Como citamos ontem, causa estranheza os eventos que rondam os ataques às instalações sauditas durante o fim de semana, principalmente no que tange a queda da produção, indicada como a metade em termos nacionais e 5% da global.
Os preços do petróleo caem hoje, embora o mercado continue tenso com a ameaça de uma resposta militar aos ataques que provocaram um aumento de preço nunca visto em décadas no intradiário.
A perspectiva de liberações dos estoques estratégicos americanos, da Agência Internacional de Energia e de alguns grandes compradores, como o Japão, pesou nos preços e demonstrou que a oferta supera ainda o que se esperava da commodity até recentemente.
Sem ainda maiores conclusões dos eventos no Oriente Médio, as atenções se voltam aos grandes temas da semana, em especial o início das decisões de juros em nível global, com o início hoje das reuniões do COPOM e do FOMC e amanhã do BoE e do BoJ.
Neste momento, o problema saudita não deve “fazer preço” para as decisões de política monetária, principalmente pelo seu caráter ainda desconhecido, ainda que possa trazer algum nível de cautela aos formuladores de política monetária.
Localmente, as consequências dos cortes mais recentes foram mais sentidas no momento global de aversão ao risco, com o país exposto aos movimentos especulativos no dólar, do que na melhora da atividade econômica devido à expansão do crédito.
A série mais recente de dados indicando melhora marginal da atividade econômica foram mais fortemente relacionadas aos índices de confiança, com o avanço das reformas do que ao corte de juros. Ainda assim, o corte de 50 bp é dado como certo, com dúvidas sobre os próximos.
Também os EUA devem ter atenção especial à série recente de dados com atividade econômica aquecida e núcleos inflacionários mais pressionados, ainda que dentro das metas informais.
O corte de 25 bp parece inevitável, porém as dúvidas quanto à continuidade persistem, principalmente devido à guerra comercial entre EUA e China.
Os próximos capítulos da guerra devem se descortinar nesta quinta-feira, quando as duas maiores economias do mundo devem conversar em Washington, abrindo caminho para as negociações destinadas a resolver a prolongada guerra comercial.
ABERTURA DE MERCADOS
A abertura na Europa é sem rumo e os futuros NY abrem em queda, após os ataques às petroleiras sauditas e reuniões dos BCs.
Na Ásia, o fechamento foi misto, após informações de uso dos estoques reguladores de petróleo.
O dólar opera em alta contra a maioria das divisas, enquanto os Treasuries operam negativos em todos os vencimentos.
Entre as commodities metálicas, quedas, destaque ao min. de ferro.
O petróleo abre em queda, após a forte alta de ontem.
O índice VIX de volatilidade abre em alta de 1,09%
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 4,0805 / -0,15 %
Euro / Dólar : US$ 1,10 / 0,145%
Dólar / Yen : ¥ 108,19 / -0,074%
Libra / Dólar : US$ 1,24 / -0,266%
Dólar Fut. (1 m) : 4094,01 / 0,14 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Julho 20: 5,10 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 21: 5,27 % aa (-2,04%)
DI - Janeiro 23: 6,38 % aa (-1,69%)
DI - Janeiro 25: 6,97 % aa (-1,41%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: 0,1731% / 103.680 pontos
Dow Jones: -0,5243% / 27.077 pontos
Nasdaq: -0,2834% / 8.154 pontos
Nikkei: 0,06% / 22.001 pontos
Hang Seng: -1,23% / 26.790 pontos
ASX 200: 0,33% / 6.695 pontos
ABERTURA
DAX: -0,169% / 12359,45 pontos
CAC 40: 0,093% / 5607,44 pontos
FTSE: 0,156% / 7332,86 pontos
Ibov. Fut.: 0,08% / 103929,00 pontos
S&P Fut.: -0,243% / 2999,10 pontos
Nasdaq Fut.: -0,156% / 7843,00 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,73% / 80,81 ptos
Petróleo WTI: -1,46% / $61,99
Petróleo Brent:-1,38% / $67,93
Ouro: 0,03% / $1.498,32
Minério de Ferro: -0,42% / $94,37
Soja: 0,19% / $15,47
Milho: -0,80% / $369,75
Café: 1,31% / $100,80
Açúcar: 0,45% / $11,08