Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o pregão de ontem cotado a R$5,6956 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney.
A palavra que define o momento econômico mundial é incerteza. Incerteza quanto ao impacto das tarifas no comércio global, afinal, não se sabe nem quais serão as taxas que de fato serão implementadas. E incerteza interna aqui no Brasil, com esse vai e vem sobre o IOF e sobre como o governo vai arrumar receita para pagar os gastos que não param de aumentar.
Olhando para os EUA, as atas do Fed divulgadas ontem sugeriram que a economia norte-americana pode passar por aumento de inflação e de desemprego nos próximos meses. Se ocorrer concomitante tanto desemprego quanto inflação, os membros do colegiado terão necessidade de escolher se darão prioridade ao combate à alta dos preços, com uma política monetária mais rígida, ou se vão apoiar o emprego e o crescimento através de cortes na taxa de juros.
Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a perda de arrecadação com o recuo em parte da medida que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) será compensada através de resgatar R$1,4 bilhão de fundos garantidores. A Fazenda ainda está cogitando recuar em alguma outra alíquota de IOF, mas não foi dado detalhes a respeito. Cortar gastos não, né? Isso nem cogitam.
Hoje já poderemos ver alguma volatilidade devido ao fechamento da Ptax de maio, que será amanhã. O mercado também pode ser impactado pelos números do PIB dos EUA, que sairá agora pela manhã.
No calendário econômico para hoje vamos ter no Brasil o IGP-M de maio (8:00 hrs), a taxa de desemprego de abril (9:00 hrs) e o índice de evolução de emprego do Caged de abril (14:30 hrs). Nos EUA acompanharemos o PIB do primeiro trimestre, pedidos por seguro-desemprego, núcleo de preços do PCE do primeiro trimestre e discurso de Barkin, do Fomc (9:30 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.