Bom dia, galera do câmbio. O dólar à vista fechou o dia de ontem cotado a R$ 6,0469 para venda, conforme informado pela mesa da Getmoney corretora.
O mercado continua apreensivo quanto ao pacote fiscal. No exterior, os rendimentos dos Treasuries caíram devido aos dados que saíram nos EUA ontem referentes a empregos privados e PMIs, mas o que vai dar o tom mesmo na taxa de câmbio será o Payroll de amanhã e a aprovação do pacote fiscal no Congresso, quando conseguirem. Ambos tem poder de balançar nosso mercado, conforme já foi visto no dia do anúncio do corte de gastos junto com a isenção de IR.
Desculpem o desabafo, mas fala sério, né? O que custava anunciar só o corte de gastos, deixar o dólar dar uma abaixada e uma semana depois anunciar essa isenção de IR. Certeza que o impacto no câmbio seria bem menor, o dólar cairia bem para depois subir em cima da queda. Só que não, super inteligentemente fizeram o dólar bater R$ 6,11 para depois tentar acalmar o mercado. E ainda por cima escolheram a dedo a data do anúncio junto com a Ptax, que por si só já deixa o mercado volátil, e conforme vimos nos últimos meses puxando a cotação para cima.
Pronto, falei. Amados leitores, critiquem ou opinem aí nos comentários rsrsrs.
Vamos aos fatos, atualmente a Selic está em 11,25% ao ano e teremos mais um aumento de 0,75% ou 1% na próxima reunião do Copom. Qual a nossa esperança para o real então? O carry trade. Ontem Jerome Powell, chair do Fed, disse que será mais cauteloso com os próximos passos da política monetária norte-americana, ou seja, cortar os juros mais devagar. Por aqui, alta certa. Portanto, quem sabe esse diferencial de juros pró-Brasil beneficia o real. É claro que a política pode estragar tudo, e ainda temos guerra na Ucrânia e no Oriente Médio, estresse na Coreia e a China que não anuncia medidas de estímulos que de fato beneficiem nossas commodities. Oremos!
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar antes do mercado abrir, na zona do euro, os PMIs de construção e global de novembro e as vendas do varejo de outubro. Nos EUA, reunião da OPEP (7:00 hrs), pedidos por seguro-desemprego e balança comercial de outubro (10:30 hrs) e discurso de Barkin, do Fomc (13:30 hrs). Aqui no Brasil a balança comercial de novembro (15:30 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.