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ESG: Preciso implementar a agenda na minha organização; e agora?

Publicado 17.03.2023, 11:07

O ESG está cada vez mais presente na agenda das Organizações, mas as ações necessárias à sua estruturação e implementação ainda são objeto de discussão e dúvida. Esse artigo não pretende ser um manual aplicável a qualquer organização, mas, sim, um conjunto de temas mais relevantes que precisam ser levados em consideração. São eles:

  1. Confirme o porquê de sua Organização ter decidido investir em ESG. Dependendo das motivações, caminhos diferentes podem ser traçados. E esses motivos precisam estar validados pela alta gestão. Por exemplo, s: Se há um desejo legítimo de se promover melhorias nas três áreas, o tema terá protagonismo, passará a compor os valores da empresa e promoverá mudanças estruturais no core business; mas, se o propósito é fazer o mínimo necessário para somente responder positivamente questionamentos de compliance enviados por clientes ou auditores, o ESG se reduzirá a um centro de custo com baixo investimento, alto grau de informalidade e pouca dedicação. Sem julgamentos aqui, a ideia é entender a maturidade da organização no tema para que os próximos passos possam ser dados conforme as expectativas da alta gestão. Algumas empresas podem também adotar uma postura que se resume à promoção de imagem, mas sem adotar ações práticas que de fato caracterizem alguma transformação na direção do ESG. Essa prática incorreta é popularmente conhecida no contexto da Sustentabilidade como greenwashing, e é aplicável ao ESG. Se for este o caso, a recomendação é se afastar;

  2. Estabeleça uma estratégia: com base na maturidade mapeada na sua organização, elabore um plano, alinhado com o planejamento estratégico de ações de curto médio e longo prazos para cada uma das áreas;

  3. Tenha um plano de comunicação, para dentro da organização e para seu público externo. Dependendo do seu negócio e do perfil dos seus clientes, as comunicações podem ser estruturadas de forma diferente. Por exemplo, há situações em que um emaile-mail pode ser suficiente; em outras, um evento com clientes. É fundamental que haja planejamento para que as comunicações sejam, de fato, efetivas;

  4. Realize ações que promovam mudanças comportamentais na sua organização, começando por aquelas que são de fácil implementação, mas que já gerem algum impacto nas pessoas, sejam colaboradores ou entidades externas, tais como clientes e fornecedores. Apresento alguns exemplos mais a frente;

  5. Estabeleça um método formal para comunicar suas ações para fora da organização. Já existem normas e critérios estabelecidos para mensuração e divulgação de resultados de forma estruturada, e oficialmente aceitos pelo mercado. Um bom exemplo é o GRI – Global Reporting Initiative, que é uma entidade internacional pioneira na promoção de relatórios de sustentabilidade (que tem relação íntima com ESG) e sua norma tem se consolidado como um padrão mundial a ser adotado pelas organizações. O Instituto COPPEAD de Administração, da UFRJ, é a única escola de negócios brasileira parceira do GRI e promove treinamentos regulares na elaboração desses relatórios.

Exemplos de ações que promovem mudanças comportamentais junto aos colaboradores – apesar do aparente baixo impacto, são muito eficazes como meio de comunicação e na evolução da cultura organizacional:

- Medidas para proteção dos dados, incluindo os pessoais

- Estabelecimento de horários de pausa e ambientes de descompressão

- Transporte para os colaboradores

- Substituição de copos plásticos por canecas de porcelana

- Adoção de materiais de origem reciclável, tais como canetas, papel etc.

- Implementação de canais para denúncia de casos de condutas inadequadas (eEx: assédio, discriminação)

- Revisão e exposição de missão, visão e valores da empresa

- Fiscalizar comportamentos antiéticos, tais como corrupção, e implementar medidas preventivas

- Realização de campanhas pontuais que visem beneficiar alguma comunidade que esteja conectada de alguma forma à organização

Exemplos de programas estruturais que impactam o negócio da organização – esses são os que realmente farão a diferença no médio e– longo prazos:

- Assegurar que os produtos gerados pela organização estão alinhados com práticas de geração de zero resíduos e poluição, como por exemplo Economia Circular.

- Aplicar a missão, visão e valores da Organização

- Demonstração de alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) promovidos pela ONU, para os temas onde haja afinidade

- Programas de diversidade e inclusão que demonstrem real interesse na organização em atuar nesse tema, incluindo PCD

- Promover segurança de trabalho

- Assegurar satisfação do cliente através da entrega de produtos e serviços que estejam em conformidade com as expectativas

- Programas de relacionamento com clientes

- Operar com qualidade e eficiência

- Respeito aos indivíduos e à qualidade de vida dos colaboradores

- Relatórios externos (financeiros, sustentabilidade etc.) que reflitam a realidade

Espera-se que essas referências sirvam como um ponto de partida para estimular as primeiras discussões. Afinal, o ESG está aí e veio para ficar.

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