CENÁRIO MACROECONÔMICO & POLÍTICO
Finalmente. Começa hoje a polêmica presidência de Donald Trump à frente dos EUA. Além de todas as questões relacionadas ao sistema de saúde, relações diplomáticas, aos eleitores favoráveis e contrários, questões eleitorais e hacks, a maior preocupação dos investidores é com a política econômica.
Os rasos sinais emitidos por Trump levam em conta protecionismo, tentativa de desvalorização do dólar, política fiscal expansionista e um provável embate com o Federal Reserve.
Na questão comercial, os dois alvos declarados, China e México tentam se preparar para o que se considera tempos difíceis, em especial ao México, que não tem o poderio da segunda economia do mundo para enfrentar as possíveis sanções.
Nos mercados emergentes, a dúvida também é grande. O possível plano fiscal expansionista de Trump tenderia a beneficiar países produtores de commodities como o Brasil, porém, nada se sabe sobre o quanto os EUA podem se fechar e o quanto de retaliações comerciais e disputas podem nascer neste processo.
O Trumpeconomics ainda sobrevive de especulações, pois na primeira coletiva como presidente eleito, onde se aguardavam maiores informações sobre os planos futuros como presidente acabou sendo utilizada para a defesa de boatos e ataques a grupos de mídia.
Por aqui, a expectativa é grande para os próximos dias, pois existe a possibilidade concreta de benefícios à nossa economia com a possibilidade de gastos mais acelerados dos EUA, tanto na valorização do dólar, quanto nas exportações.
O dia também lamenta a morte do ministro do supremo Teori Zavascki e as possíveis implicações no futuro e velocidade da operação Lava Jato. Tudo dependerá da escolha do novo ministro.
CENÁRIO DE MERCADO
O compasso de espera da posse de Trump perdura até hoje, onde a volatilidade e o volume reduzido marcaram as negociações durante a semana. Dentre os cenários possíveis com o novo presidente, uma certeza é de que o Fed deve continuar a elevar os juros nos EUA, levando às consequências tanto no fluxo de capitais internacional, quanto no dólar como referência global.
As bolsas na Europa abrem na sua maioria no positivo, revertendo parte das perdas observadas ontem, já na Ásia, o fechamento foi errático, como nas sessões anteriores. Os futuros em NY estão positivos neste momento, revertendo 5 sessões de perdas para os índices.
O dólar global segue em expressiva queda contra a maior parte das divisas, enquanto os US Treasuries operam positivos na sua maioria, próximos à estabilidade.
O aço abre em alta, assim como os contratos de petróleo, porém sem muita força, por dúvidas constantes quanto à efetivação dos cortes de produção acordados pelos membros da OPEP.
CÂMBIO
Dólar à vista : R$ 3,2018 / -0,67 %
Euro / Dólar : US$ 1,07 / -0,131%
Dólar / Yen : ¥ 115,04 / 0,157%
Libra / Dólar : US$ 1,23 / -0,365%
Dólar Fut. (1 m) : 3207,93 / -0,82 %
JUROS FUTUROS (DI)
DI - Janeiro 18: 10,98 % aa (-0,12%)
DI - Janeiro 19: 10,45 % aa (-0,76%)
DI - Janeiro 21: 10,70 % aa (-0,93%)
DI - Janeiro 25: 11,10 % aa (-0,80%)
BOLSAS DE VALORES
FECHAMENTO
Ibovespa: -0,31% / 63.951 pontos
Dow Jones: -0,37% / 19.732 pontos
Nasdaq: -0,28% / 5.540 pontos
Nikkei: 0,34% / 19.138 pontos
Hang Seng: -0,71% / 22.886 pontos
ASX 200: -0,66% / 5.655 pontos
ABERTURAS
DAX: 0,013% / 11598,35 pontos
CAC 40: 0,036% / 4842,89 pontos
FTSE: -0,165% / 7196,58 pontos
Ibov. Fut.: -0,19% / 64607,00 pontos
S&P Fut.: 0,141% / 2264,80 pontos
Nasdaq Fut.: 0,203% / 5063,75 pontos
COMMODITIES
Índice Bloomberg: -0,21% / 88,15 ptos
Petróleo WTI: 1,23% / $52,00
Petróleo Brent:0,72% / $54,55
Ouro: -0,23% / $1.202,06
Aço: 2,56% / $660,00
Soja: -0,34% / $20,12
Milho: -0,14% / $365,50
Café: 1,04% / $151,80
Açúcar: 0,20% / $20,35