ÁSIA: Os índices asiáticos fecharam em forte baixa, pressionado pelo "selloff" em Wall Street nas últimas sessões, devido em grande parte ao aumento do rendimento dos títulos de obrigações, o que sugere que a inflação dos EUA está subindo mais rápido do que o esperado e que o Federal Reserve pode aumentar as taxas de juros mais rápido do que o previsto atualmente.
O Nikkei do Japão encerrou em baixa de 4,73%, em 21.610,24 pontos, sua maior queda por pontos em um dia desde 1990. Os fabricantes de automóveis, finanças e "techs" foram duramente castigados durante o dia. Entre as blue chips, SoftBank Group caiu 4,9% e a Fanuc Manufacturing perdeu 4,55%, enquanto a varejista Fast Retailing afundou 5,46%.
Do outro lado do Estreito Coreano, o Kospi da Coreia do Sul recuou 1,54% para fechar em 2.453,31 pontos. Blue chips de tecnologia e montadoras de automóveis ficaram oscilando entre altas e baixas. Samsung Electronics caiu 1,04%, enquanto a fabricante de chips SK Hynix fechou estável. Entre as montadoras, Hyundai Motor tocou brevemente o território positivo, mas depois caiu e fechou em baixa de 0,94%.
O ASX 200 da Austrália caiu 3,2% para terminar a sessão em 5.833,3 pontos, com vendas em todos os setores. O subíndice de energia estava entre os piores desempenhos, caindo 4,49% à medida que os papeis recuavam após os preços do petróleo se moverem para baixo. Santos caiu 4,4% e Oil Search perdeu 3,2%. O setor financeiro altamente ponderado também teve uma forte queda, com os "Big Four" fechando no vermelho. ANZ caiu 2,9% e Westpac recuou 3,1% ao final do dia. Entre as mineradoras, BHP Biliton caiu 2,9%, Fortescue Metals recuou 0,9% e Rio Tinto (LON:RIO) perdeu 1,5%.
O índice Hang Seng despencou 5,12%. Entre as financeiras, o peso pesado HSBC caiu 2,9% e o China Construction Bank perdeu 5,9%. A gigante tecnológica Tencent despencou 6,1%. As ações relacionadas à energia também tiveram um dia de perdas. CNOOC caiu 5,1%.
No Continente, as bolsas seguiram a tendência regional desta vez. O composto de Shanghai deslizou 3,38% para fechar em 3.369,71 pontos e o composto de Shenzhen perdeu 4,44% para terminar em 1.726,09. O índice de blue chips CSI 300, que rastreia as grandes empresas listadas em Xangai e Shenzhen, terminou a sessão em baixa de 2,94%, com telecomunicações e energia entre os piores desempenhos no dia.
Outros índices da região também sofreram: o Taiex de Taiwan perdeu 4,95%, o Índice de VN de referência do Vietnã caiu 4,81% e o KLCI da Malásia caiu 2,22%. Os mercados da Nova Zelândia ficaram fechados por conta de um feriado público.
EUROPA: Os mercados de ações europeus abriram com fortes perdas, após perdas nos EUA e Ásia. O pan-europeu Stoxx 600 abriu em baixa de 3%, ajustando-o para o menor fechamento desde agosto do ano passado, com todos os setores no vermelho. Montadoras de automóveis, fabricantes de produtos químicos e "techs" abriram com baixa de mais de 3%. O benchmark continental opera com bastante volatilidade e recupera para uma baixa de 1,71%.
Os balanços corporativos, os dados econômicos e as notícias políticas também chama a atenção dos investidores nesta terça-feira. O BNP Paribas (PA:BNPP) reportou lucro líquido pior do que o esperado no quarto trimestre de 2017, caindo 1,1%, para 1,43 bilhão de euros (US$ 1,77 bilhão) e abaixo das expectativas de mercado. O papel do banco cai mais de 3% no início das negociações.
Em sentido contrário, Intensa Sanpaolo anunciou um aumento no lucro líquido do quarto trimestre e no ano de 2017, superando as expectativas dos analistas. As ações da empresa sobem quase 1%. O banco sueco Swedbank reportou um aumento maior do que o esperado nos lucros operacionais do quarto trimestre, graças a comissões e juros maiores, mas o banco cai 0,3% no início da sessão.
Ao mesmo tempo, a empresa de energia BP registrou ganho acima das expectativas devido aumento na refinação e negociação durante os três meses finais de 2017. As ações recuam 2%.
O "Velocity Shares Daily Inverse VIX Short-Term exchange-traded note" (XIV - um título emitido pelo Credit Suisse, caiu mais de 80% no after-market de segunda-feira. O Credit Suisse disse em um comunicado que "a atividade do XIV ETN reflete a volatilidade do mercado atual. Não há impacto relevante no Credit Suisse, no entanto, o papel registra um dos piores desempenhos no setor financeiro no início do comércio, com queda de quase 4%.
O índice FTSE 100 do Reino Unido cai e segue para o menor fechamento desde abril de 2017. O índice chegou a 7.079.41 pontos, um declínio de 3,5%, mas começou a recuperar as perdas à medida que os futuros de ações dos EUA seguiam para o território positivo. A libra sobe 0,2795% frente ao dólar, sendo negociado a US$ 1,3991, ante US$ 1,3954 no final da segunda-feira em Nova York. Entre as mineradoras listadas na LSE, Anglo American (LON:AAL) cai 1,1%, Antofagasta (LON:ANTO) recua 0,7%, BHP Biliton perde 2% e Rio Tinto opera em baixa de 1,3%.
Enquanto isso, na frente política, uma nova rodada de negociações do Brexit está programada para começar nesta terça-feira. O chefe negociador do Brexit para a UE, Michel Barnier disse ao Reino Unido na segunda-feira que chegou a hora da nação tomar uma decisão sobre o tipo de relacionamento que deseja com o bloco depois que sair da UE. Consequentemente e os investidores estarão prestando muita atenção aos movimentos na libra esterlina e no euro.
Na Alemanha, as negociações de coalizão devem continuar entre os conservadores do partido da chanceler Angela Merkel e os social-democratas (SPD), enquanto as duas partes buscam chegar a um acordo sobre questões como cuidados à saúde e reformas trabalhistas.
EUA Os futuros de ações dos EUA estão extremamente voláteis na manhã desta terça-feira. Os futuros da Dow Jones Industrial Average chegaram a apaga uma perda de 850 pontos para ganhar quase 20 pontos. Neste momento registra uma perda de 150 pontos.
Em uma sessão sangrenta na segunda-feira, o DJIA mergulhou mais de 1.500 pontos, com investidores parecendo entrar em pânico. O índice terminou em 1.175,21 pontos, ou 4,6% de queda, para 24.345,75 pontos, marcando a maior queda de pontos em um dia. O S&P 500 caiu 113,19 pontos, ou 4,1% de baixa, para 2.648,94 pontos. O S&P 500 e Dow também se tornaram negativos para o ano. O Índice Composto Nasdaq caiu 3,8%, para terminar em 6.967,53 pontos, mas permanece 0,9% maior no ano. O índice de volatilidade do Cboe (VIX), chamado indicador de medo de Wall Street, cresceu 116% para 37,32 na segunda-feira, que marcou o seu nível mais alto desde agosto de 2015.
ÍNDICES FUTUROS - 8h10:
Dow: -0,60%
SP500: +0,17%
NASDAQ: +0,58%
OBSERVAÇÃO: Este material é um trabalho voluntário, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. O texto da sessão asiática está no tempo passado e a europeia no presente devido ao horário em que este relatório é redigido. Atentem-se para o horário de disponibilização dos dados.