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Disney (DIS): O momento certo de avaliar com atenção

Publicado 19.09.2023, 16:22
DIS
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Muito mais do que o Mickey. É assim que podemos definir a Disney hoje. Há décadas figurando entre as dez marcas mais valiosas do mundo, segundo a consultoria BrandFinance, a dona de um dos pontos turísticos mais visitados diversificou seu portfólio de produtos, aprendeu a surfar ondas modernas e, se hoje é subestimada mercado acionário, tem tudo para superar as dificuldades nos próximos meses.

A The Walt Disney Company (NYSE:DIS), listada na bolsa de Nova York como DIS, atualmente rende muitas discussões sobre suas perspectivas futuras e desafios. No entanto, uma análise mais cuidadosa da Arton Advisors, casa na qual atuo como analista de Renda Variável e Estruturados, chegou à conclusão de que o mercado poderia estar precificando suas ações de uma forma, digamos, mais gentil.

Na Arton, nós praticamos o Skin In The Game, ou seja, colocamos a nossa “pele no jogo” nos ativos que nossos clientes investem, desde que, é claro, não exista nenhum impedimento regulatório. Se eles ganham, ganhamos juntos. Se perdem, também perdemos! Por isso, sempre que qualificamos um ativo como propício para investir é porque ele passou por uma rigorosa avaliação. 

Nessa avaliação, posso dizer que as ações da Disney, um dia precificadas a quase 190 dólares e que hoje amargam a casa dos 80 dólares, estão subprecificadas. Elenquei alguns fatores que justificam a consistência da empresa, que, em breve, pode voltar aos seus melhores dias. Vale lembrar sempre que não se trata de uma recomendação de investimentos, afinal, os investidores devem realizar suas próprias análises e considerar cuidadosamente suas estratégias financeiras antes de tomar decisões de investimento.

1) O retorno de Iger

Mesmo depois de alavancar o balanço da empresa com a polêmica compra da Fox, Bob Iger foi responsável por grandes aquisições que geraram muito valor para a Disney. Vale lembrar que ele negociou a compra da Pixar com Steve Jobs, em meio a uma crise aguda envolvendo a criação de conteúdos de animação, herança do mandato de Michael Eisner. Essa e outras aquisições, como a da Marvel Studios e da Lucasfilm, elevaram o patamar da empresa.

Embora o mercado de mídia esteja mais preocupado com o volume de conteúdo produzido em detrimento à qualidade, acreditamos que a Disney possa reverter esse cenário com suas produções de ponta, reforçando que sempre foi referência no mercado global.

2) Streaming e Investimentos Futuros

O mercado de streaming experimentou um crescimento exponencial nos últimos anos. Observamos mais e mais empresas competindo ferozmente pela atenção dos espectadores. A Disney entrou nesse cenário com o Disney+, uma plataforma que reúne uma vasta biblioteca de conteúdo adorado por públicos de todas as idades. Embora o investimento inicial possa ter pressionado as margens, essa estratégia tem o potencial de se tornar uma fonte estável de receita recorrente no futuro. 

À medida em que as empresas se adaptam à dinâmica desse novo mercado, os ajustes nos preços e na oferta de conteúdo são naturais. O fato de a Disney estar focada em criar um ecossistema robusto deve ser visto como um investimento a longo prazo em uma fonte de receita positiva, com um potencial significativo para impulsionar o valor da empresa. 

3) Parques Temáticos

Não podia deixar de falar da “joia da coroa” da Disney, que é, com certeza, a frente de parques de diversão. Alinhado à divulgação de receita com lucro de líquido de 1,27 bilhão de dólares no segundo trimestre desse ano, a companhia conseguiu melhorar as margens de forma recorrente ao longo dos anos, graças ao poder de precificação adquirido no tempo, fruto de uma melhoria contínua de experiências e atrações. Embora tenham surgido algumas mudanças controversas, inclusive em suas produções, a empresa demonstrou um forte compromisso em ouvir seus clientes e ajustar suas estratégias para amenizar a situação.

4) Maior concorrência

Outro ponto que não posso deixar de fora é a concorrência. E, pela primeira vez na história, houve incômodo no castelo que abriga o Mickey Mouse. A Universal, que vem investindo muitos nos seus parques em Orlando, foi a primeira operadora a roubar market share da Disney. Além disso, o lançamento do novo parque “Epic Universe” promete elevar o patamar da operação, tornando o grupo um destino - ao invés de uma alternativa.

Quando isso acontece, é natural que uma companhia como a Disney comece a se mexer e turbinar suas atratividades. Até hoje, nenhuma outra empresa no mundo conseguiu operar com tanto sucesso um parque de diversão como a Disney. Mas é preciso que o cliente continue sendo a prioridade. Essa vantagem competitiva deve continuar para os próximos anos, mesmo com a melhora da concorrência. As sinergias do ecossistema são quase infinitas e dificilmente são replicadas.

Conclusão

Enquanto a Disney enfrenta obstáculos e incertezas, os elementos que a diferenciam continuam muito sólidos. A liderança estratégica de Bob Iger, o compromisso com o streaming como fonte de receita futura e o domínio inigualável dos parques temáticos são fatores que sustentam a confiança nos fundamentos da empresa.

As ações da Disney têm experimentado flutuações, mas seu histórico de superar desafios é notável. Com uma gestão comprometida em enfrentar as preocupações dos acionistas e um histórico de inovação, acreditamos que essa ação está bem-posicionada para retomar sua trajetória de crescimento em breve!

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