Bolsas internacionais se recuperam à medida que surgem novas notícias de trégua entre Rússia e Ucrânia. Porém, cabe a ressalva de que não existem quaisquer sinais concretos de paz duradoura por enquanto.
Na Europa, em específico, notamos também alguma esperança de que o Bacen de Mario Draghi possa ser mais generoso nos estímulos monetários. Em tese, eram os alemães que bloqueavam essa generosidade extra. Mas agora até mesmo o Bundesbank tem se mostrado preocupado com um cenário de estagnação.
Podemos falar de recessão técnica ou simplesmente de recessão. Fato é que o PIB do 2T14 provavelmente apontará recuo e a estimativa para o ano cheio caminha rapidamente para o zero a zero. Segundo nossas contas, na melhor das hipóteses, a economia brasileira fechará o ano parada. Nosso cenário base é de leve queda do PIB em 2014, com efeitos mais claros sobre o nível de emprego neste segundo semestre.
Ibovespa futuro abre em leve queda de 0,30%, com dólar futuro subindo 0,10%.
+ BVMF3 (CP: compra, LP: compra)
Destas coisas que demoram, mas uma hora acontecem: BM&F Bovespa começou a migração para a nova clearing, plataforma capaz de juntar derivativos, ações, renda fixa e câmbio. Esse primeiro passo foi para derivativos. Com a clearing 100% implementada, o processo de pós-negociação passa a ser muito vantajoso para os clientes da Bolsa, por reduzir os requisitos absolutos de margem. Em termos práticos, isso significa menos opex, menos capex e mais negócios.
+ POMO4 (CP: neutro, LP: neutro)
Segunda prévia do Ibovespa adicionou PNs da Marcopolo e excluiu ONs da MMX. A entrada no índice dá visibilidade e estimula liquidez, mas não traz mudança nos fundamentos. Marcopolo é uma ótima empresa, redonda, com forte posição de mercado e histórico consistente de resultados. Mas a queda recente (-15% no ano) não a torna propriamente uma barganha. Diante da compressão observada no ROE e a 14x lucros 2014E, estamos neutros.
+ TELECOM
Telecom Italiaestaria preparando oferta pela Vivendi no valor de 7 bilhões de euros, numa operação que daria à francesa 20% da TIM Brasil - e também da própria italiana. A oferta superaria em 250 milhões de euros a proposta da Telefónica e envolveria compra e incorporação da GVT pela TIM Brasil. Muitos rumores, não dá pra saber quem vai levar o "prêmio". Quem levar terá sérios problemas para pagar a conta. Quem não levar (principalmente OIBR) estará num contexto de concorrência pesada.
+ BBAS3 (CP: neutro, LP: neutro)
Vale a pena ler a matéria no Valor explicando como o Tesouro tem segurado repasses de subsídios agrícolas ao Banco do Brasil, de modo a maquiar o resultado fiscal. Ao mesmo tempo, o BB conversa com o ministro da Fazenda para enquadrar instrumento híbrido de capital como Basileia III. É o famoso Zé com Zé. BBAS3 sobe 23% no ano na esperança de que esse tipo de improviso seja resolvido a partir de 2015.
+ BRKM5 (CP: neutro, LP: neutro)
Enquanto PETR sobe 27% no ano, BRKM cai 25%. Braskem estuda parar produção de algumas unidades caso o preço da nafta seja de fato reajustado em circa 6% a partir de setembro. Como você pode imaginar, esse é mais um problema indiretamente associado ao subsídio à gasolina doméstica. Entendemos que a queda de BRKM5 no ano é exagerada, mas preferimos ainda aguardar os resultados desse imbróglio.
Para visualizar o artigo completo visite o site da Empiricus Research.