ÁSIA: A chinesa Shanghai Composite registrou a maior perda percentual em um dia, desde 2007, com receios em torno da saúde econõmica da China em rápida desaceleração, com o mercado de ações em queda livre, o sistema bancário cada vez mais carente de liquidez e um aumento da saída de capitais.
A queda de 8,46% da bolsa de Xangai, terminando em uma baixa de cinco meses, em 3.210,8, ocorreu à medida que Pequim não tomou medidas suficientes, no fim de semana, para fornecer suporte para o sistema financeiro, apesar das autoridades permitirem que fundos de pensões geridos pelos governos locais possam investir nos mercados de ações pela primeira vez, o que poderia canalizar centenas de bilhões de yuans para o mercado de capitais do país. Entre outros índices da China, o Shenzhen Composite recuou 7,7% e o índice CSI300, que consiste em 300 A-share listados nas bolsas de Xangai e Shenzhen, derrapou 8,8%.
O movimento surpresa da China para desvalorizar o yuan, há duas semanas, numa tentativa de tornar suas exportações mais competitivas e uma série de dados fracos, sinalizaram que a economia pode estar mais fragilizada do que o esperado, apesar de uma campanha para acelerar o crescimento, incluindo cortes de juros e medidas para aumentar a concessão de empréstimos. Os investidores estão de olho no próximo movimento de flexibilização da China, depois que o Wall Street Journal informou que o banco central está se preparando para inundar o sistema bancário, aumentando a liquidez através de novos empréstimos.
De acordo com a Reuters, a queda desta segunda-feira significa que a bolsa de Xangai entregou todos os seus ganhos para o ano, enquanto a CSI300 já cai mais de 6% no ano.
Em Hong Kong, o Hang Seng seguiu seus pares do continente e caiu 5,2%, depois de escorregar para o território "BEAR" na semana passada, definida como uma queda de mais de 20% ante uma recente alta. Pesos pesados como HSBC e China Mobile mergulhando 4,3% e 7,9%, respectivamente.
Nikkei do Japão terminou em seu nível de fechamento mais baixo desde 23 de fevereiro, com temores relacionados à China e um iene mais forte levando a bolsa para baixo em sua maior queda diária em mais de 2 anos. Exportadores recuaram. Sony e Panasonic fecharam em queda de 8% e 5,7%, respectivamente. Toyota Motor recuou 6,8% depois de anunciar uma paralisação de duas semanas em suas instalações próximas ao local da explosão em Tianjin. Bancos como Mitsubishi UFJ Financial Group e Sumitomo Mitsui Financial Group despencaram mais de 8%.
Enquanto isso, o ministro da economia do país, Akira Amari, disse que a fraqueza na economia da China deve ser "cuidadosamente acompanhada", podendo se espalhar para outras economias asiáticas, segundo a Reuters.
S&P/ASX 200 da Austrália terminou em queda de 4,09%, seu pior fechamento desde agosto 2013 e sua maior queda percentual desde maio de 2012. Bancos e os principais nomes relacionados a recursos lideraram a queda. Westpac recuou mais de 5%, enquanto ANZ Banking, Commonwealth Bank of Australia e National Australia Bank fecharam entre 3,3% e 4,% de queda.
Papéis relacionados com petróleo foram os mais atingidos, após o West Texas Intermediate (WTI) e a referência global Brent cairem para novas mínimas de 6 anos na segunda-feira. Santos despencou 10,7%, enquanto a Woodside Petroleum e Oil Search perderam 4,3% e 5,4%. Fortescue Metals despencou 14,5% depois de anunciar uma queda de quase 90% no seu lucro líquido anual. BHP caiu 5%, para USD$ 22,89 e Rio Tinto (LONDON:RIO) mergulhou 5,1%, para USD$ 46,97. Telstra caiu menos do que as outras blue chips, com perda de 3,1%, para USD$ 5,88.
Contrariando a tendência de baixa, Bluescope subiu quase 10%, depois da notícia de que a siderúrgica apresentou lucro para o ano inteiro depois de vários prejuízos.
O índice regional MSCI de ações da Ásia-Pacífico caiu 16% desde o pico de abril, a maior queda desde a crise financeira global em termos de dólares. O índice agora é negociado em seu nível mais baixo desde fevereiro de 2014. Os recentes temores levaram os investidores a vender ativos de mercados emergentes e títulos de alto rendimento, enquanto compram ativos seguros, como títulos do governo dos EUA.
EUROPA: As bolsas europeias recuam nesta segunda-feira, estendendo a liquidação global estimulada por preocupações de que a economia da China está abrandando mais do que previsto.
Stoxx Europe 600 cai 2,91%, com todos os setores sendo negociado em baixa. O índice está 15% abaixo de seu ponto mais alto atingido em 15 de abril, com todos os principais índices de ações europeus no vermelho.
Em Frankfurt, o DAX 30 recua, ficando abaixo de 10.000 pontos pela primeira vez desde janeiro, com exportadores sentindo o peso do euro subindo acima de USD$ 1,14 em relação ao dólar.
Em Londres, o FTSE 100 recua, enfrentando sua décima queda consecutiva e a queda de sexta-feira marcou a mais longa série de queda desde novembro de 2011. O FTSE 100 já caiu 15% de seu ponto mais alto em 7,103.98 registrado em 27 de abril.
Ações com exposição no mercado chinês lideram as quedas, com pesos pesados do setor de mineração tendo as piores performances no índice. BHP Billiton cai 5,02%, Glencore (LONDON:GLEN) recua 5,39% e Rio Tinto perdendo 4,05%. Bancos com foco na Ásia também registram pesadas perdas. Standard Chartered (LONDON:STAN) cai 4,11% e HSBC Holdings (LONDON:HSBA) recua 2,07%.
A gigante Royal Dutch Shell recua 3,44% apesar da Jefferies atualizar a sua classificação de "esperar" para "comprar".
AGENDA DO INVESTIDOR: EUA
Não está prevista a divulgação de indicadores econômicos.
ÍNDICES MUNDIAIS - 7h10:
ÁSIA
Nikkei: -4,61%
Austrália: -4,09%
Shanghai: -8,46%
Hong Kong: -5,17%
EUROPA
Frankfurt - Dax: -2,82%
London - FTSE: -2,71%
Paris CAC: -2,68%
IBEX 35: -2,69%
FTSE MIB: -2,94%
COMMODITIES
BRENT: -3,70%
WTI: -3,46%
OURO: -0,33%
COBRE: -2,34%
SOJA: -2,11%
ALGODÃO: -3,09%
ÍNDICES FUTUROS
DOW: -2,30%
SP500: -2,17%
NASDAQ: -3,51%
Observação: Este material é um trabalho voluntário e gratuíto, resultado da compilação de dados divulgados em diversos sites da internet que são aqui resumidos de maneira didática para facilitar e agilizar a compreensão do leitor. Atenção para o horário da disponibilização dos dados desse relatório.