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EUA sobem juros: saiba as entrelinhas da decisão

Publicado 03.11.2022, 14:18
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) elevou na quarta-feira, 2, a taxa de juro americana para um intervalo de +3,75% a +4% ao ano, como amplamente esperado pelo mercado. 

No entanto, no comunicado, o Comitê deu a entender que, talvez, haveria uma boa chance de uma alta menor na próxima reunião, em dezembro, de apenas 0,50 ponto percentual.

“Ao determinar o passo das altas futuras no intervalo da meta, o Comitê levará em conta o efeito cumulativo das altas da política monetária, as defasagens que a política monetária leva para afetar a atividade e a inflação, e desdobramentos econômicos e financeiros”, diz trecho do comunicado.


Explicação A


O que eles [integrantes do Fomc] querem dizer com “defasagens” é que a alta de juros de hoje não provoca efeito imediato na atividade. Ela demora alguns trimestres para fazer o efeito completo. Ou seja, o efeito total da alta que tivemos até agora só se dará no futuro, então teríamos que aguardar com parcimônia. 


Embora esse argumento seja verdadeiro e válido, há também uma outra forma de enxergar.
 

Explicação B

Quando o BC americano começou a subir sua taxa de juros, a inflação já estava em patamares de +8%, bem acima da meta de +2%. 

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Assim, toda a rapidez com que a taxa subiu serviu apenas para correr atrás do longo período de juro real negativo e alcançar mal e porcamente a inflação prevista. 

Portanto, o impacto na atividade ainda não foi relevante simplesmente porque ainda não chegamos a um juro real positivo. Ou seja, a taxa de juros ainda não ultrapassou a inflação ou o juro neutro, por isso ainda não vimos impacto na atividade. 

Se essa explicação for correta, então ainda teríamos um longo caminho de aumento de juros nos EUA. 

Essa é a explicação defendida por economistas como Lawrence H. Summers, ex-Secretário do Tesouro Americano, ou Bill Dudley, ex-Diretor do Fed NY. 

Só saberemos quem está correto ao longo dos próximos meses, observando o comportamento da inflação e dos dados econômicos. 

     

NY fecha em queda

Uma coisa o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deixou claro. Em discurso após o comunicado, ele afirmou que “é muito cedo para falar em parar de subir”.

bolsa americana reagiu mal às declarações do presidente do Fed e caiu -2,5% na sessão de ontem. 

Isso porque a taxa de juros afeta negativamente a bolsa, como já percebemos aqui no Brasil. 

E esse é sempre um ponto de atenção para quem carrega investimentos no exterior. 

Mesmo títulos de crédito, conhecidos como Corporate Bonds, seguem com performance ruim conforme as taxas de juros seguem subindo. 

A pergunta que fica é: até quando essa piora externa não vai afetar o Brasil?

Um grande abraço. 

Bons negócios. 

 

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