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Entre o Otimismo e a Cautela

Publicado 21.05.2021, 07:21
Atualizado 09.07.2023, 07:32

Estamos chegando ao fim de mais uma semana e o sentimento dos investidores é ainda de muita cautela, sem deixar de considerar alguns sinais positivos. Um deles a atividade econômica, que segue “reagindo” no mundo e no Brasil recuando menos do que se esperava. E isso num ambiente político totalmente polarizado, com a CPI da Covid avançando, mesmo que marcada, em alguns depoimentos, por muitas “evasivas”.

Na quinta-feira, tivemos mais um depoimento, o segundo do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, que reforçou mais uma vez sua autonomia na atuação do ministério, negando ter autorizado a compra de cloroquina ou sua recomendação. Não convenceu.

Em dado momento chegou ao ponto de “desconsiderar” o que dizia o presidente em público, explicando que uma coisa era falar em público, outra, suas recomendações (ou ordens), em particular, nas reuniões do ministério.

O fato é que, passadas duas semanas de CPI, chega-se ao ponto de que alguns dos inquiridos defenderam abertamente o presidente (ou o blindaram), como o ex-ministro Pazuello, o atual Queiroga e o ex-secretário de Comunicação, enquanto que o presidente da Anvisa atual, com independência, o ex-ministro Mandetta e o CEO da Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34), falaram apenas a verdade.

Em paralelo, nas comissões e no plenário do Congresso avanços acontecem na MP da Eletrobras (SA:ELET3) e nas reformas. Na reforma tributária, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente da casa, a considera uma “colcha de retalhos” o que vai contra a ideia de “fatiamento” em quatro etapas. Acha que pontos como a unificação de impostos e a criação do IVA não devem ser descartados.

Já sobre a MP da Eletrobras, as críticas se direcionam à ideia da criação de uma estatal para administrar a Itaipu, outras hidrelétricas e as termoelétricas. Esta MP, já aprovada na Câmara, deve passar por votação no Senado.

O fato é que a agenda de reforma vai se configurando como a possível diante das circunstâncias políticas e os objetivos do ministério da Economia. Ou seja, terá que ser uma agenda que atenda os interesses do Centrão de Arthur Lira (PP-AL), mas terá que ser “pró-mercado”. Como conciliar ambos os interesses inconciliáveis?

No caso da Eletrobras, por exemplo, fortes interesses setoriais e regionais de deputados, como na exigência de construção de usinas térmicas e pequenas centrais hidrelétricas em diversos estados, devem se impor. O problema é que tais medidas impactam nos custos das tarifas para os consumidores finais e não se encaixam no “receituário liberal de Paulo Guedes”.

Vivemos uma forte seca nos reservatórios, pela falta de chuvas, o que deve obrigar o governo a recorrer às termoelétricas. O problema, de sempre, é que estas usam combustível fóssil, não geradas pelo curso dos rios. Decorrente disso, na tarifa de energia elétrica já estamos em bandeira vermelha e reajustes pesados acabarão inevitáveis.

Mesmo assim, neste ambiente de “possibilidades”, muitos consideram o momento atual como uma janela ideal de oportunidades para tocar a agenda de reformas.

Ontem, por exemplo, veio a arrecadação federal de abril, que mostrou um dinamismo a surpreender. Foi a R$ 156,8 bilhões, num crescimento de 45,2% contra abril do ano passado, mostrando que a economia segue rodando num crescente, mesmo depois do “lapso” entre março e abril, pelo atraso das vacinas e crise política.

Ontem foi dia também dos investidores irem às compras, depois da “correção excessiva do dia anterior”, depois das sinalizações de mudança na política monetária do Fed.

Passado o impacto desta notícia, muitos passaram a interpretá-la como previsível, diante da reabertura da economia norte-americana, pacotes anunciados por Biden e possíveis pressões inflacionárias, decorrentes do desbalanceamento das cadeias produtivas, entre oferta e demanda.

No Brasil o dia foi de avanço da B3 (SA:B3SA3), baixa no dólar e mercado de juro futuro devolvendo prêmios. O Ibovespa fechou próximo da estabilidade, +0,05%, a 122.700 pontos e o dólar, em queda de 0,73%, a R$ 5,2771. Na bolsa de valores paulistana, na semana avança 0,6%, no mês 3,2% e no ano 3,1%.

Recordemos que em março a alta foi de 6,1%, em abril de 1,9%, ou seja, maio deverá ser o terceiro mês no azul. Isso deve ser reforçado pelo fato de que nos balanços corporativos do primeiro trimestre, 77% vieram em linha ou acima do esperado.

Soma-se a isso o fato de muitos acharem o mercado ainda barato, havendo espaço para mais valorizações, prevendo-se até 145 mil pontos ao fim deste ano, até porque a pujança das empresas exportadoras de commodities, equivalentes a 35% do índice, seguem na ordem do dia. Seguem como tendência, ainda mais com a China e os EUA liderando. Neste ano, os EUA devem crescer em torno de 6,4% e a China acima de 8,5%.

Para as previsões se confirmarem, será urgente que o ciclo de vacinação se complete e a retomada ganhe tração neste segundo semestre.

Nos EUA seguem os debates sobre o ritmo de retomada, os riscos de inflação e da dosagem da política monetária. Serão estes a perdurar nos próximos meses, com os investidores atentos aos “sinais”, ou seja, ritmo de atividade, nível de emprego, inflação, rendimento dos treasuries e comportamento do dólar.

Ontem, a moeda padrão para o comércio internacional, recuou a 89,808 pontos pelo DXY, abaixo dos 90 pontos, corrigindo possíveis exageros do dia anterior. Correções também ocorreram nas bolsas de valores de NY. O DJ subiu 0,5%, o S&P 1,0% e a Nasdaq 1,8%. No mercado de treasuries, os de 2 anos operaram a 0,149%, os de 10 anos a 1,631% e os de 30 anos 2,339%.

Bom fim de semana e bons negócios!

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