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Fluxo Estrangeiro Vindo Forte para o Brasil. Chegou a Hora do Real?

Publicado 28.02.2022, 23:21
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O ano de 2022 começou com uma vigorosa entrada de dólares no Brasil. Os investidores estrangeiros colocaram R$ 52,3 bilhões do início do ano até o dia 16 de fevereiro. Esse montante representa mais de 70% de todo o volume de recursos aportado na bolsa pelos estrangeiros em 2021, quando o fluxo foi de R$ 70,76 bi.

O Ibovespa, índice de referência da bolsa de valores do Brasil que agrega as ações com maior volume de negociações, teve um desempenho muito ruim em 2021, terminando o ano com uma queda de 11,93%. Esse resultado colocou a bolsa brasileira na incômoda posição de terceira pior bolsa do mundo, dentre 79 países, superando apenas a bolsa de Caracas, e Hong Kong.

Por conta desse fraco desempenho em 2021, a bolsa brasileira ficou muito barata em “dólares”. Investidores globais começaram a enxergar o país, dentro do bloco dos emergentes, com um destino atrativo para seus recursos, ainda mais num contexto de tensão geopolítica na Rússia e crise sanitária na Índia e África do Sul em decorrência da covid, que diminui o interesse dos investidores por esses países emergentes.  

Além disso, a moeda brasileira voltou a ser utilizada como “carry trade”, ou seja, investidores estrangeiros tomam dinheiro emprestado em países com juros baixos, como EUA, países europeus ou Japão, e investem em países com juros mais altos, como o Brasil, para ganhar no diferencial de juros.

Em meio à pandemia, o Brasil vive a realidade de uma inflação alta que não tem perspectivas de melhora no curto prazo. Aqui no Brasil, os primeiros dados do ano já mostram isso na prática. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,54% em janeiro e acumula alta de 10,38% em 12 meses, segundo o IBGE.

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O Banco Central brasileiro tem utilizado a política monetária contracionista para conter a inflação. A Selic segue aumentando. A equipe de research do BTG (SA:BPAC11) projeta 12,25% como Selic para o final de 2022. Estes fatores tem contribuído para a entrada recursos estrangeiros no país, fazendo com que o Dólar fechasse cotado a R$ 5,17 nesta quinta-feira, 17 de fevereiro. 

No entanto, o cenário internacional nos indica um ambiente mais desafiador nos próximos meses. O FED, banco central americano, demonstrou estar disposto a tomar medidas duras para conter a inflação no país. A perspectiva é de que haja cinco altas de juros em 2022 e três no próximo ano, além da redução da compra de ativos (tapering). O Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra também sinalizaram movimentos contracionistas.

Considerando que investimentos globais são um importante instrumento de diversificação e, consequentemente, de proteção de seu portfólio, em qualquer cenário, e diante das condições favoráveis do câmbio, a alocação em ativos que tenham exposição ao dólar nos parece bastante apropriada.

Ao contrário do que muitos ainda pensam, investir no exterior e “dolarizar’’ parte da carteira é acessível para todos, inclusive para pequenos e novos investidores. Isso ficou ainda mais fácil em 2020, quando qualquer investidor foi liberado para negociar os BDRs (Brazilian Depositary Receipts) e os ETFs (fundos de índices) internacionais listados na bolsa brasileira.

Os BDRs são títulos emitidos no Brasil e negociados na B3 (SA:B3SA3). São papéis que representam ações de empresas de outros países. Na prática, o investidor não compra diretamente as ações da empresa no exterior, mas títulos que representam ações. Esses títulos são emitidos por instituições financeiras depositárias, que gerenciam a compra das ações fora do país e garantem a procedência dos títulos. 

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As gigantes de tecnologia Apple (NASDAQ:AAPL) (SA:AAPL34), Amazon (NASDAQ:AMZN) (SA:AMZO34), Microsoft (NASDAQ:MSFT) (SA:MSFT34) e Tesla (NASDAQ:TSLA) (SA:TSLA34) dividem a grande parte da preferência dos brasileiros na hora de negociar os BDRs. Mas um levantamento recente da Quantum Finance mostrou que os BDRs do Mercado Livre (NASDAQ:MELI) (SA:MELI34) são os que têm liderado o interesse dos brasileiros. A empresa tem sede na Argentina, mas tem a maior parte da receita gerada em operações aqui no Brasil. 

Apesar de ainda serem pouco conhecidos pelos novos investidores, os BDRs oferecem uma excelente oportunidade para o brasileiro entrar em setores, que ainda são embrionários por aqui, mas que movem fortunas fora, como o de tecnologia.

Em meio à pandemia, que ainda não terminou, os títulos das farmacêuticas estrangeiras também podem render bons retornos. Investidores brasileiros podem adquirir os BDRs de várias delas na B3. Na lista estão empresas como a AstraZeneca (SA:A1ZN34), Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) (SA:JNJB34) e Pfizer (NYSE:PFE) (SA:PFIZ34). Essas companhias ganharam muito valor de mercado nos últimos dois anos ao desenvolverem a vacina contra a Covid-19. Mas a corrida contra o vírus está longe de terminar, e agora, esses laboratórios investem em medicamentos contra a doença e também nas novas versões da vacina para conter as futuras variantes. Uma desvalorização desses papéis está longe de acontecer, pelo menos no curto prazo. 

Outra opção bastante atrativa para diversificar o portfólio são os fundos que investem em ativos no exterior. É possível fazer isso sem necessariamente abrir uma conta fora do Brasil. Desta maneira, é possível acessar os produtos de grandes gestoras de fortunas do mundo, por intermédio de instituições financeiras brasileiras. Há uma variedade de possibilidades nos fundos estrangeiros, alguns deles inclusive com liquidez em poucos dias. Algumas das opções disponíveis podem ser acessadas com apenas 1 real. 

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Vale a pena destacar que aproveitar a valorização do real para comprar papel moeda como forma de investimento não é uma boa alternativa, além de apresentar desvantagens. Primeiro porque a compra é feita pela cotação do dólar turismo, que é sempre mais cara. Segundo porque pode apresentar riscos de segurança, afinal, será preciso guardar as notas em casa. Por fim, o capital fica parado e não rendendo, como aconteceria se estivesse acompanhando a valorização de fundos ou o desempenho de empresas. A compra do dólar em espécie é recomendada para quem tem uma viagem ou intercâmbio já marcados no curto prazo.

Diante desse cenário de aperto monetário nos países desenvolvidos, tensões globais e possível volatilidade recorrente em anos eleitorais, entendemos que o câmbio nos patamares atuais representa uma oportunidade de compra de Dólar. A equipe de research do BTG, em seu relatório publicado em fevereiro, projeta taxa de câmbio de R$ 5,60 para o final deste ano.

Últimos comentários

Dá-lhe Brasil, Bolsonaro reeleito 2022.
Estranho esse comentário com os acontecimentos mundiais. Foi postado ontem 28/02. O que se diz e escreve no carnaval não pode ser levado em conta.
pegadinha , trap sardinha
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