Os preços do café no mercado internacional voltaram a recuar no acumulado da semana, pressionados pela força do dólar em relação ao real, o que motiva movimentação negativa por parte dos fundos de investimento. Esses participantes se movem influenciados com base nas influências do câmbio e analistas informam que, se o real não parar de se desvalorizar, mínimas de 12 anos podem ser buscadas na Bolsa de Nova York.
A moeda norte-americana acumulou substacial ganho de 5,3% sobre o real no balanço semanal, encerrando a sessão de ontem a R$ 4,123, terceiro maior nível registrado desde a implantação do Plano Real no Brasil. No exterior, a valorização da divisa se deu pelo movimento "green back", que representa a volta dos investidores aos EUA, motivada pelas expectativas de elevação dos juros pelo Federal Reserve (Fed), o banco central americano.
Na Bolsa de Nova York, o contrato "C" com vencimento em dezembro de 2018 acumulou perdas semanais de 320 pontos, negociado a US$ 1,0150 por libra-peso. Na ICE Futures Europe, o vencimento novembro do café robusta fechou o pregão de quinta-feira em US$ 1.531 por tonelada, registrando declínio de US$ 29.
No Brasil, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a colheita do café conilon já foi finalizada e a do arábica está na reta final, com os produtores voltando suas atenções à safra 2019, que já registra suas primeiras floradas após as chuvas no início de agosto.
Em relação ao mercado, os preços acompanharam o desempenho internacional, sendo pressionados pela expectativa de oferta ampla e pelo fortalecimento do dólar, o que afasta grande parte dos vendedores e dificulta a realização de negócios. Os indicadores calculados pelo Cepea para as variedades arábica e robusta foram cotados a R$ /saca e a R$ /saca, com quedas de % e % respectivamente.