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EUA saem na frente, enquanto bancos centrais apertam a política monetária

Publicado 13.09.2022, 09:51
Atualizado 09.07.2023, 07:31
  • É praticamente certo que o Fed elevará a taxa básica de juros em 0,75% na semana que vem.
  • Inflação nos EUA desacelera, com ações do Fed reduzindo a demanda.
  • Europa enfrenta escassez de energia, enquanto Reino Unido segue em luto pela rainha.
  • Apesar das dissonâncias do passado, os dirigentes do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) sem dúvida estão cantando a mesma partitura agora.

    O presidente do Fed, Jerome Powell, e a vice-presidente da instituição, Lael Brainard, além de vários outros membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) fizeram questão de frisar, na semana passada, seu compromisso em trazer a inflação para baixo no país.

    Os investidores deram ouvidos a eles e agora estão quase convictos de que o Fomc, responsável pela política monetária dos EUA, procederá com um aumento de 75 pontos-base (pb) na taxa de juros, quando se reunir na semana que vem.

    Ao mesmo tempo, os mercados passaram a acreditar que as ações do Fed podem surtir efeito.

    A pesquisa de expectativas do consumidor para agosto, realizada pela sucursal do Fed em Nova York e divulgada na segunda-feira, mostrou que as famílias reduziram suas expectativas de inflação. Elas agora consideram que a inflação será de 5,7% daqui a um ano, uma queda em relação a 6,2% no levantamento de julho. Há três anos, elas esperavam que a alta dos preços fosse de 2,8% e, há cinco, de apenas 2%, ambas as medidas bastante abaixo da pesquisa de julho.

    Pode ser que estejam erradas, mas o fato é que as expectativas de inflação costumam atuar como profecias autorrealizáveis. Se as pessoas esperam que a inflação caia, tendem a moderar as exigências salariais. A tendência é que não adiem grandes compras, o que não arrefecerá os preços, mas ajudará a evitar uma recessão profunda.

    De acordo com o Livro Bege do Fed, divulgado na semana passada, houve uma desaceleração nos aumentos salariais, em razão da redução das expectativas dos trabalhadores em relação à necessidade de correção da sua remuneração. O mais sintomático é que a redução da demanda – que é exatamente o objetivo das elevações de juros – também foi posta em evidência nos relatórios dos bancos regionais do Fed.

    A expectativa é que o índice de preços ao consumidor para agosto, a ser divulgado hoje, apresente um declínio na inflação geral, diante da queda dos preços da gasolina, mas o núcleo da inflação, que exclui os preços de energia e alimentos, deve subir.

    O discurso de Brainard, na semana passada, apesar do tom rígido, ressaltou que “em algum momento do ciclo de aperto, os riscos se tornarão mais ambivalentes”, sugerindo que as autoridades monetárias certamente estão cientes de que podem reduzir demais a demanda. Ela rapidamente acrescentou que “é importante não retroceder cedo demais”.

    Charles Evans, presidente do Fed de Chicago, disse que manteria a mente aberta em relação a um aumento de juros na semana que vem, seja ele de 50 ou 75 pontos-base. Mas Evans, que costuma ter um posicionamento mais flexível, também disse que a valorização do dólar prova que os investidores globais ainda acreditam que o Fed está levando a sério seu combate à inflação.

    Os juros mais altos atraem investidores em busca de rendimentos, mas está claro que a economia dos EUA está se mostrando resiliente, e o país continua protegido contra grande parte da turbulência que afeta o resto do mundo, fazendo com que os investidores acudam a esse porto seguro.

    A Europa aparenta ser muito menos segura. A Rússia interrompeu o fornecimento de gás natural através de gasodutos no Báltico, ameaçando provocar uma recessão na Alemanha, se as empresas forem forçadas a cortar o uso de energia.

    O Banco Central Europeu (BCE) se viu na necessidade de elevar a taxa básica em 75 pb, na semana passada, um dos maiores aumentos de juros da sua curta história. O fato é que o BCE precisa manter o ritmo do Fed, a fim de evitar uma pressão baixista maior sobre a moeda única da UE, o euro, que já ficou abaixo da paridade com o dólar algumas vezes. A desvalorização monetária exerce efeito altista sobre a inflação, na medida em que os custos de importação aumentam (enquanto o contrário ajuda a conter a inflação nos EUA).

    O ministro da defesa da Alemanha fez um importante discurso de política na segunda-feira, declarando que Berlim agora busca se tornar a maior potência militar da Europa, indo ao encontro do seu destino como maior economia do continente. A Alemanha agora parece pronta para deixar o passado para trás, mas ainda é preciso ver como os outros países europeus reagirão.

    A eleição nacional na Suécia registrou uma drástica mudança para a direita, na medida em que os Democratas Suecos, um partido que era considerado marginal, em razão das suas raízes neonazistas, tornou-se o maior partido de centro-direita e deve exercer uma considerável influência no governo de centro-esquerda no poder (os resultados finais devem ser divulgados no fim desta semana).

    Isso ocorre no momento em que a Itália se depara com a possibilidade de ter um primeiro-ministro de direita à frente de um partido cujas raízes remontam ao fascismo, os Irmãos da Itália, liderado por Giorgia Meloni. Os eleitores devem ir às urnas no dia 25 de setembro.

    A desvalorização da libra esterlina provavelmente se deve mais à própria inflação e às previsões de recessão na Grã-Bretanha, bem como à ascensão de uma nova primeira-ministra, mas a morte da rainha Elizabeth II, monarca que ficou à frente do país por mais tempo, não ajudou a aumentar a confiança.

    O Banco da Inglaterra adiu seu anúncio de política monetária por uma semana, após a morte da rainha, mas a expectativa é que ele eleve a taxa de juros em 50 pb,o para 2,25%, em 22 de setembro.

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