TRIGO: Com baixa oferta nacional, importação cresce com força
As importações de trigo cresceram com força de fevereiro para março. De acordo com pesquisadores do Cepea, a desvalorização do dólar e a baixa oferta de trigo nacional de boa qualidade influenciaram esse aumento. Segundo dados da Secex, no mês passado, as importações de trigo somaram 634,977 mil toneladas, 70% mais que em fevereiro/16 (373,632 mil toneladas) e 33,4% acima do volume de março/15.
A maior parte do trigo importado veio do Mercosul (Argentina – 466,95 mil e Paraguai – 112,421 mil t). Com relação ao grão nacional, os negócios continuam lentos na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea, acontecendo apenas de forma pontual e em pequenos volumes
AÇÚCAR: Oferta cresce, mas preço cai pouco
A maior oferta de açúcar cristal, resultante da soma da safra 2016/17 ao volume remanescente da temporada anterior, não tem gerado queda significativa dos preços. Na segunda-feira, 11, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal cor Icumsa entre 130 e 180, mercado paulista, fechou a R$ 75,66/saca de 50 kg, pequena baixa de 1% em relação à segunda anterior.
Segundo pesquisadores do Cepea, grande parte das usinas do estado de São Paulo já iniciou a moagem da cana-de-açúcar da safra 2016/17, que tem sido favorecida pelo clima firme. A boa evolução do processamento no Centro-Sul brasileiro, inclusive, tem resultado em quedas nos valores do açúcar na Bolsa de Nova York (ICE Futures), ainda que estejam mantidas as perspectivas de déficit global.
ETANOL: Produção avança e hidratado cai mais de 13%
Os etanóis apresentaram desvalorizações expressivas na última semana no mercado paulista. De acordo com pesquisadores do Cepea, o avanço na produção somado ao interesse das usinas em liquidar o combustível da safra passada influenciaram diretamente nesse cenário.
Representantes de usinas foram mais flexíveis nos valores pedidos para “fazer caixa”. Entre 4 e 8 de abril, no estado de São Paulo, o Indicador CEPEA/ESALQ semanal do hidratado foi de R$ 1,4329/l (sem impostos, a retirar), queda de 13,4% frente à semana anterior, quando o combustível já havia se desvalorizado 10%. O Indicador do anidro chegou a cair 17,95%, indo para R$ 1,6465/l (sem impostos, a retirar).