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Juros, inflação, petróleo, guerras: crash de 1987 pode voltar a acontecer?

Publicado 23.10.2023, 10:18
Atualizado 02.09.2020, 03:05
  • O contexto macroeconômico e geopolítico atual apresenta similaridades notáveis com o de 1987.

  • Nesse ano, ocorreu um forte crash no mercado de ações após uma alta expressiva.

  • Será que estamos à beira de uma nova “Black Monday”, dadas as semelhanças entre os dois períodos? 

  • No dia 19 de outubro de 2023, completaram-se 36 anos do famoso crash de 1987, um dia que ficou marcado na história financeira como "Black Monday".

    De agosto de 1982 a agosto de 1987, os dezenove principais mercados globais registraram um retorno médio impressionante de 296% em conjunto.

    Nesse intervalo, o Dow Jones Industrial saltou de 776 para 2.722 pontos, incluindo uma valorização notória de 44% somente nos primeiros oito meses de 1987. Esta declaração profética foi feita pelo economista John Kenneth Galbraith em um artigo na revista “The Atlantic” em janeiro de 1987:

    “Haverá um dia de ajuste quando o mercado descer como se não houvesse fim.”

    Ele não imaginava que suas palavras se tornariam realidade em breve.

    O Dow Jones sofreu sua maior queda em um único dia na história - um recorde sombrio que persiste até hoje - ao despencar 22,6%, ou 508 pontos, superando o recorde anterior de uma baixa de 20,5% no final de 1914, quando o mercado havia sido fechado por vários meses devido à Primeira Guerra Mundial.

    Artigo do New York Times


    Estas são as 8 maiores quedas em um único dia na história do Dow Jones:

    • 19 de outubro de 1987: -22,6%. 

    • 14 de dezembro de 1914: -20,5%. 

    • 28 de outubro de 1929: -13,5%. 

    • 16 de março de 2020: -12,9%. 

    • 18 de dezembro de 1899: -12%. 

    • 29 de outubro de 1929: -11,7%. 

    • 5 de outubro de 1931: -10,7%. 

    • 12 de março de 2020: -10%.

    Antes mesmo da Black Monday, nas três sessões anteriores, o mercado já havia recuado 3,8%, 2,4% e 4,6%, respectivamente, sinalizando o que estava por vir.

    O desastre não poupou ninguém. Warren Buffett perdeu US$ 347 milhões, Bill Gates perdeu US$ 255 milhões e a família de Sam Walton, fundador do Walmart (NYSE:WMT), perdeu US$ 1,75 bilhão.

    Fora da Wall Street, também houve um massacre, com o mercado acionário canadense caindo 22,5%, o S&P 500 caindo -20,5%, o japonês Nikkei 225 caindo 14,9% e o britânico FTSE 100 caindo 12,2%.

    Estamos prestes a repetir a história? 

    Em 1987, o cenário econômico e geopolítico era notoriamente desfavorável. Incluía um elevado déficit comercial, aumentos nas taxas de juros impulsionados por alta inflação, a guerra Irã-Iraque, especulações sobre o envolvimento dos EUA no Irã, desafios com petróleo e até problemas no mercado imobiliário.

    É importante destacar que alguns investidores estão manifestando preocupações sobre as similaridades entre as condições da Black Monday em 1987 e a situação atual.

    Entre esses fatores estão avanços expressivos do S&P 500 no ano, uma retração no mercado no terceiro trimestre, a elevação das taxas de juros, a inflação alta, um dólar forte e conflitos geopolíticos persistentes, como a tensão da Rússia com a Ucrânia e o confronto entre Hamas e Israel, que aumentaram as incertezas sobre o mercado de petróleo.

    Juros nos EUA

    No entanto, é importante ressaltar que existem várias diferenças relevantes em relação ao cenário de 1987. O S&P 500 estava muito mais sobrevalorizado em 1987 do que agora.

    Além disso, as taxas de juros, embora em ascensão, estavam em patamares mais altos naquele período (o início de 1987 começou com taxas de 5,75%, e o Federal Reserve as elevou gradualmente ao longo do ano).

    Essas diferenças indicam que as condições de mercado atuais são muito melhores do que as de 1987, e os mercados podem não enfrentar um destino similar ao da Black Monday.

    Retornos de índices ordenados ano a ano:

    Sentimento do investidor 

    O sentimento otimista, ou seja, as expectativas de que os preços das ações subirão nos próximos seis meses, subiu 9,9 pontos percentuais, alcançando 40%. O otimismo foi mais alto pela última vez em 7 de setembro de 2023 (42,2%).

    O sentimento pessimista, ou seja, as expectativas de que os preços das ações cairão nos próximos seis meses, diminuiu 5,1 pontos percentuais, atingindo 36,5%. O pessimismo permanece acima da média histórica de 31%.

    ***

    Aviso: este artigo tem fins meramente informativos e, por isso, não constitui qualquer oferta ou recomendação de investimento.

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