Os mercados asiáticos recuaram, seguindo a queda em Wall Street, na sequência de um fraco relatório de empregos no setor privado dos EUA, refletindo cautela antes do relatório de empregos a ser divulgado na sexta-feira.
As ações japonesas foram atormentadas por mais volatilidade, arrastando os stocks para a direção do chamado bear market. O Nikkei teve uma abertura fraca, mas recuou novamente para terminar o dia 0,9% menor em 12,904.02, sua primeira queda abaixo do nível de 13 mil pontos desde 05 de abril. O índice Topix caiu 1,8%. Ambos os benchmarks recuaram mais de 3% na sessão anterior, após o plano de longo prazo do primeiro-ministro Shinzo Abe, para a recuperação econômica do país, ficar aquém das expectativas do mercado. A "lua de mel" entre o mercado com o governo Abe terminou, mas analistas dizem que é prematuro a declaração de divórcio e o pior da correção no Nikkei pode acabar em breve.
Economistas do Royal Bank of Scotland escreveram à seus clientes que a queda acentuada na quarta-feira, depois do discurso do primeiro-ministro Abe, indica que os investidores esperavam que o governo também propusesse uma redução de impostos ou subsídios para estimular investimentos do setor privado.
O rendimento dos títulos a 10 anos do governo japonês caiu 2 pontos base para 0,84%, de acordo com dados FactSet. Ações de exportadores recuaram por conta da volatilidade do dólar dos EUA, que oscilou entre ¥98,83 a ¥99,46. As ações da Sony perderam 2%, Sharp derrapou 5% e Nintendo recuou 2,5%.
Em outras partes da região, o Xangai Composite caiu 1,3%, registrando seu sexto dia consecutivo de queda. Os índices Hang Seng de Hong Kong, Taiex de Taiwan e S&P/ASX 200 da Austrália recuaram 1,1% cada um. Mercados sul-coreanos ficaram fechados por conta de um feriado.
A queda prolongada em Hong Kong e Xangai aconteceu em meio a persistentes preocupações sobre o crescimento econômico chinês, com os setores financeiros e imobiliário perdendo ainda mais terreno. Em Hong Kong, as ações da China Overseas Land & Investment e Hang Lung Properties caíram 2,8% e 3,1%, respectivamente, enquanto Industrial & Commercial Bank of China perdeu 1,1%. Em Xangai, Gemdale perdeu 4,4% e Poly Real Estate caiu 3,2%, enquanto Ping An Insurance recuou 1,2%.
Enquanto isso, o mercado australiano sofreu com os bancos, que estendem suas perdas desde o relatório da quarta-feira, sobre o crescimento econômico decepcionante do país no primeiro trimestre. Westpac Banking perdeu 1,7% e Australia & New Zealand Banking caiu 1,3%.
EUROPA: Os mercados europeus movem-se ligeiramente para cima, com investidores cautelosos em fazer quaisquer grandes movimentos frente às decisões de juros do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra, seguido da entrevista coletiva do presidente do BCE Mario Draghi. É esperada a manutenção das taxas de juros, após o corte da taxa de juros em 25 pontos em maio para uma baixa recorde de 0,5%. Draghi sugeriu no mês passado que o banco estava pronto para agir, caso a economia europeia continuasse a deteriorar, mas dados mistos da zona euro nos últimos tempos, encorajam os analistas a dizer que ainda é cedo para ver um outro corte da taxa. Quanto ao Banco da Inglaterra, este também deverá manter as taxas em uma baixa recorde de 0,5%.
O Stoxx Europe 600 avança 0,19%, depois de fechar no nível mais baixo desde o final de abril na quarta-feira. Destaque para as ações da Johnson Matthey do Reino que saltam 7,7%, após a empresa de produtos químicos elevar seu dividendo e disse que está confiante no médio e longo prazo. Além disso, o Bank of America Merrill Lynch elevou a empresa de "neutro" para "comprar" e Royal Philips sobe 1,7%, após Barclays elevar a gigante da eletrônica de "equalweight" para "overweight".
O índice FTSE 100 do Reino Unido e DAX 30 da Alemanha avançam. O índice CAC 40 da França também registra alta, depois de ter o seu início atrasado, devido a uma falha técnica.
Em Londres, os bancos caem, somando-se às perdas do dia anterior. Royal Bank of Scotland cai 1,5%, Lloyds Banking perde 0,9% e HSBC recua 0,2%. As mineradoras seguem as perdas para os metais. Anglo American recua 0,3%, Antofagasta recua 1,2%, BHP Billiton cai 0,4% e Rio Tinto cai 0,6%.
AGENDA DE HOJE:
EUA:
8h30 - Challenger Job Cuts (número de demissões corporativas);
9h30 - Unemployment Claims (número de pedidos de auxílio-desemprego);
AGENDA DA PRÓXIMA SESSÃO
EUROPA: Decisão da Reunião do Banco Central Europeu (BCE) para deliberar sobre os rumos da taxa básica de juros na região, que está fixada em 0,75% ao ano.
ALEMANHA: German Trade Balance (saldo da balança comercial na Alemanha); German Industrial Production (números da produção industrial da Alemanha).
REINO UNIDO: Consumer Inflation Expectations (expectativas de inflação no Reino Unido); Trade Balance (desempenho mensal do comércio exterior britânico);
EUA: 9h30 - Relatório de Emprego de maio, composto por: Unemployment Rate (taxa de desemprego), Nonfarm Payrolls (pesquisa realizada em cerca de 375 mil empresas, que mostra o número de empregos gerados na economia, excetuando-se agricultura e pecuária), Average Workweek (média de horas trabalhadas por semana) e Hourly Earnings (média de remunerações por hora trabalhada); 16h00 - Consumer Credit de abril (mede o total de crédito disponível ao consumidor).
ÍNDICES MUNDIAIS (7h15):
ÁSIA
Austrália: -1,12%
Nikkei: -0,85%
Hong Kong: -1,05%
Xangai Composite: -1,27%
EUROPA
London - FTSE: +0,14%
Paris Cac 40: +0,39%
Frankfurt - Dax: +0,18%
Madrid IBEX: +0,78%
FTSE MIB: -0,04%
COMMODITIES
BRENT: +0,18%
WTI: +0,41%
OURO: -0,01%
COBRE: -1,17%
NIQUEL: -1,02%
SOJA: -0,64%
ALGODÃO: -0,16%
ÍNDICES FUTUROS
Dow: +0,22%
SP500: +0,31%
NASDAQ: +0,19%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.