A repercussão de medidas emergenciais tomadas por reguladores norte-americanos após o colapso do Silicon Valley Bank fizeram o mercado de câmbio brasileiro operar em compasso de aversão a risco. No domingo, o Federal Reserve, o Tesouro norte-americano e o Federal Deposit Insurance Corp (FDIC) lançaram medidas de emergência para reforço da confiança no sistema bancário norte-americano, incluindo determinação de que os clientes do SVB terão acesso a todos os seus depósitos. Mesmo assim, o mercado ficou sob pressão.
No Brasil, a expectativa de um Fed menos duro poderia favorecer o início da queda da Selic. Além disso, a cena doméstica segue pautada pela nova regra fiscal, que pode ser conhecida nos próximos dias. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que quer apresentar o novo arcabouço para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana. Existe um ânimo dos investidores sobre o tema fiscal, e isso pode dar um certo fôlego ao real. O mercado também aguarda os dois nomes que o governo indicará para a diretoria do Banco Central. Foi dito que serão técnicos. Vamos ver.
Ontem, o dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 5,2686, em alta de 1,16%.
No calendário para hoje, teremos, nos EUA, o IPC (núcleo do Índice de Preços ao Consumidor) e o discurso de Bowman, membro do FOMC.
Bons negócios a todos e muita calma nesta hora, quando sair o arcabouço fiscal, o mercado provavelmente muda de pânico para otimismo. Afinal, aqui é Brasil, e os movimentos no câmbio são super exacerbados.