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Enfrentamento Governo e CPI Preocupam, Efeito Repercute Mal no Mercado Financeiro

Publicado 12.07.2021, 12:09
Atualizado 09.07.2023, 07:32

A CPI do Senado que trata do tema COVID acaba derivando por áreas extremamente sensíveis às interferências negacionistas na atenção à pandemia, e acaba por enfatizar eventuais desvios de conduta dos gestores governamentais, que respingam sobre a figura do Presidente da República e de membros das Forças Armadas que ocuparam espaços no Ministério da Saúde, o que promove um debate destemperado entre as partes envolvidas, criando um ambiente hostil extremamente desconfortante ao mercado financeiro, termômetro potencial do sentimento prevalecente no país. 

Ocorre a percepção que inúmeros setores de governo e privados da sociedade brasileira passam a ter certo repúdio pela postura do governante maior, e isto já repercute nas pesquisas e nos riscos de reações mais incisivas que podem desestabilizar o país.

Incertezas sempre rondam o mercado financeiro, ainda que não existam razões técnicas sustentáveis, mas as psicológicas passam a interferir e os fundamentos concretos deixam de ter base sustentável e assumem diretriz emocional.

O ativo que sinaliza de imediato esta preocupação é o preço do dólar no nosso mercado doméstico, exatamente promovendo um efeito reversivo ao ambiente antecedente propício à apreciação do real, já que o COPOM com sinalizações fortes de prosseguimento da elevação da SELIC cria o antídoto técnico de impulsão da valorização da moeda nacional.

Afora este ambiente de forte conflito prevalecente, ainda perduram as preocupações com a pandemia do coronavírus no seu segundo ciclo e com novas variantes do vírus, que continuam sendo um fator de instabilidade para a retomada das atividades normais do país.

Intervenções do BC neste cenário contribuem e contribuiriam muito mais para a volatilidade, visto que, na prática, a autoridade estaria “enxugando gelo”, já que a ocorrência de pressão de alta na formação do preço da moeda americana nem sempre decorre de efetiva demanda.

Mas em ambiente tenso deve ser observada a volatilidade que pode promover movimentos alternativos de apreciação e depreciação contínuos, já que fica propício à especulação e ao “daytrade”. 

O fluxo cambial financeiro permite a leitura desta sensibilização no câmbio e na atratividade do país ainda baixa para o investidor estrangeiro, já que em junho apresentou discreto saldo positivo de US$ 2,644 Bi e, em julho, em tão somente 2 dias com o clima de acirramento, já está negativo em US$ 1,195 Bi.

As perspectivas eram de que com a SELIC em alta e sua continuidade o capital estrangeiro, em especial especulativo, começasse a dar evidências de retomada de atratividade pelo país, mas o ambiente hostil e incerto no campo político parece estar neutralizando ou retardando a atitude dos investidores estrangeiros.

A Bovespa segue claudicante com discreto sinal de recuperação, mas na realidade está carente de maior aporte de investidores estrangeiros, e ocorre que as “blue chips” das commodities, que formam um núcleo limitado de papéis, já estão com os preços otimizados, sendo necessários novos IPO's que, contudo, ficam prejudicados pelo cenário político, principalmente, e o econômico, que já passa a sinalizar dificuldades para aprovação da dita reforma tributária e que pode estar pondo fora do radar a reforma administrativa.

Há certo silêncio acerca da crise hídrica que tem forte impacto inflacionário no país e poderá inibir o crescimento econômico visualizado sem sua consideração efetiva.

O Boletim FOCUS  evê esta semana a SELIC de 5,50% para 6,63% e o IPCA de 6,07% para 6,11%, o PIB para 5,26% e o dólar para R$ 5,05 ao final do ano.

Acreditamos que a SELIC precisará ir além deste parâmetro, visto que a inflação sinaliza potencial para ir além dos 6,11%. O PIB em 5,26% sugere cautela, pois parece mitigar a crise hídrica, e o dólar a R$ 5,05 parece ser um patamar viável, podendo ser até menor se forem eliminadas as tensões políticas, o que parece improvável.

Últimos comentários

Bom artigo.
Crise hídrica, mudanças IR, CPI, COVID, parecem as 7 pragas mas não são. Acabam sendo pano de fundo para esconder os problemas estruturais de um governo sem plano. Os grandes empresários deram as cordas para este governo se enforcar. Os militares estão desgastando a imagem da instituição, apoiando e se intrometendo na vida política. O Brasil é maior que isso tudo e irá superar, infelizmente já quase 600 mil tombaram no plano tragédico desse governo.
incrível como demora pra faria Lima largar esse golpista incompetente
Paul Krugman diz que o Brasil saiu muito bem da crise nossa volatilidade Política estaria no receio que tipo Argentina a esquerda tirasse Bolsonaro e assumise.No caso Bolsonaro tem o comando das FAA e isso não vai acontecer por outro lado quem tá rua sabe que esse cara por mais mal educado que seja e coerente sendo recebido como um Mito são milhões de pessoas fanáticas que sem remuneração estão com ele.Precisamos de uma 3a via mais não vai dar.Portanto estamos com nossos investimentos garantidos por bem ou por mal podemos.aplicar no Brasil talvez o único país de direita no mundo.
Lula tem seus milhões de fanáticos tb. Isso não é credencial para nada, somente mostra que é um populistas que usa o recurso público em seu favor.
Tem não nem  20%
 hahahahah, qual a população do Brasil? São 20% de manipulados e coniventes com a corrupção de cada lado.....  O resto tenta se salvar no meio de tanta ignorância.
A irresponsábilidade e a incompetência são latentes! Aumento acelerado de taxa de juros depois de perceberem a burrada da Selic a 2%; Aumento dos gastos necessário para o populismo do desgoverno; Aumento de impostos travestidos de reforma (1o a e2o fase se resumem a novos imposots e aumento de tributação das empresas).
Não são não. Incompetência se vê de verdade na Argentina.
 Só mesmo comparando com algum país quebrado ou em guerra civíl para safar a bandidagem daqui.... Quer comparar também o Brasil do Rei da Rachadinha com a Siria, Afeganistão, Cuba, ....
 , há pouco diziam que eles tiinham um presidente de verdade. As pautas que os inimigos do Bozo defendem lá forma postas em prática.
Ô, Sidney... Vc está valorizando demais o que não vale a pena!...
Se o Bolsonaro renuncia, que é a única forma existente dele sair antes da eleição, aí a economia melhora. O investidor não vai por o dinheiro aqui com um doido desse ameaçando dar um golpe.
Sensato, como sempre. Porém, arrisco a palpitar que isso já pode estar parcialmente precificado, pelo mercado...
Muito sensato
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