Bom dia, mercado do câmbio. Vamos começar contextualizando o fechamento da taxa de ontem para entender o cenário atual, que, aliás, muda a cada dia. O dólar à vista fechou o dia ontem cotado a R$ 5,0018 para venda. Os treasuries de longo prazo voltaram a subir.
Vamos analisar o cenário internacional. A guerra no Oriente Médio segue firme e ainda por cima com encontro de líderes dos grupos terroristas Hamas, Hezbollah e Jihad Islâmica em local desconhecido, situação no mínimo preocupante, pois uma escalada do conflito não seria bom para ninguém.
Na Europa hoje é dia de decisão de taxa de juros e a previsão do mercado é que seja mantida em 4,5%, afinal, a economia já está em recessão técnica e uma nova subida pode tornar ainda mais difícil a situação da recuperação economia da região.
Na China, nosso super cliente de commodities, foi anunciada a emissão de títulos soberanos que vão impulsionar a demanda doméstica e com isso ajudar a recuperação da economia. Além disso, haverá corte de impostos para compradores de imóveis, em tentativa de segurar a crise do setor.
Nos EUA, o fato é que os juros seguirão altos por mais tempo e a economia terá dificuldade em crescer. Por lá conheceremos o PIB do terceiro trimestre, que deve aumentar. Esse PIB é importante para o mercado ir balizando suas apostas sobre a taxa de juros a ser decidida no dia 1/11.
Por aqui, Brasil sendo Brasil. A confiança do consumidor caiu muito em outubro. Passou de otimismo para neutralidade. Ontem, no parecer apresentado pelo relator da reforma tributária, foi ampliada a verba destinada aos governos regionais, o que pode fazer aumentar a alíquota do imposto sobre consumo. Essa nova versão do texto prevê que o fundo de desenvolvimento regional vá receber um aporte de 60 bilhões de reais ao invés dos 40 bilhões que haviam sido aprovados pela Câmara em julho. A reforma tributária será votada na CCJ e no plenário em novembro.
A grande maioria do mercado financeiro acredita que o cenário para cumprimento das metas fiscais para os próximos anos é extremamente desafiador. Ainda mais agora com o Ministério da Fazendo cedendo à pressão de governadores.
No calendário econômico para hoje teremos no Brasil o (investimento estrangeiro direto), transações correntes em dólares, fluxo cambial estrangeiro, IPCA-15, IPP e reunião do Conselho Monetário Nacional. Nos EUA, vamos ver os pedidos de bens duráveis de setembro, o PIB do terceiro trimestre, pedidos por seguro-desemprego e vendas pendentes de moradias. Na Europa, a decisão de taxa de juros e a declaração de política monetária.
Desejo ótimos negócios a todos e muito lucro, galera.