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Mercado fecha mês com inflação nos EUA

Publicado 31.05.2024, 09:05
IBOV
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Para muitos, o mês já acabou. E o Ibovespa encerrou o período renovando a mínima do ano e alcançando o nível mais baixo dos últimos seis meses, acumulando queda de 2,5% em maio. Desde janeiro até a última quarta-feira (29), a queda do índice acionário é de 8,5%.

Daí porque os investidores tendem a seguir de fora das operações nesta sexta-feira (31) espremida entre o feriado ontem (30) e o fim de semana, que marca o início de junho. Afinal, não tem muito o que fazer para “embelezar a carteira” - apesar do desempenho positivo dos ativos brasileiros na véspera em Nova York.

Ainda assim, merece a atenção de quem estiver por aqui hoje o dado de inflação nos Estados Unidos preferido do Federal Reserve. O chamado PCE, ou índice de preços de gastos com consumo, sai às 9h30 e deve balizar as expectativas em relação ao início do corte nos juros americanos.

Ontem, a revisão para baixo do PIB dos EUA no primeiro trimestre deste ano trouxe de volta à mesa de apostas a chance de o Fed não esperar até dezembro para cortar a taxa. O PCE hoje põe à prova essa possibilidade. A previsão é de manutenção no ritmo de alta dos preços, repetindo as leituras mensal (+0,3%) e anualizada (+2,7%) de março.

Na Zona do Euro, a taxa de inflação subiu pela primeira vez em cinco meses e mais que o esperado em maio, em 2,6%, de 2,4% nos dois meses anteriores e ante previsão de +2,5%. O número mais salgado levantou dúvidas sobre a possibilidade de o Banco Central Europeu (BCE) iniciar o ciclo de alívio monetário no mês que vem - à frente do Fed, inclusive.

Não à toa, as praças europeias amanheceram sem brilho. Do outro lado do Atlântico Norte, os futuros dos índices acionários americanos mantêm o sinal negativo da véspera. As commodities também recuam, após o índice oficial de atividade na indústria da China (PMI) cair abaixo de 50 pela primeira vez desde fevereiro, contrariando a previsão de alta.

Ou seja, os indicadores econômicos divulgados nos últimos dias estão desafiando o consenso do mercado. As duas maiores economias do mundo estão perdendo tração, ao passo que a inflação dá sinais de repique. Por aqui, os dados de emprego mostram um mercado de trabalho mais forte que o esperado. A ver se o PCE seguirá a regra (ou não).

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