A primeira semana do mês, tradicionalmente reserva uma série importante de indicadores macroeconômicos, tanto no local quanto internacionalmente.
O destaque fica para o IPCA, onde as projeções de uma contração em relação à medição anterior embasam a decisão do COPOM em aumentar o corte para 100 bp na próxima reunião, em linha com a atividade econômica ainda na linha recessiva, demonstrada pela produção industrial.
A semana também fecha as inflações da Fipe e IGP-DI, ambas emitindo os mesmos sinais. No exterior, o Payroll e o ADP Employment, indicadores de criação de postos de trabalho geral e privado respectivamente focam as atenções dos investidores, pois mesmo com projeções abaixo das medições anteriores, a tendência continua positiva para o mercado de trabalho americano.
Com isso e com a ata da última reunião do comitê de política monetária (FOMC) do Fed, de onde saiu um comunicado considerado “neutro”, as atenções se voltam aos sinais emitidos para as próximas altas de juros nos EUA. Aliam-se aos dados discursos de Lacker e Duddley, pedidos às fábricas, PMIs e ISMs.
CENÁRIO POLÍTICO
O assunto do momento é e deve continuar a ser Renan Calheiros. As ambições políticas para 2018 e o frágil alinhamento que sempre manteve com o atual governo mostraram sua real face.
A questão agora é precificar o quão danoso será este revés a Temer e o potencial em concatenar os descontentes com a reforma.
Obviamente, parte dos descontentes tem consciência de que sem reformas, o ‘navio’ pode afundar pela segunda vez, somente não há para onde fugir neste momento.
No exterior, a tensão cresce após mais uma série de tweets de Trump, agora sobre uma ação contra a Coreia do Norte, sem apoio chinês, tudo isso às vésperas do encontro entre a China e os EUA esta semana em Mar-a-Lago. Alguém deveria confiscar o celular de Trump.
CENÁRIO DE MERCADO
O feriado na China, hoje e amanhã tiraram parte do ímpeto do mercado asiático, porém o resultado do índice Tankan no Japão garantiu um fechamento positivo no continente.
A abertura na Europa é errática e os investidores se preparam para uma semana pesada em termos de indicadores e com eventos de grande relevância como o encontro dos presidentes dos EUA e China. Os futuros das bolsas em NY operam no positivo.
Entre as divisas, o dólar opera na abertura em leve alta em termos globais, sem muita força, enquanto o rendimento dos US Treasuries não tem rumo concreto entre seus vencimentos.
O petróleo abre a semana em alta, na perspectiva de uma atividade econômica mais intensa em nível global, apesar da preocupação ainda vigente dos produtores com o estoque elevado.
Entre as metálicas, o dólar forte leva a uma realização de lucros quase generalizada, a qual somente poupa a platina.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,122 / -0,92 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / 0,028%
Dólar / Yen : ¥ 111,48 / 0,081%
Libra / Dólar : US$ 1,25 / -0,406%
Dólar Fut. (1 m) : 3149,56 / -0,17 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 9,87 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 9,50 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 21: 9,88 % aa (0,00%)
DI - Janeiro 25: 10,21 % aa (0,00%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,43% / 64.984 pontos
Dow Jones: -0,31% / 20.663 pontos
Nasdaq: -0,04% / 5.912 pontos
Nikkei: 0,39% / 18.983 pontos
Hang Seng: 0,62% / 24.261 pontos
ASX 200: 0,13% / 5.873 pontos
ABERTURA
DAX: 0,335% / 12354,07 pontos
CAC 40: -0,152% / 5114,74 pontos
FTSE: -0,011% / 7322,11 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 65237,00 pontos
S&P Fut.: 0,021% / 2359,70 pontos
Nasdaq Fut.: 0,074% / 5442,50 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: 0,21% / 85,53 ptos
Petróleo WTI: 0,02% / $50,61
Petróleo Brent:-0,15% / $53,45
Ouro: -0,33% / $1.245,08
Aço: -0,85% / $78,92
Soja: -1,15% / $18,12
Milho: 0,69% / $366,75
Café: 0,97% / $140,65
Açúcar: 0,66% / $16,87