O efeito que se esperava pelo discurso de Yellen ontem durou praticamente durante o mesmo, ou seja, assim como nos leilões cambiais no Brasil.
A chairwoman foi clara em dizer que as altas de juros podem ocorrem em breve, em resposta aos indicadores positivos, em especial os de mercado de trabalho, porém sua continuidade e extensão dependem de uma série de medidas, das quais sequer ainda foram anunciadas.
Ou seja, enquanto Trump não revelar por completo seu plano de ação econômico, ninguém tem a resposta quanto ao futuro dos juros americanos, sequer o Fed.
Por aqui, apesar da “brava resistência” do Ibov, o fechamento foi levemente negativo, porém o dólar seguiu a tendência global e fechou no menor valor em quase 2 anos.
Com uma agenda marcada por inflações e atividade econômica, o mercado abre positivo na Europa e futuros em NY, após fechamento na mesma linha na Ásia.
O dólar reverte parte da queda dos últimos dias em termos globais, levando a queda no rendimento dos US Treasuries nos vencimentos mais curtos, ainda em alta nos vencimentos mais longos.
O petróleo, novamente, tem sessão de perdas, entre dúvidas sobre o cumprimento dos cortes por parte da OPEP e o aço abre estável.
CENÁRIO MACROECONÔMICO
As vendas ao varejo ontem demonstraram que o contexto recessivo de 2016 foi superior ao que a média dos analistas projetava em meados do ano passado, após o impeachment. Novamente em 2017, a queda dos juros e a inflação baixa parece renovar os ânimos, porém de maneira semelhante ao ano passado.
Em termos macroeconômicos, estamos dentro da recessão, praticamente no “olho do furacão”, porém já existem discursos, inclusive oficiais, de que estamos no processo de reversão para indicadores positivos.
Conforme observamos pelas inflações mais recentes, podemos estar próximos ao início da reversão das fortes perdas, entretanto devemos ficar no máximo no zero a zero, o que pode ser temeroso, pois basear as projeções em índices de confiança é extremamente frívolo.
Em resumo, este primeiro trimestre continua ruim, só um pouco menos ruim.
CENÁRIO POLÍTICO
A recondução no STF de Moreira Franco ao status de ministro exerce algum alívio ao governo neste momento controverso, porém não tira a sensibilidade que a política exerce na recuperação econômica brasileira e Temer já entendeu o recado, estando cada vez mais próximo da equipe econômica e menos dos políticos.
O impacto do FGTS na economia é temporário e insuficiente para deflagrar um novo ciclo, num efeito próximo ao Black Friday, todavia afeta a confiança dos consumidores e o executivo sabe disso.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,0852 / -0,81 %
Euro / Dólar : US$ 1,06 / -0,255%
Dólar / Yen : ¥ 114,47 / 0,184%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,321%
Dólar Fut. (1 m) : 3108,90 / -0,49 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,65 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,10 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 21: 10,25 % aa (0,10%)
DI - Janeiro 25: 10,53 % aa (0,29%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,38% / 66.713 pontos
Dow Jones: 0,45% / 20.504 pontos
Nasdaq: 0,32% / 5.783 pontos
Nikkei: 1,03% / 19.438 pontos
Hang Seng: 1,23% / 23.995 pontos
ASX 200: 0,94% / 5.809 pontos
ABERTURA
DAX: 0,433% / 11822,79 pontos
CAC 40: 0,426% / 4916,70 pontos
FTSE: 0,387% / 7296,70 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 66901,00 pontos
S&P Fut.: -0,026% / 2336,40 pontos
Nasdaq Fut.: 0,000% / 5276,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,05% / 88,67 ptos
Petróleo WTI: -0,70% / $52,83
Petróleo Brent:-0,52% / $55,68
Ouro: -0,15% / $1.226,34
Aço: -0,02% / $85,91
Soja: -0,90% / $19,79
Milho: 0,07% / $374,50
Café: -0,17% / $143,40
Açúcar: 1,37% / $20,75