Mercados Globais
Tal como esperado, os mercados se apressam para retirar os prêmios que estavam descontando os preços por conta dos riscos decorrentes das eleições na França. Havia o risco de uma vitória simultânea dos extremos anti União Europeia. Mas a vitória de de Emmanuel Macron, ex-executivo do Banco Rothschild e ex-ministro das finanças de Francois Hollande, torna o cenário mais suave, pois ele é claramente favorável à manutenção da França na União Europeia e na Zona do Euro. Com isso, os mercados de títulos, moedas e ações estão em disparada. O gráfico abaixo mostra o comportamento do Euro frente ao dólar:
O Euro é negociado em alta de 1,11% frente ao dólar e o Yen com 1,07%. Essa taxa de câmbio é mais alta desde o mês passado e sua manutenção pode colocar a moeda no patamar de outubro do ano passado.
As bolsas estão em forte alta no mundo, com destaque para Tóquio (+1,37%), Paris (+4,60%), Frankfurt (+3%), Milão (+3,93%) e o futuro do S&P 500 (+1,10%).
A única bolsa global que cai de forma significativa é a de Xangai (-1,40%). O gatilho para mais esse selloff (forte movimento de vendas) é o aumento da percepção de que as autoridades financeiras irão apertar as condições do mercado local, restringindo fortemente as condições para operações alavancadas (operações feitas com crédito que permitem aos investidores comprarem ações em valor várias vezes superior ao seu caixa disponível). Esse é mais um ciclo de preocupação em torno dessa questão e isso tem impedido que a bolsa de Xangai tenha uma performance positiva no ano. Com o fechmento de hoje a bolsa bate 0,83% de alta no ao e 6,5% nos últimos doze meses. O índice MSCI Global está com alta de 5,20% e o MSCI Emergentes com 11,54%.
Brasil
No mercado doméstico vale destaque para a semana de balanços. Fibria (SA:FIBR3), Bradesco (SA:BBDC4), Santander (SA:SANB11), Pão de Açúcar (SA:PCAR4) e várias outras empresas divulgam seus balanços do primeiro trimestre. Além de fazer preços ao longo de sua divulgação, esses dados poderão mostrar o comportamento da economia de forma mais precisa.
Hoje a FGV divulgou a inflação ao consumidor medida pelo IPCS, que subiu 0,31%, mostrando desaceleração da taxa de inflação. Veja a tabela do índice:
A FGV também divulgou sua pesquisa Sondagem da Indústria e ela sinalizou estabilidade do Índice de Confiança da Indústria (ICI). Veja o gráfico:
O índice resultou de uma queda da avaliação da situação atual (ISA) de 0,3 ponto e alta das expectativas (IE) de 0,5 ponto. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada está estável em 74,5%.
As expectativas medidas pelo Banco Central através do FOCUS mostram estabilidade em relação semana passada, com a inflação medida pelo IPCA para 2017 em 4,04%, a taxa de crescimento em 0,4% e a taxa SELIC em 8,5%.