Bom dia, leitores das análises diárias do mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o pregão de ontem cotado a R$ 5,674 para venda, conforme informado pelos operadores da mesa de câmbio da corretora Getmoney.
Novas ameaças do presidente dos EUA, Donald Trump, quanto a tarifas fizeram o dólar cair ao redor do mundo. A possibilidade do alumínio e do aço importados serem taxados em 50% trouxe novamente incertezas sobre a política comercial dos EUA e vimos um desmonte de posições em dólar e venda de títulos do tesouro norte-americano, os chamados Treasuries. O cenário incerto quanto às tarifas sobre produtos chineses continua atrapalhando os mercados. A China disse ontem que seguirá defendendo seus interesses comerciais.
E no Brasil, onde poderíamos estar aproveitando a valorização do petróleo devido à insegurança trazida pela situação entre Rússia e Ucrânia, o real só não se beneficiou mais porque aqui temos a questão fiscal. E ninguém sabe como ficará o IOF após o governo se pronunciar no sentido de que só isso poderia salvar o cumprimento da meta fiscal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que pretende resolver isto no decorrer desta semana.
Aos que acompanham o nosso mercado, seguimos na expectativa pela decisão de como farão para cumprir a meta fiscal brasileira, novidades com relação à tarifas nos EUA, conflitos no Oriente Médio, guerra na Ucrânia e ainda poderemos ver impactos na taxa de câmbio, a depender de como vier na sexta-feira o payroll.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar na zona do euro, antes do mercado abrir, a taxa de desemprego de abril e o IPC de maio. Aqui no Brasil sairá a produção industrial de abril (9:00 hrs). E nem precisa sair mais nada para deixar o mercado apreensivo, afinal já temos nosso ambiente fiscal para fazer esse papel. Nos EUA sairá a oferta de emprego Jolts de abril (11:00 hrs) e também teremos discursos de Cook (14:00 hrs) e de Logan (16:30 hrs), ambos do Fed.
Bons negócios a todos, muito lucro.