Por anos, o Brasil viveu os famosos “voos de galinha”: momentos de euforia econômica seguidos de quedas abruptas, frustrando quem acreditava em um crescimento contínuo. No mercado imobiliário, não foi diferente. Ciclos vieram e foram embora sem fôlego suficiente para sustentar valorização de longo prazo.
Mas agora, algo mudou.
Vivemos um momento único, com um conjunto de fatores — internos e externos — se alinhando para um novo ciclo de valorização imobiliária. E quem me acompanha já deve ter ouvido: o timing está cada vez mais claro.
O mundo está mudando. E o Brasil, mesmo que por tabela, pode colher frutos.
A movimentação geopolítica global reacendeu uma série de debates econômicos que estavam em compasso de espera. Com o retorno de Donald Trump ao centro do debate americano e sua já conhecida política protecionista, as tarifas de importação voltam a ganhar destaque. O mercado, como sempre, reage. E num cenário de tensão entre potências, o capital começa a buscar novas alternativas.
É aí que o Brasil entra no radar.
Nosso país, apesar das complexidades, oferece hoje uma das taxas de juros reais mais altas do mundo. Combinado a isso, o setor imobiliário brasileiro já está aquecido — mesmo com o custo do dinheiro ainda elevado. Isso por si só já é uma anomalia positiva.
E se os juros caírem?
Quem viveu os ciclos anteriores — e eu tive o privilégio de estar inserido nos bastidores de grandes incorporações quando isso aconteceu — sabe o impacto que uma queda na taxa básica de juros tem sobre o mercado imobiliário.
Hoje, o cenário é ainda mais promissor. Temos demanda aquecida, estoques ajustados, oferta qualificada e juros altos. Basta uma sinalização mais concreta de inflexão na política monetária para que o mercado reaja com força. E os sinais estão aí.
Com a desaceleração de economias desenvolvidas e um potencial redesenho das cadeias globais, o Brasil pode se beneficiar. E a pressão por um estímulo interno — via redução de juros — tende a crescer. Quando (não se, mas quando) isso acontecer, o mercado imobiliário pode virar um foguete.
Quem esperar demais, vai pagar mais caro
O investidor brasileiro tem uma tendência: esperar o momento “ideal” — que, por definição, nunca é anunciado com antecedência. O problema é que quando ele chega, os melhores ativos já mudaram de patamar.
Oportunidade não é o que parece óbvio. É o que ainda não está no preço.
Hoje, ainda é possível encontrar imóveis com excelente potencial de valorização, tanto para quem busca renda, quanto para quem mira ganho patrimonial. A janela está aberta — e não deve durar para sempre.
Dessa vez, o voo pode ser longo
A analogia do voo de galinha sempre foi uma crítica justa. Mas tudo indica que, dessa vez, temos asas mais largas. Há fundamentos, há liquidez, há demanda reprimida e há um movimento macro que pode nos impulsionar de forma mais duradoura.
É claro que o risco político e fiscal existe — como sempre existiu. Mas quem trabalha com cenários realistas (e não apenas com medos) consegue enxergar que há uma oportunidade rara se formando.
Se o Governo entender o momento e agir, poderemos viver um dos ciclos mais positivos da história recente do mercado imobiliário brasileiro.
E se isso acontecer, eu garanto: você vai querer estar posicionado.