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Economia americana se afasta dos problemas climáticos. Números melhoram!

Publicado 10.03.2014, 07:32

Na contramão dos números desconfortantes para o Brasil no fluxo cambial e no desempenho preocupante da nossa balança comercial, ambos divulgados ontem e revelando-se negativos ao findar-se o bimestre, a economia americana que vinha nos últimos 3 meses apresentando dados desapontadores, mas pontualmente atribuídos aos severos problemas climáticos a que foi submetido os Estados Unidos, revelou surpreendente recuperação da geração de postos de trabalho e como decorrência da maior procura por emprego elevou a estatística do desemprego de 6,6% para 6,7%.

Os números brasileiros colocaram a “nu” a realidade das nossas dificuldades já em perspectiva no setor externo, com perda de volume de exportações por várias razões, inclusive pela fragilização de parceiros latinos como Argentina e Venezuela, e fluxo financeiro liquido baixo contrariando manifestações contínuas de que o país estaria recuperando-se perante a comunidade financeira internacional em decorrência da postura assumida recentemente para recuperação da política fiscal e maior rigor com os gastos.

Sabidamente, a Argentina tradicional parceira do Brasil no comércio exterior enfrenta sérios problemas de solvência, o que a levou a auto impor-se limitações e assim reduzir drasticamente suas importações, enquanto a Venezuela que, a rigor, precisa de tudo mas é má pagadora, sofre restrições por parte dos exportadores brasileiros.

A visão pitoresca de mudança conceitual do mercado financeiro internacional sobre o Brasil, muito propagada por inúmeros canais de comunicação, por fim sucumbiu frente aos números, deixando evidente que a trajetória de recuperação da credibilidade do Brasil perante investidores estrangeiros não será concedida a partir de comprometimentos do governo, mas sim da entrega dos mesmos na política fiscal e qualificação e redução dos gastos e, como já salientamos, provavelmente um pouco mais em termos de ações efetivas para recuperação da deficiente infraestrutura. Portanto, não será algo tão fácil e simples como alguns setores sugeriram por suas atitudes exacerbadamente otimistas aos anúncios realizados pelo governo.

Neste momento de transição da crise iniciada em 2007/8, segunda fase, o sentimento predominante é de que o que é bom para os Estados Unidos não é bom para os emergentes, caso do Brasil, pois coloca em perspectiva de mais curto prazo eventual agilização do “tapering” do “QE3” que vem sendo implementado pelo FED, assim como acentua a atratividade do mercado financeiro americano para migração de recursos em países emergentes, e coloca mais presente a possibilidade de alterações de política monetária americana, que seguramente passará pela elevação do juro, que potencializará o refluxo de recursos na direção do mercado americano.

Os números ruins de fluxo cambial e balança comercial dando transparência à realidade que o Brasil terá que enfrentar neste ano de 2014 provocou a reversão da tendência sem fundamentos da apreciação do real, na quinta, e os dados americanos divulgados na sexta promoveram impactos acentuando a depreciação da moeda nacional.

A reação imediata à melhora de números da economia americana repercutindo na formação do preço do dólar no nosso mercado é o indicativo mais preciso de que, embora procurem até forjar um movimento de apreciação do real, os agentes do mercado de câmbio sabem que o Brasil deverá passar por um momento de maior saída de recursos, seja por razões da queda da liquidez decorrente do “tapering” promovido pelo FED que poderá ser incrementada; seja pela atratividade da economia americana que carreará recursos em poder dos emergentes para o mercado financeiro americano, que poderá ser fortalecida com eventual elevação do juro.

O ano de 2014 tem efetiva e sustentável perspectiva de que o setor externo poderá atrapalhar muito a política monetária no Brasil, pois a apreciação do preço da moeda americana contribuirá para aumentar as pressões inflacionárias, que precisará ser coibida com elevação maior da SELIC ao longo do ano.

A tendência é de queda nos ingressos de IED´s e mesmo de capitais voláteis, já havendo sinais, também, de que a colocação de bônus por empresas brasileiras não detentoras de grau de investimento está prejudicada no mercado internacional.

É muito provável que os países emergentes tenham dificuldade em obter financiamentos do mercado exterior para seus déficits em transações correntes, aliás, como já ocorrido em pequena monta com o Brasil o ano passado, o que os levará a consumir parte de suas reservas cambiais.

Nossas projeções de taxa cambial em R$ 2,50 ao final do 1º trimestre e de R$ 2,60 ao final do ano permanecem inalteradas, e os números do setor externo e tendências que se potencializam não as descredenciam.

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