Boa semana, mercado do câmbio. O dólar à vista encerrou a semana passada cotado a R$ 5,1163 para venda, segundo informado pela Getmoney. A divisa norte-americana devolveu o ganho dos últimos 15 dias (nos últimos quatro a alta havia sido bem exacerbada), mas ainda acumula alta de 2,01% em abril. Foi um pregão de “queda livre”. Na ponta alta do dia (que foi na abertura) a moeda chegou a máxima de R$ 5,1706.
Por aqui, vamos pontuar alguns acontecimentos que jogaram a favor do real. A liberação de dividendos da Petro, que reforçaram o caixa do governo e a suspensão da desoneração da folha. Com isso, o temor fiscal interno, que estava colocando um tempero extra na questão de juros dos EUA, foi afastado (ainda que pontualmente) e dentre os papéis de emergentes, o nosso teve uma recuperação ainda mais significativa.
Amanhã é dia de Ptax, aquela situação que traz mensalmente a disputa entre “comprados” e “vendidos” para formação da taxa de câmbio, que já poderá ser sentida hoje. O movimento hoje e amanhã será de rolagem de posições de dólar futuro (já começou isso sexta-feira) e de estrangeiros reduzindo posições compradas em derivativos cambiais (dólar futuro, mini contratos, cupom cambial e swaps). São realizações de lucro, devido à “não escalada” da guerra no Oriente Médio.
Quanto à taxa de juros dos EUA, que é o grande motor do câmbio aqui, após a divulgação do PCE em linha com as expectativas do mercado, neste momento as apostas majoritárias são de início de corte de juros por lá em setembro. Nesta semana teremos informações importantes para nós do câmbio. O relatório de empregos Payroll nos EUA e também a decisão de política monetária. Que, embora todos sabemos que manterão os juros, vamos acompanhar de perto o comunicado. Essa decisão será na quarta-feira, quando teremos o mercado brasileiro fechado devido ao feriado de 1º de maio, portanto o nosso câmbio responderá só na quinta.
No calendário econômico para hoje vamos acompanhar por aqui o IGP-M de abril e a evolução do emprego pelo Caged de março. O Boletim Focus está previsto para sair hoje, mas pode sair só amanhã. Na Zona do Euro as expectativas da inflação ao consumidor e discurso de Luís de Guindos, do BCE. Nos EUA, agenda vazia.
Bons negócios a todos e muito lucro!