fazer com que o euro corrija para baixo.
EUA:
9h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
9h30 - Goods Trade Balance (diferença entre exportação menos importação de bens);
9h30 - Prelim Wholesale Inventories (dados preliminares de vendas e estoques no atacado americano);
11h00 - Pending Home Sales(mede a venda de casas existentes nos EUA com contrato assinado, mas ainda sem transação efetiva);
ÍNDICES FUTUROS - 7h30:
Dow: +0,02%
SP500: -0,02%
NASDAQ: +0,02%
OBSERVAÇÃO:
Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.