Na comédia “What About Bob”, Bill Murray, no papel de Bob, diz ao seu terapeuta: “existem dois tipos de pessoas no mundo: as que gostam de Neil Diamond e as que não gostam.”
Algo semelhante parece ocorrer com os participantes das pesquisas de expectativas de inflação: há os incluídos na sondagem do Índice de Sentimento do Consumidor (CSI) e os que respondem à Pesquisa de Expectativas do Consumidor do Federal Reserve de Nova York.
Nos últimos anos, ambos os grupos geralmente apresentaram previsões semelhantes para a inflação no horizonte de 12 meses (gráfico). Mas, desde o início deste ano, suas expectativas começaram a divergir de forma relevante. Em maio, os respondentes do CSI projetaram inflação de 6,6% em 12 meses, enquanto os participantes da pesquisa do Fed de Nova York indicaram avanço de 3,2% — uma redução em relação aos 3,6% projetados em abril. Nossa leitura se alinha com o segundo grupo.
A mesma sondagem revelou que as expectativas para três e cinco anos à frente caíram para 3,0% e 2,6% em maio, respectivamente (gráfico). A percepção de menor pressão inflacionária faz sentido, considerando o adiamento da maior parte das tarifas comerciais anunciado por Donald Trump em 2 de abril e a redução das tarifas sobre a China em 12 de maio.
A guerra comercial liderada por Trump tem ampliado o quadro deflacionário na China. O índice de preços ao consumidor (IPC) do país caiu 0,1% em maio, na comparação anual (gráfico). O índice de preços ao produtor (IPP) recuou 3,3% no mesmo mês. A queda nos preços chineses pode mitigar, em parte, os efeitos das tarifas americanas sobre importadores e consumidores nos EUA.
Mais relevante, contudo, é que a deflação tem aumentado a pressão sobre o governo chinês para fechar um acordo comercial com os Estados Unidos que contemple benefícios mútuos.
Essas negociações foram retomadas ontem, em Londres, com a presença de representantes comerciais de ambos os países. As bolsas americanas operaram com pouca direção definida, à medida que os investidores aguardavam novidades sobre o possível avanço nas tratativas bilaterais.
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