É com enorme expectativa que os investidores observam hoje o Payroll nos EUA, pois além da criação de vagas, as atenções se voltam à taxa de desemprego, que ajuda no cálculo da curva de Philips, como nos ganhos por hora trabalhada.
Este último é a “inflação” dos salários, sendo uma importante medida de pressão de preços, assim como na leitura do índice de consumo e gastos pessoais (PCE), principal indicador do Federal Reserve para avaliar a inflação nos EUA.
A taxa de participação do mercado de trabalho, ainda que tenha oscilado muito desde seu pico de 67,3% em 2000, permanece próximo à média de 62,8%, mas ainda abaixo do pico de 63,3% que precederam a crise pandêmica.
Este índice mede a participação da força de trabalho ativa na economia, de todos acima de 16 anos de idade e está em ascensão constante desde abril de 2020, quando foi declarada a pandemia.
Para o Fed, ainda que o mercado e seus participantes tenham feito um enorme malabarismo retórico para interpretar as falas de Powell como dovish, o mercado de trabalho continua a ser a principal preocupação para a condução da política monetária e assim, a leitura de um Payroll pior pode ajudar, mas precisa se repetir até a próxima reunião do Banco Central americano.
Por falar em Banco Central, a sanha intervencionista do governo continua, quando o presidente cita a possibilidade de rever a independência do Bacen ao término do mandato de Campos Neto, dizendo que tal independência é “irrelevante”.
Se é assim tão irrelevante, tal independência não deveria incomodar tanto o presidente, a não ser que sugira uma intervenção da política monetária de modo semelhante a que citou sobre a política cambial, nos moldes do governo Dilma.
Novamente, as metas de inflação foram atacadas e ainda que tenhamos nossas próprias críticas às metas declinantes, as quais foram criadas em um contexto de otimismo quase juvenil de que as reformas de âmbito fiscal seriam suficientes para sustentá-las, a discussão sobre sua alteração não deveria partir num primeiro ano de mandato e sim após as reformas estruturantes.
Na sessão de hoje, além do mercado de trabalho nos EUA, atenção à serie de ISMs e PMIS, a leitura dos mesmos dados para o bloco europeu, Reino Unido e Alemanha, todos acima dos anteriores e das projeções e produção industrial no Brasil.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é negativa e os futuros NY abrem em baixa, na expectativa pelos dados do Payroll.
Em Ásia-Pacífico, mercados em rumo, com quedas nas bolsas chinesas, apesar do PMI Caixin acima das expectativas na China para os índices composto e serviços.
O dólar opera em queda contra a maioria das divisas centrais, enquanto os Treasuries operam no negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, sem rumo, alta no minério de ferro e cobre, ouro e prata caem.
O petróleo sobe em Londres e em Nova York, com os sinais de recuperação da economia chinesa.
O índice VIX de volatilidade abre em baixa de -1,28%.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 5,0437 / -0,16 %
Euro / Dólar : US$ 1,09 / 0,156%
Dólar / Yen : ¥ 128,52 / -0,093%
Libra / Dólar : US$ 1,22 / 0,131%
Dólar Fut. (1 m) : 5056,57 / -1,09 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 24: 13,64 % aa (0,40%)
DI - Janeiro 25: 12,97 % aa (0,68%)
DI - Janeiro 26: 12,81 % aa (-0,24%)
DI - Janeiro 27: 12,83 % aa (-0,59%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -1,7247% / 110.141 pontos
Dow Jones: -0,1145% / 34.054 pontos
Nasdaq: 3,2540% / 12.201 pontos
Nikkei: 0,39% / 27.509 pontos
Hang Seng: -1,36% / 21.660 pontos
ASX 200: 0,62% / 7.558 pontos
ABERTURA
DAX: -0,601% / 15415,92 pontos
CAC 40: -0,270% / 7146,96 pontos
FTSE: 0,211% / 7836,67 pontos
Ibov. Fut.: -1,84% / 110431,00 pontos
S&P Fut.: -0,82% / 4157,25 pontos
Nasdaq Fut.: -1,391% / 12649,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,33% / 109,05 ptos
Petróleo WTI: 0,13% / $75,98
Petróleo Brent: 0,17% / $82,31
Ouro: 0,07% / $1.910,47
Minério de Ferro: 0,62% / $124,85
Soja: 0,02% / $1.536,75
Milho: -0,44% / $672,25
Café: -0,20% / $177,30
Açúcar: 0,09% / $21,65