EUA registram superávit orçamentário surpresa de US$ 27 bilhões em junho, impulsionado por tarifas
Os preços da carne de frango iniciam julho em queda em praticamente todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo o Centro de Pesquisas, a pressão vem da oferta acima da demanda, ainda reflexo das restrições às exportações brasileiras impostas por alguns países após a confirmação de um caso de influenza aviária em uma granja comercial no município de Montenegro (RS), no dia 15 de maio. Pesquisadores ressaltam que, apesar de importantes parceiros comerciais já virem retomando gradualmente as compras da carne brasileira, o mercado doméstico ainda não conseguiu equilibrar a disponibilidade à procura. Nessa terça-feira, 8, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou nota informando que Filipinas, Singapura e África do Sul já retiraram as restrições aos embarques.
OVOS: Exportações têm melhor 1º semestre da história
As exportações brasileiras de ovos, incluindo produtos in natura e processados, registraram o melhor desempenho para um primeiro semestre desde o início da série histórica da Secex, iniciada em 1997. Segundo números analisados pelo Cepea, entre janeiro e junho deste ano, o volume embarcado cresceu expressivos 192% em relação ao mesmo período de 2024, somando 24,9 mil toneladas. A receita obtida com as vendas também foi recorde, de US$ 57,8 milhões nos seis primeiros meses de 2025, montante 216% superior ao obtido em igual intervalo do ano passado. No mercado doméstico, levantamentos do Cepea mostram que os preços dos ovos vêm caindo na maioria das regiões acompanhadas pelo Centro de Pesquisas. Apesar do leve aumento na liquidez nesta primeira quinzena, a pressão por descontos nas negociações se intensificou. Colaboradores do Cepea estão atentos ao comportamento das vendas neste mês, já que, com o período de férias escolares, parte da produção acaba sendo direcionada ao consumo doméstico, o que pode pressionar ainda mais os valores.
CITROS: Safra brasileira 24/25 se encerra em meio a incertezas externas
A safra brasileira 2024/25 foi encerrada oficialmente em junho de 2025 e com um fato que chama a atenção: o volume de suco de laranja exportado pelo País foi o menor da série histórica da Secex (iniciada em 1997), mas a receita com os embarques foi recorde. Pesquisadores do Cepea avaliam que a turbulenta safra 2024/25 se encerra em um contexto de incerteza quanto à recuperação plena do consumo externo de suco. Parte dos agentes de mercado consultados pelo Centro de Pesquisas manifesta receio de que a demanda internacional não se restabeleça completamente – ora devido à estagnação do consumo, ora pelos efeitos ainda indefinidos dos aumentos tarifários implementados pelo governo Trump sobre produtos brasileiros. Até o momento, pesquisadores do Cepea afirmam que o impacto da elevação de 10% nas tarifas foi minimizado pela oferta restrita do Brasil, que sustentou os embarques. No entanto, permanece incerta a magnitude dos efeitos de um possível aumento tarifário para patamares de até 50% sobre o suco de laranja, especialmente diante da perspectiva de maior produção nacional nas próximas temporadas. Assim, ainda conforme o Centro de Pesquisas, o acúmulo de divisas oriundas das exportações na temporada 2024/25 foi extremamente favorável, permitindo ao setor uma capitalização importante frente aos desafios futuros. Na comparação com a safra anterior, a receita cresceu expressivos 28,4%, totalizando US$ 3,48 bilhões, um recorde.