Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o pregão de ontem cotado a R$5,6549 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney. A queda do dólar foi generalizada, tendo em vista que a agência Moody’s rebaixou a nota de crédito da economia dos EUA. O recado é claro: a disciplina fiscal voltou ao foco dos investidores, principalmente com juros altos.
Além disso, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, disse que a nossa taxa de juros deve ficar alta por algum tempo sem dar nenhum guidance. Afinal, estamos dependentes de dados e disse também que a autarquia segue comprometida com a meta de inflação. Esses fatores colaboraram para o bom desempenho do real. O diferencial de juros pró-Brasil segue sendo um motivo para entrada de fluxo no nosso país. Olhando para os EUA, a política tarifária do governo Trump traz um grau de incerteza alto para a economia norte-americana. As empresas acabam segurando os investimentos enquanto aguardam que o cenário tarifário se estabilize.
Segue a volatilidade no câmbio. Hoje o que pode acrescentar algum desconforto no câmbio é o fato de que o Plenário da Câmara dos Deputados deve votar o projeto que viabiliza pagamentos a servidores. Esse projeto propõe a criação de novas carreiras e o reajuste de remunerações de servidores efetivos e ocupantes de cargos comissionados.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na zona do euro a confiança do consumidor de maio (11:00 hrs). Aqui no Brasil não teremos indicadores. Nos EUA teremos novamente vários discursos de dirigentes de política monetária: Bostic e Barkin, do Fomc (10:00 hrs), e Collins, do Fed (10:30 hrs).
Bons negócios a todos e muito lucro.