Dólar ronda estabilidade com mercados à espera de dados e novidades sobre tarifas

Publicado 28.04.2025, 09:19
Atualizado 28.04.2025, 09:50
© Reuters. Nota de 100 dólaresn07/02/2011 nREUTERS/Lee Jae-Won

Por Fernando Cardoso

SÃO PAULO (Reuters) -O dólar à vista rondava a estabilidade ante o real nesta segunda-feira, abrindo uma semana repleta de dados econômicos, à medida que os investidores continuam ponderando sobre as incertezas comerciais em meio à guerra tarifária entre Estados Unidos e China.

Às 9h41, o dólar à vista caía 0,08%, a R$5,6859 na venda.

Na B3 (BVMF:B3SA3), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha baixa de 0,03%, a R$5,689 na venda.

Os movimentos da divisa brasileira ocorriam na esteira da baixa volatilidade nos mercados de câmbio globais, com a moeda norte-americana também oscilando pouco frente a uma série de outras moedas, como euro, peso mexicano e peso chileno.

Por trás da tendência das negociações, prevalecia a cautela devido à alta incerteza em relação à política comercial dos EUA e à guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, com analistas e investidores receosos pelos impactos econômicos das mudanças na ordem de comércio global.

Na semana passada, os mercados demonstraram um leve otimismo diante da percepção de mudança de tom entre EUA e China, com o presidente norte-americano, Donald Trump, garantindo que seu país estava em negociações com o país asiático, enquanto Pequim isentou alguns produtos dos EUA de suas elevadas taxas.

Autoridades chinesas, no entanto, reiteraram nesta segunda que EUA e China não estão negociando um acordo, refutando as falas de Trump de que teria conversado com o líder chinês, Xi Jinping, enquanto o secretário do Tesouro, Scott Bessent, também negou saber de quaisquer conversas entre os dois presidentes.

Em meio ao vai e vem em relação às tensões comerciais, investidores preferiam ficar às margens nesta sessão, sem grandes apostas para qualquer direção.

"Os investidores continuam monitorando a disputa comercial entre EUA e China. Os EUA têm feito comentários sugerindo a possibilidade de uma amenização das tensões comerciais, mas a China tem desmentido. De toda forma, nesse momento, o ambiente externo é um pouco menos avesso ao risco", disse Leonel Oliveira Matos, analista de inteligência de mercado da Stonex.

O índice do dólar -- que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas -- caía 0,22%, a 99,506.

A cautela dos agentes financeiros ainda era justificada com a espera pela divulgação de uma bateria ampla de dados econômicos nesta semana, quando buscarão os primeiros indícios sobre os efeitos das políticas de Trump sobre a economia norte-americana.

O destaque da semana será o relatório de emprego nos EUA de abril, com expectativa de uma forte desaceleração na abertura de vagas de emprego para este mês.

"Após a forte criação de empregos em março, o relatório de emprego de abril deverá mostrar uma desaceleração... (que) pode ser impulsionada por políticas imigratórias mais rígidas e pelo que pode ser um número crescente de congelamentos de contratações em meio à maior incerteza econômica e aos custos tarifários", disseram analistas do BTG Pactual (BVMF:BPAC11) em relatório.

Também estarão no radar dados do índice PCE -- o indicador de inflação preferido do Federal Reserve -- para março e números do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre, com a publicação de ambos na quarta-feira.

Na cena doméstica, o dia é marcado por comentários pela manhã do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, no evento J. Safra Macro Day.

(Edição de Camila Moreira)

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