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Hollywood não quer que você seja investidor?

Publicado 18.09.2022, 08:34
Atualizado 09.07.2023, 07:32

O mundo dos investimentos é retratado em filmes e séries de Hollywood há muito tempo. Contudo, o que poderia ser um atrativo para que o telespectador se interessasse pelo mercado financeiro, acaba reforçando estereótipos negativos e até gerando um certo ranço no público.

Em 87, por exemplo, era lançado o filme “Wall Street - Poder e Cobiça”. O próprio título da obra já induz a uma sensação negativa em relação à Wall Street. Na história, um jovem corretor (Charlie Sheen) trabalha no mercado de ações e consegue a atenção de um investidor bilionário de Wall Street, interpretado por Michael Douglas. Como estratégia, o personagem de Sheen lhe dá uma informação, que, até então, era sigilosa, a respeito das ações da companhia onde seu pai trabalhava. A informação privilegiada faz a dupla ganhar muito dinheiro. Com o sucesso inicial, eles seguem por caminhos tortuosos em busca de lucros na bolsa de valores, deixando de lado qualquer compromisso ético. Com isso, o filme dá a entender que o caminho do sucesso na Bolsa se dá por acesso a contatos influentes, tráfico de influência e obtenção de informações privilegiadas.

Outro filme com a mesma temática é “O Lobo de Wall Street”, de 2013. Neste, o protagonista (interpretado por Leonardo Dicaprio) acaba indo trabalhar em uma empresa de fundo de quintal que lida com ações de baixo valor e alto risco. Lá, ele tem ideia de fundar uma companhia com este mesmo foco: as ações têm valores baixos, mas, em compensação, o retorno para o corretor é bem mais vantajoso, mesmo que o comprador assuma todo o risco. A empresa usa métodos antiéticos para ludibriar clientes e premiar funcionários, aumentando suas vendas, todos os personagens ficaram ricos usando esses artifícios e se tornam usuários de drogas e depravados sexualmente. O filme faz um retrato sobre as “maçãs podres” do mercado de capitais. Na verdade, os personagens não são investidores, são corretores (vendedores) de ações, e isso, de certa forma, cria uma imagem de que esse tipo de profissional só quer ganhar dinheiro às custas dos investidores comuns, que ficam com todo o risco nas costas. Apesar de ter sido baseado em fatos reais, a obra poderia ter mostrado o outro lado.

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A série Billions, que faz muito sucesso na Netflix (NASDAQ:NFLX) (BVMF:NFLX34), mostra as “aventuras e desventuras” de Bobby Axelrod, um gestor de fundo de Hedge que usa e abusa de meios pouco éticos para obter retornos acima da média para o seu fundo de investimento. A série gira em torno das armações de Axelrod e das artimanhas que ele usa para escapar das garras do seu principal inimigo, o promotor de justiça Chuck Roades, que tem obsessão em vê-lo na cadeia.

Uma outra obra de sucesso, que vale destacar por se basear em fatos reais é o filme “A Grande Aposta”, de 2015. O longa mostra como o sistema financeiro é criativo em gerar ‘produtos’ rentáveis, mas que por uma “complexidade proposital” são dificilmente avaliados em profundidade por seus compradores. Esses títulos financeiros podres geraram a crise do Subprime de 2008/2009 uma das maiores crises financeiras da história. A mensagem que o filme deixa é “cuidado, fique de fora desse tipo de mercado”.

Outro filme baseado em fatos verídicos é o filme “O Mago das Mentiras”, que retrata a história de um famoso gestor de fundos, Bernard Madoff (interpretado por Robert De Niro) que foi responsável por uma sofisticada operação de pirâmide financeira que levou milhares de pessoas a perderem todas as suas economias.

Em diversos outros filmes nos deparamos com histórias que retratam o investidor antiético, golpes e tramoias corporativas com o intuito de enganar investidores e acionistas. O filme “Em busca da felicidade” é um sopro de ar fresco nesse deserto árido. Retrata a história real de Chris Gardner - que chegou a ser um sem teto - e como ele conseguiu obter sucesso como corretor na bolsa de valores como resultado de trabalho duro e dedicação.

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É compreensível que Hollywood busque histórias dramáticas, de violência, golpes bilionários e crimes. Isso vende! Mas estas obras sobre o mundo dos investimentos distorcem a visão do público sobre como realmente é a Bolsa de Valores, como ela funciona e como é possível ser bem sucedido sem ser antiético ou criminoso. Com a democratização da informação e a popularização dos investimentos, o senso comum tende a mudar? Espero que sim! Afinal, sabemos que, com base em conhecimento e orientação profissional, os investimentos em ações são, sim, uma excelente alternativa para o investidor comum.

Últimos comentários

Meio século atrás eu era um adolescente e pela primeira vez assisti a um filme em que me vi torcendo pelo bandido. Era radicalmente diferente dos filmes de faroeste e das matines onde o mocinho era definido por seu caráter. Mas, ao longo da vida, aprendi que ao menor sinal de falcatrua ou de comportamento pouco recomendável dos administradores vendo tudo. Esse conselho pequeno me livrou de grandes abacaxis. Mas, ainda hoje, o lucro ainda é a premissa maior na tomada das decisões e não importa se estamos torcendo para quais bandidos. De qualquer forma, os filmes apenas retratam nossa depravação. Parece que não nos importa se nosso passaporte está carimbado para uma viagem sem paradas direto ao inferno se nossos lucros forem muito satisfatórios.
Deveriam fazer uma série tipo "catástrofe empírica " sobre uma casa de apostas da Faria Lima
Com acesso no YouTube tem vários e bons professores que ensinam muito bem os investimentos em Renda fixa e Variável com dedicação e tempo muitos brasileiros poderiam tornar se investidores na Bolsa.
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