Levantamentos do Cepea mostram que as cotações dos produtos de origem avícola registram movimentos distintos entre as praças acompanhadas pelo Centro de Pesquisas, comparando-se a média parcial de fevereiro (até o dia 26) com a de janeiro. Em algumas regiões, o típico aumento da demanda em início do mês (recebimento de salários) e a oferta limitada elevaram as médias mensais, sustentando o maior patamar nestas últimas semanas de fevereiro. Já em outras praças, o enfraquecimento da procura neste encerramento de mês pressionou as cotações da carne a ponto de anular os ganhos do começo de fevereiro, conforme explicam pesquisadores do Cepea. No mercado de pintainho de corte, segundo o Centro de Pesquisas, a forte demanda externa pela proteína brasileira vem garantindo alta nos preços de comercialização do animal.
OVOS: Médias mensais são recordes da série do Cepea
Depois de os valores diários dos ovos terem atingido patamares recordes, agora as médias mensais também são as maiores da série do Cepea, em termos nominais. Em termos reais (IGP-DI de janeiro), os preços médios desta parcial de fevereiro (até o dia 26) são recordes em Mirandópolis/Guararapes (SP) e na Grande Belo Horizonte (MG) – a série do Cepea se iniciou em 2013 nestas praças. Nesta segunda quinzena do mês, agentes consultados pelo Cepea têm relatado desaceleração nas vendas para o varejo, reflexo do repasse dos expressivos aumentos ao consumidor final e do período do mês, em que o poder de compra da população tende a ser menor. Apesar da redução no volume de negociações, os estoques da proteína seguem baixos. Porém, as cotações chegaram a ceder em algumas regiões nesta semana. Segundo pesquisadores do Cepea, a quinta onda de calor prevista para os próximos dias acende um alerta para o setor, visto que isso compromete o bem-estar das aves, a produção e a qualidade dos ovos, especialmente a resistência da casca. Colaboradores do Cepea afirmam que as temperaturas elevadas já estão resultando na mortalidade de galinhas em algumas regiões.
CITROS: Valor pago pela indústria recua
O preço da laranja destinada à indústria caiu com força nesta semana. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da baixa qualidade da fruta e da desvalorização externa do suco. De segunda a quinta-feira, a caixa de 40,8 kg foi negociada à média de R$ 74,29, retração de 6,55% frente à da semana anterior e de 16% no acumulado de fevereiro. Nesse cenário, o preço da fruta destinada ao mercado de mesa também caiu, conforme levantamento do Cepea. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a variedade pera foi cotada a R$ 95,71/cx de 40,8 kg, queda de 6,01% em relação ao período anterior.